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·18 July 2025

Lateral-direita do Corinthians relembra início de carreira e trajetória no clube

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  1. Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

Há quase 10 anos no Corinthians, a lateral-direita Paulinha é uma das marcas registradas da modalidade feminina do clube e um dos símbolos do protagonismo do Alvinegro. Ao todo, são 16 títulos conquistados com a camisa das Brabas, além de nove gols e quatro assistências em 248 partidas.

Na última quinta-feira, 10 de julho, a atleta concedeu entrevista ao podcast Recovery Resenha e relembrou seu início de trajetória no futebol: Comecei jogando com os meninos. Não tinha time feminino. Sofri muito preconceito, ouvindo ‘Menina não joga futebol’, sabe?. “Nunca passei pela base. Não tinha sub-15, sub-18… nada. Fui direto pro profissional, no São Paulo. Aprendi na marra. Vi as meninas treinando e fui aprendendo. Tinha muita coisa que você só aprende na base, mas não tinha como.”


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Foto: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

“Passei pelo São José, pelo Foz Cataratas… que era um time muito forte na época. Depois fui pro Corinthians, já faz 10 anos. Naquela época não tinha estrutura nenhuma. A gente jogava no CT, não tinha Arena, não tinha visibilidade”, iniciou.

Em seguida, foi questionada sobre o aspecto mental no futebol e pressão no dia a dia da profissão. A jogadora ressaltou o nível de cobrança para atuar no Corinthians, citando a torcida do clube: Jogar no Corinthians tem muita cobrança. A torcida apoia muito, mas cobra demais também. Tem dia que a gente está mais frágil, mais sensível e mesmo assim tem que lidar com crítica, com rede social.”

Ela complementou falando sobre a importância de trabalhos psicológicos para superar questões mentais: “Terapia pra mim devia ser obrigatória. Porque a gente vive tudo lá dentro: clube, comissão, é quase uma família. E toda família tem desgaste. Hoje temos psicólogo, coach, profissionais que ajudam muito. Mas nem todo clube tem isso… tem time que ainda sofre muito com isso. A rede social pesa demais. Antes você desligava a TV e ninguém sabia o que estava acontecendo. Hoje tudo viraliza. As meninas mais novas já chegam com tudo pronto, mas às vezes não sabem lidar com essa pressão. A gente tenta passar o que a gente viveu”, continuou.

Posteriormente, revelou que, atualmente, a relação com o departamento masculino de futebol profissional do Corinthians é quase inexistente, já que a rotina de ambos não “batem”. Porém, em anos anteriores, comentou que o goleiro Cássio, um dos maiores ídolos da história do Alvinegro Paulista, era quem costumava acompanhar os treinamentos das Brabas.

Infelizmente a gente não tem muito contato com os meninos. Seria uma troca muito bacana, mas hoje as rotinas não batem. A gente treina de manhã, eles normalmente também. Nosso centro de treinamento nem é o mesmo. Usamos o da base. Às vezes a gente vai para o profissional, mas quando eles não estão lá. O Cássio era quem mais aparecia lá, ele tinha uma relação boa com o nosso preparador físico. Mas hoje quase não tem isso.

Por fim, comentou suas expectativas para a Copa do Mundo Feminina de 2027, que será realizada no Brasil e planos de carreira até lá, já que possui 37 anos de idade. Ela citou o trabalho que vem sendo feita por Cris Gambaré, que está na Seleção Brasileira Feminina desde o ano passado exercendo a função de coordenadora de gestão de todas as seleções da modalidade, desde as categorias de base. A dirigente foi um dos pilares do sucesso do Corinthians no futebol feminino, onde foi diretora entre 2016 e início de 2024.

Eu acho muito cedo, a gente está em 2025, espero ainda estar jogando (até 2027). A gente não sabe o dia de amanhã. Eu falo muito dos planos de Deus, sou uma pessoa que eu tenho uma religião, tenho muita minha fé, então acho que ele nos guia e obvio que você tem que fazer a sua parte, mas com certeza eu espero estar jogando e acompanhar. Vai ter jogo na Neo Química Arena, eu vou acompanhar com certeza, e torcer muito. A gente tem grandes chances, muitas condições, e inclusive a a Cris Gambaré que trabalhava com a gente no Corinthians, está a frente desse projeto, desse momento da seleção, eu tenho certeza que vão fazer um grande trabalho, finalizou.

Em 248 partidas pelo Corinthians (177 como titular), ela possui 189 vitórias, 40 empates e apenas 19 derrotas. Com a camisa das Brabas, conquistou: Copa do Brasil (2016), Campeonato Paulista (2019, 2020, 2023) Copa Paulista (2022), Conmebol Libertadores (2017, 2019, 2023 e 2024), Campeonato Brasileiro (2018, 2020, 2021, 2022, 2023 e 2024) e Supercopa do Brasil (2023 e 2024).

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