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·29 July 2024

Galo x Corinthians: coletiva de imprensa de Milito

Article image:Galo x Corinthians: coletiva de imprensa de Milito

Pergunta: Queria que você falasse das dificuldades do Atlético nessa vitória.

Gabriel Milito: Foi um jogo muito difícil, uma primeira parte no qual a gente imaginou que eles iriam jogar como vinham jogando: linha de cinco defensores, dois volantes, com o Garro de meia-atacante e dois centroavantes. Eles mudaram e nos surpreenderam. E tudo que eu havia imaginado, eu imaginei mal, muito mal. A nossa equipe não se encontrou cômoda no primeiro tempo. Responsabilidade minha. É isso, eu imaginei um jogo que se deu de outra maneira.


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Na segunda parte, modificamos, e tivemos um pouco mais de controle de bola. Mas, sim, foi disputado, muito tático, sem espaços, não havia 1×1. Foi um jogo de disputa. Só que é preciso se impor nesse tipo de partida, às vezes é preciso lutar mais. Lutar vamos lutar sempre. Mas há jogos que são de menos brilhos e de mais lutos, de ganhar duelos, a segunda bola. Foi isso que aconteceu hoje. Eles tiveram situações, o Matheus Mendes fez um grande jogo. Nós também tivemos chances. Estou contente com a vitória, era importante ganhar hoje. Ademais, estávamos enfrentando um adversário forte, com grande treinador. E essas partidas se resolvem muitas vezes assim, de mínima diferença.

Pergunta: Alguns jogadores se queixaram sobre o gramado da Arena MRV. Gostaria de saber se isso é uma preocupação sua também.

Gabriel Milito: O campo, realmente, não está muito bem. O Clube sabe disso e analisa possibilidades para melhorar. Mas é uma questão de tempo, sequência de jogos, que dificulta essa melhora do campo de jogo de maneira imediata, como eu gostaria. Sim, sei que estão tentando de todas as formas para melhorar. Mais além disso, o jogo, não tivemos o domínio habitual, pois na primeira parte não tivemos cômodos no nosso planejamento inicial. O rival soube nos neutralizar muito bem, há o mérito do adversário. Por isso falei que esse tipo de jogo exige que se vença os duelos, tenha esse aspecto de luta, o que também caracteriza uma grande equipe. Em situações chaves, o Matheus nos ajudou a sustentar o resultado. Mas não relaciono o desempenho diretamente com o campo de jogo, e sim com as escolhas iniciais minhas diante da estratégia do Corinthians.

Pergunta: Queria que você falasse um pouco mais sobre o Matheus Mendes, fazendo jogos de destaque. Ele planta uma dúvida na sua cabeça, diante da proximidade de retorno do Everson?

Gabriel Milito: O rendimento do Matheus, substituindo o Everson, é bom! Tenho certeza que, se a gente precisasse do Delfim, ele também teria correspondido dessa maneira. Temos um ótimo treinador de goleiros e ótimos goleiros. Agora, é indubitável a experiência e qualidade do Everson, e eu quero contá-lo quando ele estiver 100% recuperado. Mas, estou muito contente de, quando não poder contar com o Everson, eu terei o Matheus para fazer partidas iguais às de hoje. Isso é muito importante.

Pergunta: Qual o motivo técnico/tático para que Fausto Vera seja o titular tão rapidamente? E por que hoje você optou por trocá-lo no segundo tempo?

Gabriel Milito: É um jogador que eu conheço muito, muito mesmo. Sei de toda a sua qualidade e capacidade para ajudar a equipe. Hoje, o Arana regressou, e decidi que Alan Franco ele não iria iniciar, e que ele entraria no segundo tempo de qualquer jeito, independentemente do resultado. Isso vai acontecer, um dia vai jogar Alan, outro Vera, daqui a pouco teremos Zaracho. Temos dois jogadores de mesmo nível para uma vaga. É um “bendito” problema de deixar grandes jogadores no banco comigo. É algo muito favorável ter concorrências internas no grupo. Ter jogadores de mesmo nível, e que contemplam características distintas.

Pergunta: Otávio e Paulinho falaram que o gol sofrido foi um “gol bobo”. Como você enxerga isso? Gabriel Milito: Não queremos sofrer gols. Foi uma ação na qual não nos defendemos bem. Começa de um arremesso lateral. Mas, vamos melhorar. Os jogadores não gostam de sofrer esse tipo de gols, eu tampouco. Estávamos ganhando de 1 a 0, e se não tivéssemos tomado esse gol, o desenvolvimento da partida seria outro. Foi um gol que poderíamos ter evitado. Sobretudo pela qualidade dos jogadores que temos para defender as ações dentro da nossa área. Isso acontece. Agora, não é por causa disso que não vamos trabalhar para que isso não aconteça mais. Poderia ter sido um gol de placar ruim para nós. Temos que tentar, por todos os meios, com atenção, inteligência, sempre tirar a bola de perto da nossa área. Isso é uma lição para adiante. Há gols que são evitáveis. Vamos melhorar!

Pergunta: Porque quando há uma equipe mais organizada, mais postada atrás, isso traz tanta dificuldade ao Atlético aqui na Arena MRV?

