Fluminense inscreve 31 jogadores para Mundial e deixa vagas abertas para reforços | OneFootball

Presidente Mário Bittencourt revela estratégia para competição da FIFA e admite dificuldades no mercado

O Fluminense inscreveu 31 jogadores para o Mundial de Clubes da FIFA, mas ainda pode chegar aos 35 permitidos pelo regulamento. Em entrevista exclusiva com o “Setor Sul” podcast, o presidente Mário Bittencourt explicou que o clube mantém vagas abertas na esperança de conseguir reforços até o dia 10 de janeiro.

“Como o Renato vem dizendo nas entrevistas, a gente precisa deixar em aberto porque temos uma ideia de trazer alguns jogadores”, revelou o dirigente, referindo-se ao técnico Renato Gaúcho.

O prazo curto para inscrições (apenas de 1º a 10 de janeiro) tem dificultado as negociações. “Muitos jogadores estão de férias e outros estão esperando propostas melhores para o restante da temporada”, admitiu Bittencourt.

O presidente fez questão de esclarecer que as contratações não são pensadas apenas para o Mundial: “Não estamos pensando em contratações especificamente para o Mundial. Estamos pensando para a temporada inteira, porque temos três competições além do Mundial”.

Presidente admite que segurança pública virou obstáculo nas contratações

Um fator inesperado tem dificultado as contratações do Fluminense: a violência urbana no Rio de Janeiro. Mário Bittencourt admitiu que vários jogadores recusaram propostas por medo da insegurança.

“O que está nos assustando é que muitos jogadores estão recusando nossos convites por causa da violência. Essa questão do atleta do Flamengo mexeu bastante com as famílias”, revelou o presidente – referindo-se aos acontecimentos com o goleiro Rossi, que teve seu carro alvejado por tiros na Linha Amarela, quando retornava para casa após desembarcar no Galeão.

O dirigente citou um caso específico: “Esta semana ouvi de um jogador: ‘Minha família já passou por violência urbana. Não tenho vontade de ir para o Rio de Janeiro agora'”.

Jogadores do próprio Fluminense já foram vítimas: “Keno e Thiago Santos sofreram assalto após jogo na Ilha do Governador. Eu saí 5 minutos depois deles do mesmo local”.

“É um problema que vem se agravando. Por mais que você more em bairro bom, tem que cruzar a cidade”, desabafou Bittencourt.