Lucas, filho do zagueiro Miranda, quer trilhar caminho do pai na Seleção | OneFootball

O zagueiro Lucas Miranda, do São Paulo, tem desfrutado de sua primeira experiência com a Seleção Brasileira Sub-15, que passa por um período de treinos em Teresópolis, na Granja Comary. Convive com outros 26 colegas. Comandada pelo técnico Guilherme Dalla Déa, a Seleção se prepara para a disputa da Conmebol Liga Evolução, que será realizada no Paraguai de 24 de setembro a 6 de outubro.

Desenvolto, Lucas tem um trunfo a mais para brilhar em sua carreira. Ele é filho de Miranda, zagueiro que fez história pela Seleção principal de 2007 a 2021, com 58 jogos e três gols marcados. Com um professor particular gabaritado, o aprendizado de Lucas é constante. E isso contribui para o seu aperfeiçoamento.

Lucas Miranda é filho do ex-zagueiro da Seleção, MirandaCréditos: Rafael Ribeiro / CBF

Nesta entrevista ao site da CBF, o jovem zagueiro, de 15 anos, conta um pouco de sua recente história no futebol.

É mais fácil chegar à Seleção sendo filho de um ex-zagueiro da Seleção?

Lucas - Não, não tem nada disso. É preciso batalhar também.

Como começou tudo? Lá atrás você ficava chutando bola dentro de casa?

Lucas - Ficava, jogava sozinho na sala. Mas eu sempre acompanhei meu pai jogando e o convívio dele com os colegas de time. Aí, fui pegando um amor muito grande pelo futebol. Sempre onde eu ia, eu levava uma bola.

Ele já ensinava as manhas?

Lucas - Sempre. Até hoje ele me dá dicas após cada jogo, tem sido assim, a gente revê pela TV e ele fica fazendo as observações.

Que dicas ele dá pra você?

Lucas - Orienta sobre posicionamento, qual era a melhor alternativa, tipo, não precisa saltar nessa bola, tinha que ir mais forte nessa outra, e por aí vai.

E com a bola nos pés, ensinava você a dar dribles?

Lucas - Sim, ensinava e ensina até hoje. Diz que não precisa rifar a bola toda hora.

Como recebeu a convocação para esse período de treinos na Granja Comary?

Lucas - Eu tinha sido convocado antes, para a Copa 2 de julho, só que acabei cortado por lesão. Agora veio a nova oportunidade e está sendo tudo incrível. Fiquei muito feliz. A estrutura aqui (na Granja Comary) é a melhor que já vi. Poder estar desfrutando disso aqui é uma honra.

Qual o seu segundo ídolo no futebol?

Lucas - O primeiro você já sabe, né? (rs) Eu me inspiro muito no Cafu, Ronaldinho Gaúcho, Neymar, são de outro nível.

Quando seu pai soube que você viria para esses treinos da Seleção Sub-15, o que ele falou com você?

Lucas - Pra eu aproveitar ao máximo e não deixar pra depois; que é uma experiência incrível; que todos os jogadores do Brasil queriam estar aqui. Mandou eu fazer tudo certinho.

A posição que você escolheu foi por acaso?

Lucas - Ah, por ser filho dele sempre me jogaram pra trás. Eu queria ser atacante, já fazia muitos gols, mas não teve jeito.

Onde você fazia muitos gols?

Lucas - Na escolinha do Atlético de Madri, em 2014, onde fiquei dois anos, e na escolinha da Inter de Milão; passei quatro anos lá. Depois eu vim para o Coritiba e me transferi em seguida para o São Paulo, onde estou desde 2021. Mas continuo, como zagueiro, a fazer meus gols. Neste ano joguei 12 vezes pelo meu clube e já fiz seis gols.

O que mudou daquele início de chutar boa na parede de casa para os dias de hoje?

Lucas -Muita coisa. O sonho está mais vivo, mais perto da realidade. Antes, era uma coisa de criança. Agora, já levo mais como uma profissão, pensando no futuro de outra maneira.