Gabriel Milito: É, naturalmente, mais difícil gerar perigo e oportunidades de gol contra times que ficam mais atrás, fechados. Eles te tiram espaço. É assim, simplesmente. A gente gostaria de ter adversários que saem mais, nos deixem mais espaços nas costas da defesa. Só que isso só acontece quando a gente está em vantagem. Eu considero que temos ganhado de maneira merecida nos últimos dois jogos que fizemos aqui em casa. Talvez o de hoje nem tanto. Mas eram rivais defensivos. E acredito que há mérito no que fizemos como equipe.

Pergunta: O Galo teve um pouco de dificuldade hoje, quando o Garro acionava o Yuri Alberto no lado direito. Queria que você falasse sobre o equilíbrio defensivo diante de um estilo de jogo de posse de bola. Gabriel Milito: Tentamos ter o equilíbrio, assim como todas as equipes. É muito importante o posicionamento da equipe quando temos nossas perdas de posse de bola. Mas, normalmente, os contra-ataques trazem mais facilidades a quem ataca. Nosso trabalho é em cima da perda da posse de bola, não receber tantas transições. A situação de gol que recebemos não é falta de equilíbrio de defesa, sempre tivemos um jogador a mais ou igual na nossa defesa. Temos que melhorar alguns pontos. Somos uma equipe que ataca muito, e vamos sofrer contragolpes, mas não sofremos por falta de jogadores atrás. Estou contente com o desempenho do time, buscando sempre o gol adversário, o volume. Do contrário, seria ceder a bola para o adversário, ficar mais atrás.

Há gente que gosta desse estilo de jogo, mas se a gente perde, vem as críticas de que é um time defensivo, que só fica reativo, porque não ataca mais? Você me fala do desequilíbrio da equipe depois de um empate e três vitórias. Eu compreendo a pergunta, é o debate de toda a vida do futebol: equipes que atacam muito e ficam desprotegidas atrás, equipes defensivas que poucas vezes atacam o rival. Então, quando ganhamos jogando totalmente defensivo, há elogios para o sistema. Quando se perde assim, se fala que a postura é muito defensiva. Quando se ganha atacando muito, elogios para a intensidade. Quando se perde atacando muito, se fala… Agora, há a particularidade de se falar em falta de equilíbrio com a equipe ganhando. Se perde, imagina o que se falaria por aí.

A gente gostaria que o nosso goleiro fosse um espectador de luxo. Mas, temos um goleiro para que defenda. Haverá partidas que ele não tocará na bola, em outras, será protagonista. São situações, é um jogo, temos um rival do outro lado.

Pergunta: Vimos um Fuchs na lateral direita, mais defensivo, e o Saravia no banco. Queria que você explicasse essa escolha.

Gabriel Milito: Fuchs vinha jogando muito bem, hoje… Arana teria que atacar, Fuchs teria de dar uma amplitude pela direita, mas sem atacar tanto. Agora, defendendo, tínhamos que ter três, porque eles tinham dois atacantes e Garro, que era marcado por Otávio. Nesse caso, Scarpa fazia duelos com o lateral esquerdo do Corinthians, o Arana, com o lateral direito deles, e nós tínhamos três defensores lá atrás. Jogando com a bola, a ideia é fazer a saída de quatro, com o Fuchs e Arana mais abertos, e que Gustavo Scarpa atacava por dentro, com Bernard e Fausto Vera, Hulk e Paulinho. Esses lá na frente.

Essa era a ideia, de termos um combate contra a linha de cinco, mas eles jogaram com linha de quatro e um volante. Era o que eu tinha imaginado do Corinthians. Por isso eu falei que eu poderia ter feito melhor, pois tivemos dificuldade. E fui obrigado a mudar a estrutura de ataque no segundo tempo, com Bernard e Paulinho nas costas dos volantes, e Hulk contra os zagueiros centrais, Scarpa mais aberto. Não tivemos domínio da partida, grande perigo, pois o Corinthians se fechou atrás, criando dificuldade. Com pouco espaço, tinha que aparecer uma bola igual ao do Lyanco para Hulk no lance do pênalti. Foi uma maneira para romper a estrutura defensiva do rival.

Pergunta: Você pensa que o Zaracho pode jogar ali mais próximo do Otávio, ao lado do Bernard, ou é hipótese inválida?

Gabriel Milito: O Zaracho pode jogar de meia-atacante, é um jogador polivalente, pode jogar em muitas posições. Pode atuar na faixa do Paulinho, pode atuar mais atrás. Mas, na minha cabeça, eu imagino Zaracho mais adiante, assim como Alan Franco, Bernard, Paulinho, Edu Vargas. Temos algumas opções. Vamos decidir a cada jogo o que a gente crê ser o melhor. E temos que ter em conta a necessidade de rotação de jogadores, mantendo o nível da equipe. Isso tem a ver com o que queremos para a partida, e também o estilo de jogo dos adversários. Hoje, temos muitas e distintas variantes.

Pergunta: A substituição do Fuchs teve algo tático, físico, ou foi por causa do cartão? E gostaria que você falasse sobre a partida do Lyanco. Gabriel Milito: A saída do Fuchs foi por conta do cartão amarelo. Era um tremendo risco que corríamos tê-lo amarelado contra um ataque do Corinthians. Na segunda parte, como íamos jogar com três zagueiros de maneira definitiva, o Lyanco entrou. Ele está tomando ritmo competitivo cada vez mais. Vi que era a oportunidade perfeita para ele entrar no lugar do Bruno, que estava bem na partida, mas tinha o cartão amarelo. Uma pena que ele (Lyanco) tenha sofrido a expulsão no fim, é um jogador de respeito, que vai nos agregar muito.

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