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·28 May 2025

Navarro se manifesta após acusar Bobadilla, do São Paulo, de Xenofobia

Article image:Navarro se manifesta após acusar Bobadilla, do São Paulo, de Xenofobia

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Nesta terça-feira (27), na partida entre São Paulo x Talleres, o jogador do clube argentino, Navarro, acusou Bobadílla, do Tricolor Paulista, de xenofobia. Após a vitória da equipe paulista, o jogador venezuelano comentou sobre a discussão em campo.


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“É realmente lamentável falar deste tipo de coisa, mas quando eles fazem o 2 a 1, Luciano estava dando praticamente uma volta no campo e eu disse ao árbitro que se apresasse, que necessitamos jogar. O Bobadilla me disse: “Vocês sempre fazem tempo (cera)”. E eu disse: “Que tempo, vocês estão ganhando?”. Aí ele me chamou de venezuelano morto de fome. E fiz a denúncia”, disse.

Ainda em campo, o jogador chorou muito após discutir com o jogador do São Paulo depois do segundo gol são-paulino e ameaçou deixar o gramado. Ele permaneceu até os minutos finais.

“Eu quis sair de campo, mas lamentavelmente não tínhamos mais substituições, pelo trabalho dos meus companheiros eu não quis sair e deixá-los com um a menos, mas minha cabeça não estava mais no jogo”, comentou.

Após o apito final, o jogador deu uma breve entrevista após toda a confusão: “Não quero falar, ele sabe o que disse. Foi com Bobadilla. Não quero falar do jogo”, disse.

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Miguel Navarro, doTalleres, disse que Bobadilla, do São Paulo, o chamou de ‘venezuelano morto de fome.’ Em campo, ele chorou muito e não quis comentar sobre a partida após o apito final (Photo by Christian Alvarenga/Getty Images)

Já Bobadilla, deixou o campo antes de prestar depoimento à Polícia, que foi ao vestiário do São Paulo para que o jogador fosse levado ao Juizado Especial Criminal do Estádio, porém, o paraguaio já não estava. Segundo o GE, Navarro quer que Bobadilla seja punido pelo São Paulo.

“Que se faça Justiça, não se pode mais passar isso. No ano passado viemos e dois jogadores nossos tiveram problemas com a Polícia, e fazem um escândalo quando a uma equipe brasileira fazem esse tipo de insulto. E agora se passou comigo, é lamentável falar disso, o que se deve falar depois do jogo é sobre jogo, não sobre racismo”, disse.

De acordo com a Polícia Militar, o São Paulo comunicou que Bobadilla vai até à DRADE (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) nesta quarta-feira (28), para então, prestar depoimento sobre o ocorrido.

Jogador se manifesta nas redes sociais

Após a partida, Navarro utilizou suas redes sociais para explicar o acontecido. Confira abaixo:

“Quisera eu poder ter nas minhas mãos a solução para a fome que vive meu país, espero que Deus me dê abundância para poder ajudar. Não creio que se possa fazer muito sobre a pobreza mental.

Nunca me envergonharei das minhas raízes, irei até as últimas consequências frente ao ato de xenofobia que vivi hoje no Brasil pelas mãos de Damián Bobadilla. No futebol não há espaço para discursos de ódio”.

Talleres posta comunicado

O clube argentino também se manifestou após o ocorrido com seu jogador.

“Nos solidarizamos profundamente com Miguel e com sua família neste momento. Como instituição, levantamos a voz contra qualquer forma de discriminação. Não há lugar para o ódio no futebol.

O futebol é uma ferramenta de integração, respeito e união entre as culturas. Seguiremos trabalhando para que esses valores prevaleçam dentro e fora do gramado. Miguel, estamos orgulhosos de você suas origens. Todos do Talleres estão com você”.

Companheiro defende Navarro e jogador cita Ferraresi

Após o final da partida pela Copa Libertadores, o lateral-direito do Talleres, Augusto Schott, defendeu o companheiro de equipe e ressaltou sobre caso de racismo, que está tipificado no mesmo artigo de xenofobia.

“Quero falar sobre um ato de racismo que nós sofremos. Nos dói porque estamos num lugar em que se promove muito a luta contra o racismo. Um companheiro nosso ficou muito triste. Não queria deixar passar simplesmente isso – disse, em entrevista à transmissão oficial da partida”, disse.

Navarro também comentou que o venezuelano Ferraresi, do São Paulo, ficou ao seu lado e foi solidário após toda a confusão.

“Falei algo a ele (Ferraresi), de como me sentia, contei a ele, me senti mal, me sinto mal. Prefiro guardar, são coisas privadas, mas ele esteve ao meu lado, o equatoriano Arboleda também se colocou do meu lado, sabia o que ele tinha dito. Estiveram todos do meu lado”.

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