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·4 June 2025

“Mamão”, “velho” e “o rei está morto”: Sócios relatam insultos a Pinto da Costa

Article image:“Mamão”, “velho” e “o rei está morto”: Sócios relatam insultos a Pinto da Costa

Relataram uma intensa atividade nas redes sociais, de ambos os lados, com o intuito de estar presente na reunião, especialmente para rejeitar os novos estatutos. Uma das testemunhas fazia parte do grupo do WhatsApp “Super Dragões 1986”.

Luís foi um dos primeiros na fila. Embora apoiasse Pinto da Costa, opôs-se aos estatutos, uma vez que o momento era pré-eleitoral. A testemunha notou uma forte vontade de mudança. Ele entrou no auditório, mas ao perceber que as condições não eram favoráveis, decidiu dirigir-se ao Arena.


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No pavilhão, o discurso de Pinto da Costa foi recebido com “assobios, apupos e aplausos; houve um pouco de tudo”. Luís afirmou que não notou ninguém inibido de se expressar contra a direção. “Não me apercebi de ninguém a ser hostilizado por criticar ou filmar. Aliás, eu próprio filmei parte do discurso de Pinto da Costa e ninguém me abordou.

Confrontado pela juíza, reconheceu que mudou de lugar ao ouvir alguém a dizer que a Assembleia Geral não deveria continuar, uma vez que ainda havia sócios do lado de fora. Ele viu duas ou três pessoas a descer as escadas e a conversar com alguém sentado, o que o levou a temer pela sua segurança, dada a forma como se expressavam. Revelou ainda que Fernando Saul, seu amigo, tinha a percepção de que as eleições estavam perdidas, prevendo uma derrota de “70/30 ou 80/20”.

“Havia pessoas apenas para insultar e assobiar”

Outro sócio, Carlos Moreira, confirmou que o ambiente no auditório era “sereno”, com alguns cânticos, mas que era “impossível perceber” se havia mais pessoas de um lado ou do outro. “Havia muitos adeptos de pé”, afirmou Carlos. No Arena, expressou o seu desconforto com os insultos, “principalmente dirigidos ao presidente Pinto da Costa: chulo, mamão, bandidos”.

O sócio afirmou que “a noção era de que havia muitos apenas para insultar e assobiar”. Ao ser questionado pela advogada do FC Porto, admitiu que fazia parte do grupo de WhatsApp Super Dragões 1986 e que, antes da AG, escreveu mensagens nesse grupo, onde estavam também Fernando e Sandra Madureira, entre outros elementos da claque.

“Fiquei impressionado com o que se dizia sobre Pinto da Costa, mas não me impressionou o que se dizia no grupo”, respondeu a advogada. “Honestamente, não me recordo de ouvir isso no grupo. Não me recordo de tais declarações”, justificou.

“Saul esteve sempre ao meu lado”

Zé Pedro foi à AG com o irmão, um amigo e Fernando Saul. Relatou que, no interior do pavilhão, ouviram-se expressões agressivas como “velho senil” ou “já devias ter morrido”. Ele não viu agressões, exceto a confusão que se seguiu ao discurso do presidente na bancada norte e outro desentendimento com Henrique Ramos. “O Saul esteve sempre ao meu lado, nunca se afastou”, garantiu.

Ao sair, cruzou-se com um grupo de amigos, apoiantes de André Villas-Boas, que incluía o ator Pedro Teixeira e o irmão de João Borges. Eles expressaram descontentamento pela situação, “disseram que era uma pena, somos todos do Porto e depois saíram tranquilamente”. Fernando Madureira também estava nas proximidades e confirmou que não houve incidentes. “Não vi nada nesse local”, afirmou o empresário. Zé Pedro, amigo de infância de Fernando Saul, testemunhou que Saul estava bastante afetado por tudo isto e que estava a receber apoio psicológico.

A advogada do FC Porto pediu para juntar uma notícia onde Pedro Teixeira expressa “vergonha pelo que se passou”, com a intenção de “considerar a credibilidade da testemunha”.

Outro amigo de Saul, Bruno Dias, confirmou que o ex-oficial de ligação dos adeptos se sente injustiçado e que, na sequência de tudo isso, perdeu o interesse em ir aos jogos. Relatou ainda que, durante a AG, viu pessoas a filmar com os telemóveis, mas não notou que alguém as incomodasse. Sofia Branco, a advogada do FC Porto, confrontou-o com uma mensagem que ele terá enviado no grupo dos Super Dragões 1986 na tarde seguinte à AG, onde dizia “para mim, para a semana era da mesma maneira”. A testemunha respondeu que não se recordava.

Joana tinha intenção de ir à AG, mas acabou por não comparecer. “Percebi que algo não estava a correr bem. Só via pessoas nas redes sociais a dizer “temos de pôr o velho para fora” e “o rei está morto”. A jurista foi insultada e ameaçada no Facebook por causa das suas opiniões. Ao ser questionada se havia pessoas com intenção de provocar, afirmou que não sabia. “Sei que foram para lá com o espírito de mudança”, afirmou.

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