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·23 May 2025

Indiciado, Augusto se diz inocente no caso VaideBet e reforça que não renunciará no Corinthians

Article image:Indiciado, Augusto se diz inocente no caso VaideBet e reforça que não renunciará no Corinthians

Nesta sexta-feira, um dia após ser indiciado pela Polícia Civil de São Paulo por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro, Augusto Melo voltou a dizer que é inocente no caso VaideBet e reforçou que não irá renunciar à presidência do Corinthians.

O mandatário, ao lado do seu advogado particular, Dr. Ricardo Cury, respondeu questionamentos da imprensa em entrevista coletiva na Neo Química Arena, estádio do time, e afirmou que, apesar da pressão nos bastidores e até da torcida, não pensa em renunciar ao posto para se defender das acusações. Mais cedo, a principal organizada do clube, Gaviões da Fiel, pediu o “afastamento imediato” de Augusto.


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“Pedi a convocação dessa coletiva para mostrar nossa indignação com esse parecer. Dizer que estou tranquilo, sou inocente. Estou indignado com essa situação. O Doutor Cury vai mostrar os motivos técnicos. Minha vida é de caráter, quem me conhece sabe. Nunca tive problema com ninguém”, declarou.

“Minha vida é muito transparente, honesta. Sou um cara família. Desde que me tornei presidente do Corinthians, venho trabalhando incansavelmente. Duvido que existam corintianos igual eu ali dentro. Mas não passa pela minha cabeça renunciar, em hipótese nenhuma. Até porque não devo nada. Esse foi um grande contrato, se teve algum problema, a Justiça vai resolver. Não tivemos problemas em nenhum outro. Não tenho envolvimento nenhum. Confio na Justiça, quero mais do que ninguém essa investigação. Faço questão que a Justiça termine isso, temos que dar sequência. Eu não tenho nenhum tipo de acordo com empresa de jogador, tenho meu executivo de futebol. Estou muito tranquilo, não penso em renunciar. Isso não é manchar o Corinthians, o Corinthians está sendo manchado há várias gestões. Com todo esse imbróglio, tenho um contrato na mão que o Cori vai decidir, de um R$ 1 bilhão. Eu estou com a minha consciência tranquila”, acrescentou.

Augusto Melo, mais uma vez, alegou que está sofrendo uma “pressão orquestrada” motivada por supostas brigas políticas internas no Parque São Jorge. Ele, ainda, pediu paciência aos torcedores e afirmou que irá comprovar sua inocência.

“Não é ir contra a torcida. Ela precisa saber a verdade. O torcedor normal não sabe a veracidade de tudo, tem um cunho político aí. Brigamos com um sistema bruto. Olha como peguei o Corinthians e como está hoje. Com toda essa mancha que veio do passado. Me cobravam auditoria, eu fiz e está comprovado o erro nas contas. Peçam a abertura das contas. Temos um Conselho Fiscal competente, acredito que há muita chance de reabrirem as contas. Espero que o torcedor tenha paciência porque tudo vai ser resolvido”, disse.

“É isso que eles [opositores] querem. Sofro esse pressão desde o início. Eles tentam sufocar para que minha família se sinta pressionada. Eu não vou renunciar por uma coisa que não fiz. Vamos provar isso, estou tranquilo. Lá dentro se briga pelo poder, pelo status, coisa que não tenho. Não sou eu que mancho a imagem do Corinthians, são aqueles que se dizem corintianos, mas não pensam no clube, pensam no poder. Querem te prejudicar para tomar seu lugar”, concluiu.

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(Foto: André da Silva Costa/Gazeta Press)

Entenda o caso

O inquérito foi concluído pelas autoridades na noite da última quinta-feira. Além de Augusto Melo, também foram indiciados o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura, o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano, além de Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, apontado no contrato entre clube e a casa de apostas como intermediador do acordo.

A situação de Yun Ki Lee ainda será avaliada. O advogado solicitou habilitação nos autos, e o pedido ainda não foi apreciado. Portanto, somente após essa liberação e a condição de ampla defesa é que a Polícia deve concluir sobre o ex-diretor jurídico.

Cabe agora ao Ministério Público decidir se irá ou não apresentar a denúncia formal à Justiça. O promotor Juliano Atoji monitorou as investigações de perto e deve levar o caso adiante. Se a denúncia foi aceita por um juiz, Augusto Melo, Marcelo Mariano, Sérgio Moura e Alex Cassundé se tornarão réus em processo penal.

O contrato virou alvo de investigação policial após a descoberta de repasses de receitas oriundas de pagamentos do Corinthians para a Rede Social Media Design LTDA, empresa de Cassundé. Posteriormente, parte destes valores foram transferidos para uma empresa ‘laranja’ e chegaram a uma conta vinculada ao crime organizado, conforme comprovou o relatório assinado pelo delegado Tiago Fernando Correia, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), responsável pelo caso.

O documento ainda confirmou que Cassundé fez uma transferência de R$ 580 mil para a Neoway Soluções Integradas, a tal empresa fantasma, no dia 25 de março de 2024, mesma data em que, de acordo com dados telemáticos (ERB’s) obtidos pela Polícia, Alex esteve presente no Parque São Jorge.

A intermediação deu à Rede Social Media Design LTDA o direito a receber 7% do valor total do acordo entre o clube e a VaideBet, o que, à época da vigência da parceria, renderia, ao fim do período de três anos, R$ 25,2 milhões para a empresa. A quantia deveria ser repassada pelo clube em parcelas mensais de R$ 700 mil.

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Votação de impeachment

Indiciado pela Polícia Civil, Augusto Melo vê a pressão aumentar cada vez mais nos bastidores do Corinthians. Na próxima segunda-feira, o Conselho Deliberativo do clube se reunirá no Parque São Jorge, a partir das 18h, para retomar a votação de impeachment contra o mandatário.

O encontro teve início no dia 20 de janeiro deste ano, mas acabou sendo suspenso pela falta de segurança e devido ao horário. Na oportunidade, 126 conselheiros contra 114 aprovaram a admissibilidade do processo de destituição de Augusto Melo por conta do escândalo da VaideBet.

Caso a maioria simples no Conselho aprove o impeachment de Augusto no dia 26, o presidente será afastado imediatamente do cargo, que será assumido de forma temporária por Osmar Stabile, primeiro vice-presidente do Corinthians.

Além disso, se o Conselho der parecer positivo quanto ao impeachment de Augusto, Romeu terá de definir uma data para a Assembleia Geral, que é a última instância do processo de destituição, com a participação dos associados do clube.

Nesse cenário, Augusto permaneceria afastado de suas funções até a divulgação do resultado final da Assembleia. Se os sócios endossarem que ele deve deixar o cargo, o mandatário será definitivamente destituído.

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