Zerozero
·18 November 2024
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Notabilizou-se ao serviço do FC Porto e do Inter de Milão entre o final da primeira década do milénio e a segunda metade da década seguinte e terminou a carreira de forma algo precipitada com problemas associados à adição do álcool. Sem ingerir bebidas desse teor há cerca de seis meses, Fredy Guarín concedeu uma entrevista ao programa, Los Informantes, da Radio Caracol, no qual abordou os problemas que lhe afetaram carreira e vida profissional.
Num vício iniciado aquando do ingresso no futebol italiano, o antigo internacional colombiano revelou que, nos primeiros tempos, foi capaz de camuflar o problema: «Conseguia gerir muito bem, embebedava-me dois dias antes do jogo e funcionava. Ganhávamos, eu marcava um ou dois golos. Trabalhava mais do que quando não bebia.»
No entanto, tudo piorou, com o passar dos anos e, sobretudo, o início da pandemia: «Estava a viver num 17.º andar e desliguei-me da vida, a minha reação foi atirar-me. Havia uma rede na varanda, saltei e ela trouxe-me de volta. Não tinha consciência do que estava a fazer, não sei o que aconteceu. Sabia que numa bebedeira ia morrer. Era a morte ou a prisão. Bebia 50, 60, 70 cervejas por noite.»
«Foram dias pesados. Estive bêbedo durante 10 dias. Adormecia de cansaço e acordava com uma cerveja ao meu lado. A pandemia chegou, não tinha treinos, não tinha grupo, não tinha futebol e não tinha medo. Ia para a favela e ficava com qualquer rapariga. Abandonei-me completamente, fui procurar o perigo. Eu dizia adrenalina para ver armas, movimento. Não medi o risco», atirou em jeito de conclusão.
Retirado desde 2021 quando jogou pela última vez ao serviço do Millonarios, Guarín destacou-se na sua passagem pelos dragões. Em três épocas e meia, o médio cafetero somou 117 jogos, 21 golos e 15 assistências, números suficientes para levantar três ligas portuguesas, três Supertaças Cândido de Oliveira, três Taças de Portugal e ainda uma Liga Europa.