Portal dos Dragões
·12 February 2025
Martín Anselmi: “Somos o FC Porto e temos que ir atrás da vitória”
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·12 February 2025
O FC Porto e a AS Roma reencontram-se esta quinta-feira, às 20h00, para a primeira mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa (Sport TV5). Na conferência de imprensa de antevisão, Martín Anselmi expressa a sua satisfação com o “profissionalismo, entusiasmo, energia, intensidade e vontade de aprender dos jogadores”, e sublinha a importância de vencer o primeiro jogo da eliminatória: “É fundamental ganharmos.”
O confronto com Claudio Ranieri “será motivo de orgulho e motivação” para o treinador argentino, que reconhece a qualidade do adversário, repleto de “bons jogadores” e “preparado para todas as eventualidades”. “Estou ciente da grandeza do nosso oponente, mas também do peso da camisola que vestimos. Por isso, estou ansioso por voltar a estar no Dragão, com o nosso público a apoiar-nos”, conclui o técnico do Porto.
Tempo para preparação
“As 24 horas adicionais que tivemos para preparar o jogo também foram para que os jogadores pudessem descansar, oferecendo-lhes uma pausa que não tinham há muito. Fizeram recuperação e começámos a preparar a partida. Um dia não faz a diferença, mas devemos sempre procurar evoluir o nosso modelo a cada jogo. Acredito que a evolução do Rio Ave para o Sporting foi visível, e agora esperamos uma nova evolução do Sporting para a AS Roma.”
Desprezo pelo favoritismo
“Estou muito satisfeito com a atitude, entusiasmo, energia, intensidade e vontade de aprender dos jogadores. Desde a nossa chegada, a equipa técnica tem comentado o profissionalismo dos jogadores e a sua disposição para melhorar. Isso é inestimável para um treinador e é fundamental que o grupo se envolva no seu desenvolvimento. Destaco a sua coragem, uma vez que a nossa abordagem exige que compreendam várias situações e que se esforcem fisicamente e mentalmente para pressionar alto, manter a posse de bola e recuperá-la rapidamente. Temos visto isso nos jogos e é um privilégio estar no FC Porto a trabalhar com estes atletas. Não nos deixamos levar pelo favoritismo, nem por estatísticas. FC Porto-AS Roma, amanhã às 20 horas.”
Pressão alta
“Não se trata de intensidade, mas de uma abordagem tática. As alterações do primeiro para o segundo tempo tornaram a equipa mais intensa. No primeiro tempo, estivemos um pouco afastados e o adversário teve mais tempo para resolver as situações, o que nos fez parecer menos intensos. No segundo tempo, aproximámo-nos do rival e isso fez-nos parecer mais intensos. No segundo tempo, levámos metade do tempo a recuperar a bola, foi um ajuste tático que espero que se repita em todos os jogos. Quanto mais conseguirmos isso, mais perto estaremos dos nossos objetivos.”
Reflexão sobre o clássico
“Os golos devem ser celebrados. Mais do que um golo, a celebração expressa o que cada um sente em cada momento. Estávamos em casa, com o nosso público, e aquele golo trouxe alguma justiça ao jogo. Foi isso que celebrarei, a recompensa pelo esforço da equipa. Isso é algo que sempre celebrarei, o resto deixo para a vossa interpretação. Vivo as situações da forma que as vivo, e não me escondo. Vou festejar mais golos assim e outros que não festejarei, mas o que é importante é que agrade aos portistas e a mais ninguém.”
Futebol a duas mãos
“A experiência diz-me que a primeira mão é crucial, seja em casa ou fora, pois numa eliminatória de 180 minutos, os segundos 90 são influenciados pelos primeiros. A segunda mão é um jogo novo com um resultado que a condiciona. Não é a mesma coisa, é um jogo distinto. Temos 180 minutos pela frente e no segundo jogo, pode ser que alguém precise de reverter a situação. Não gosto de especulações, seja em casa ou fora, para mim, o primeiro jogo é muito importante e temos de o vencer.”
Uma vitória em oito jogos
“Não o explico aos jogadores. A eles, explico como devem jogar contra a AS Roma. Isso não tem explicação. O treinador anterior pode ter as suas razões para cinco dos jogos, eu terei as minhas para os três que orientei. Como profissionais, estamos focados no que aconteceu em cada jogo, mais do que no resultado. Fomos bem em algumas situações, muito bem em outras, e em algumas não nos portámos tão bem, e em outras temos de melhorar. Isso ajuda a entender os resultados, mas não explica tudo, pois é possível fazer tudo bem e perder, ou tudo mal e vencer. Quanto mais vezes conseguirmos fazer as coisas bem, mais perto estaremos de ganhar.”
Uma referência no banco adversário
“Defrontar Claudio Ranieri será um orgulho e uma motivação para mim. Quando tinha 12 anos, via o seu Valencia na televisão, é um treinador que já passou por tudo, tem imensa experiência e é um orgulho poder enfrentá-lo. É um treinador muito inteligente, que sabe como abordar os jogos. A AS Roma é uma grande equipa que tem de entrar em todos os jogos com a mentalidade de vencer, por isso não sei se veremos uma equipa mais defensiva. A estratégia é uma decisão do treinador adversário, e nós estamos preparados para todas as situações. Conhecemos o seu padrão de jogo e estamos a preparar-nos para isso. Contra o AC Milan, foram muito mais recuados e em outras situações pressionaram muito alto, incluindo a abordagem homem a homem. Estamos preparados para ambas as situações.”
Vontade de vencer
“Apreciei a competitividade da equipa e sempre a destacarei. O FC Porto deve ser competitivo em todos os jogos e até ao final. Por isso, também festejei o 1-1 contra o Sporting, pois fomos competitivos até ao último minuto e isso trouxe-nos recompensa. Isso dá-me boas sensações, e não posso permitir que a minha equipa não seja competitiva acima de tudo. Ser competitivo é resolver o que o jogo exige com a máxima intensidade. Não se trata de correr atrás da bola, mas de arriscar o passe, vencer os duelos e jogar longo quando necessário. Máxima intensidade e inteligência, e vejo isso em cada exercício, treino e jogo da equipa. Enquanto me transmitirem isso, terei boas sensações. É claro que queremos ganhar todos os jogos e ficamos desapontados quando empatamos ou perdemos, pois somos competitivos.”
Fórmula para o sucesso
“A AS Roma tem jogadores de qualidade e não podemos permitir que joguem à vontade. Temos de ser um FC Porto que não dá tempo ao adversário para tomar boas decisões. Se lhes dermos tempo, com a qualidade de decisão e execução que possuem, controlarão o jogo. Na minha visão do jogo, é fundamental que sejamos nós a controlar a partida, com e sem a bola. Controlar sem a bola é recuperá-la o mais rapidamente possível.”
Um legado a defender
“Estou ciente da grandeza do nosso rival, mas também do peso da camisola que vestimos. Por isso, estou motivado para voltar a entrar no Dragão, estar com o nosso público, que nos apoia, e nós a eles. Independentemente do adversário, somos o FC Porto e devemos sempre procurar a vitória.”