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Território MLS

·27 August 2025

O FC Dallas é o time mais brasileiro da MLS?

Article image:O FC Dallas é o time mais brasileiro da MLS?

O FC Dallas pode ser chamado, sem exagero, do time mais brasileiro da Major League Soccer. Atualmente, são cinco jogadores nascidos no Brasil vestindo a camisa texana — Ramiro, Kaick, Geovane Jesus, Pedrinho e Álvaro Augusto — além de André Zanotta, diretor esportivo com passagens por Grêmio e Santos, e responsável por moldar um elenco que reflete tanto estratégia quanto identidade cultural na cidade texana com a 7ª maior população brasileira dos Estados Unidos.


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Essa presença não é apenas estatística. O Dallas há anos aposta em talentos jovens e técnicos, um modelo que dialoga bem com a escola brasileira de futebol. Some-se a isso a crescente comunidade brasileira em Frisco, cidade que abriga o clube, e temos um caldeirão multicultural que reforça a conexão entre Dallas e o Brasil.

Ramiro: o capitão da experiência

Ramiro, Capitão do FC Dallas (Crystal Rincón / Territorio MLS)

Se há um rosto para essa ligação, é o de Ramiro. Com Libertadores, Copa do Brasil e Recopa no currículo, o ex-Grêmio, Corinthians e Cruzeiro chegou aos EUA em 2024 trazendo liderança imediata. Herdou a faixa de capitão após a saída de Lucho Acosta e, em pouco tempo, se consolidou como referência do vestiário. Em 25 partidas, já soma duas assistências e, sobretudo, a confiança da comissão técnica.

Kaick: a juventude que surpreende

Na outra ponta está Kaick, de 19 anos, contratado quase às cegas após jogar míseros oito minutos como profissional no Grêmio. O que parecia ser aposta de futuro virou presente: ganhou espaço no meio-campo e hoje é parceiro de Ramiro, e fazendo gols, misturando vigor físico e leitura de jogo. Sua evolução na MLS mostra como a liga pode acelerar carreiras que, no Brasil, talvez demorassem mais a deslanchar.

Pedrinho: promessa em busca de consistência

Outro nome a observar é Pedrinho, revelado no North Texas SC, onde brilhou em 2024 com 26 participações em gols e um título da MLS NEXT Pro. Promovido ao time principal, começou bem a temporada, mas perdeu espaço ao longo do calendário. Ainda assim, seus 17 jogos, dois gols e três assistências mantêm o atacante no radar como potencial peça de rotação.

Álvaro Augusto: aposta a longo prazo

Álvaro Augusto (Crystal Rincón / Territorio MLS)

O zagueiro Álvaro Augusto, também de 19 anos, chegou após experiências pela França e pelo Portimonense. Com 1,90m e vigor físico, assinou contrato até 2027, com cláusula de renovação até 2029. Ainda verde para assumir responsabilidades imediatas, mas num cenário como a MLS, pode encontrar os minutos que transformam uma aposta em ativo valioso.

Geovane Jesus: talento em espera

(Reprodução/Instagram Geovane Jesus)

Já Geovane Jesus vive um momento diferente. Chegou com status após ajudar o Cruzeiro no acesso em 2022 e fez boa estreia em 2023, mas lesões consecutivas o tiraram das temporadas seguintes. O lateral segue em recuperação, mirando 2026 como ano de retomada.


André Zanotta: mais que números, um projeto

O FC Dallas não se limita a contratar brasileiros — constrói com eles uma identidade. É uma estratégia que reforça a MLS como vitrine internacional e, ao mesmo tempo, dá ao Dallas uma marca própria no mercado.

A presença de Zanotta nos bastidores garante fluência na negociação e olho clínico para captar perfis que escapam muitas vezes do radar dos grandes clubes do Brasil. O jornalista Celso Oliveira sentou para uma conversa com André Zanotta, frente ao Hall da Fama do US Soccer, em Frisco, no Texas, para discutir sua passagem pela liga norte-americana e os desafios dos dirigentes para montar equipes competitivas frente às regras salariais e ao limite de jogadores.

Após conseguir descarregar o insatisfeito Lucho Acosta em apenas 48 horas para o Fluminense, Zanotta sabe que precisa acertar em sua próxima contratação, após não ter tido o sucesso esperado com o novo Jogador Designado da equipe, saindo para o Brasil, após 6 meses no Texas. Zanotta agora precisa estudar as opções cautelosamente, antes de escolher o substituto do novo jogador tricolor. Basta ver se mais algum brasileiro se juntará ao grupo brasileiro no Texas.


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