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·28 June 2025

No último duelo com um time italiano, Flu encarou Napoli e a ‘sombra da máfia’

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O Fluminense entra em campo nesta segunda (30) para encarar a Internazionale de Milão pelas oitavas de final do Mundial de Clubes. Um adversário considerado difícil, já que se trata do atual vice-campeão europeu. Os números, no entanto, estão do lado tricolor. Em 14 jogos contra equipes italianas, o Flu, jamais perdeu: são 10 vitórias e quatro empates. Contra a Inter, um empate em 1961 em 1 a 1 no San Siro. Inclusive, foi nesta excursão que Waldo, maior artilheiro da história do clube, encantou os europeus e os tricolores o negociaram com o Valencia, da Espanha.

Mas um jogo em especial merece destaque, e justamente o último deles contra um time italiano. Foi no dia 20 de agosto de 1989, um amistoso com o Napoli, na cidade de Avellino, que terminou com a vitória por 1 a 0, com de falta de Edgar aos 28 minutos do 2º tempo.


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Crédito: Reprodução/Jornal dos Sports

O adversário era uma potência na época. Com Maradona, Careca e Alemão, o time do sul da bota fazia frente com os grandes de Milão, Inter e Milan. Tanto que foram campeões na temporada 1989/1990. Mas o Flu encarou os napolitanos desfalcados. Careca e Alemão estavam com a seleção brasileira. E Maradona estava de férias na Argentina. Mas a imprensa italiana, à época, deu outra versão.

Maradona era amado por Nápoles e odiado pelo resto da Itália.  Os holofotes estavam sempre em cima de Don Diego. A menos de um ano para a Copa do Mundo, que seria disputada na Itália, os torcedores do Napoli demonstravam mais simpatia pela seleção da Argentina do que pela Squadra Azzurra. E esse comportamento incomodava a parte mais rica do país.

Campanha da imprensa anti-Diego

Muitas foram as tentativas de ligar o craque à temida Camorra, a máfia que controla o sul da Itália. Jornais, TVs e revistas abusavam do sensacionalismo para falar de uma possível relação íntima entre Maradona e os mafiosos. No entanto, nada jamais ficou comprovado.

Mas para aquele jogo, não seria diferente. Maradona não estava em campo para a tristeza de alguns jornalistas brasileiros na tribuna do Estádio Comunale Partenio. Onde estaria o camisa 10? A resposta dada pelos colegas da prensa italiana era uma só: Maradona estaria recebendo ameaças da Camorra e adiando seu retorno à Itália, como foi publicado na edição do dia 21 de agosto de 1989 do ‘Jornal dos Sports’.

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Crédito: Reprodução/Jornal dos Sports

Maradona não encarou o Fluminense naquela vez. Não pela ligação (que jamais existiu) com a máfia. Estava de férias. Recarregando as energias. Para entrar em campo na próxima temporada e calar a imprensa e o resto da Itália. Para a felicidade geral de Nápoles.

A título de curiosidade, o Fluminense foi a campo naquele dia contra o Napoli com: Ricardo Pinto (Jéfferson), Carlos André, Rangel, Alexandre Torres e Edgar; Donizete, Marcinho (Edson Mariano) e Vânder Luis; Gama, Hélio (Marcelo Henrique) e Marquinho. Técnico: Procópio. Ricardo Pinto e Donizete foram expulsos, mas para não prejudicar o amistoso, o árbitro “permitiu” a substituição do goleiro.

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