Jogada10
·3 July 2025
Mário cita disparidade econômica e celebra campanha do Fluminense: ‘Difícil dimensionar’

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Com o triunfo sobre a Inter de Milão por 2 a 0, o Fluminense está entre as oito principais equipes do Mundial de Clubes, nos Estados Unidos. Assim, o presidente do clube, Mário Bittencourt, celebrou a internacionalização da marca e relembrou a diferença econômica do clube diante de todos os rivais que seguem vivos na briga pelo título.
“Creio que nossa folha (salarial) seja a menor disparada desses oito que sobraram. Ficamos felizes. Não é um trabalho de três semanas, é de seis anos. Já vínhamos conseguindo conquistar quando ainda faturávamos menos do que hoje. Ganhamos títulos em 2022, 2023, 2024. Diria a você que não devemos nada a ninguém”, disse o dirigente à ESPN.
“Você falou na casa do bilhão, não é nem perto disso. Temos um faturamento médio anual entre R$ 400 e 500 milhões, quando disputamos essas competições, como foi o caso da Libertadores. Ano passado, especificamente, tivemos faturamentos um pouco maiores com vendas de jogadores. Esse ano, com o Mundial, vai bater certamente o maior faturamento da história do clube, com essas passagens de fases”, analisou.
“Creio que nossa folha (salarial) seja a menor disparada desses oito que sobraram. Talvez seja metade da folha do Palmeiras, ou 60%. E contra esses gigantes da Europa, pelo que andei vendo, a da Inter, por exemplo, é quatro, cinco vezes maior que a nossa, são 400, 500% a mais por mês. Ficamos felizes, e não é um trabalho de três semanas, é um trabalho de seis anos, que já vínhamos conseguindo conquistar quando ainda faturávamos menos do que hoje”, salientou.
O mandatário citou que gostaria de ver um confronto com o Palmeiras e ter um duelo com o Real Madrid em uma eventual final. Assim, relembrou que os dois clubes brasileiros tentam validar os títulos da Copa Rio de 1951 e 1952, que não representam o Mundial, de acordo com a Fifa.
“Vamos torcer para que a gente e o Palmeiras passem. Seria bonito, porque o Fluminense e o Palmeiras tentam o reconhecimento dos Mundiais de 51 e 52. Seria bonito para que os dois clubes, juntos, pudessem falar novamente desse tema. Estou torcendo muito para isso, mas respeitando muito o Al Hilal, sabendo que vamos ter um embate muito difícil, como foram todos aqui. A gente sabia disso, diziam que o grupo era fácil e a gente sabia que não era fácil. Estudamos o Ulsan, o Mamelodi”, frisou.
“Queria poder me dividir para tentar entender o nível da repercussão com nossos torcedores e até com torcedores de outros clubes. Tenho recebido muitas mensagens de amigos, torcedores de outros clubes, e até de dirigentes de outros clubes. Todos parabenizando, dizendo para continuarmos representando o futebol brasileiro. É difícil dimensionar. Quando voltarmos ao Brasil, tomara que a gente consiga ter uma dimensão maior. Mas o que tenho visto é o Fluminense sendo falado no mundo inteiro”, afirmou
“É muito bonito, muito importante para nós como marca. Sempre falei que a internacionalização da marca do clube passa por isso, por disputa de competições internacionais, por exposição da marca fora, especificamente fazendo grandes jogos. Se imaginar que fizemos grandes jogos na Libertadores, que ganhamos na final do Boca, que ganhamos duas competições internacionais dentro do Maracanã, que a gente enfrentou o Al Ahly, depois o City, e agora enfrentamos o Borussia, a Inter de Milão e agora o Al Hilal. Isso é grandioso demais para o clube”, completou.
Na entrevista, o presidente do Fluminense falou sobre o que fazer com a premiação. Ao todo, o clube já garantiu R$ 220,6 milhões na competição nos Estados Unidos e pode render ainda mais caso avance de fase.
“Todo e qualquer dinheiro que o clube recebe obviamente a gente distribui, parte em estrutura, parte em pagar dívida do passado que é muito grande, parte em contratação de jogadores. Nesse momento a gente tem que esperar acabar a competição e depois ver o quanto vai receber em valores líquidos, porque a retenção de imposto é muito grande. Ainda não temos ideia dos valores exatamente líquidos que vamos receber”, analisou.
“Pode ter certeza que, assim que a gente tiver a entrada dos recursos, vai usar cada pedaço desse recurso para continuar no caminho de estruturação que a gente tem feito, como foi feito na conquista da Libertadores, nas premiações do Brasileiro, Recopa. Parte vocês sabem que é destinada aos jogadores, são percentuais combinados antes das competições. E depois vamos olhar para estrutura, investimentos no time, e para a reestruturação que a gente vem fazendo porque a dívida pré-acumulada antes da nossa gestão é muito grande. Enquanto a gente tiver dívida a pagar, parte desse dinheiro obviamente também tem que ser para equacionamento de dívidas do passado”, concluiu.