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·1 July 2025
Flamengo retorna ao Brasil com mudanças nos status de vários jogadores; confira

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·1 July 2025
O Flamengo desembarca no Brasil nesta terça-feira (30) trazendo na bagagem mais do que apenas o peso de uma eliminação nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes.
A derrota por 4 a 2 para o Bayern de Munique encerrou a campanha, mas o torneio serviu como um intenso laboratório para o técnico Filipe Luís, deixando um saldo claro de quem aproveitou a vitrine mundial e quem volta para casa com o status abalado.
A competição, que terminou com duas vitórias, um empate e uma derrota, expôs fragilidades, mas também consolidou nomes inesperados. Agora, com o foco de volta para as competições que o Mengão tem lidado anualmente, veja quem chega em alta e quem deixou a desejar na Copa do Mundo.
Wallace Yan
O garoto do Ninho certamente foi um dos melhores acontecimentos para o Flamengo na Copa do Mundo de Clubes. Sempre que foi acionando, gerou perigo para os adversários, além de ter sido o artilheiro da equipe no torneio, com dois gols. Tende a ganhar ainda mais minutagem no ataque e ajudar na maratona até dezembro.
O capitão talvez tenha sido o grande expoente do Flamengo nos dois grandes jogos contra Chelsea e Bayern, retornando em alta, pelo ponto de vista técnico. No entanto, o fato de já ter sua saída praticamente confirmada deixa sua moral com a torcida baixa, mesmo com o bom futebol apresentado no torneio.
Se havia alguma dúvida, ela foi tirada na Copa do Mundo de Clubes. Léo Pereira é hoje um pilar da defesa do Flamengo. Com atuações seguras e consistentes nos jogos mais pesados, contra Chelsea e Bayern, o zagueiro foi o ponto de equilíbrio da zaga. Mesmo na eliminação, foi quem menos comprometeu. Volta ao Brasil como peça fundamental, seja para defender como para construir.
No meio-campo, uma nova força emergiu. Contratado especificamente para o torneio, Jorginho não sentiu o peso da camisa e se adaptou de forma imediata. Com personalidade, organização e até um gol de pênalti contra o Bayern, ele apresentou suas credenciais e entra forte na briga por uma vaga entre os titulares.
Luiz Araújo pode não ter sido unanimidade, mas terminou o torneio com saldo positivo. Apesar de erros cruciais que resultaram em gols do time alemão, sua capacidade de ser incisivo e sua presença constante o firmaram no time titular.
O gol e a assistência na estreia contra o Espérance mostraram o seu valor, e ele começou jogando em todas as partidas, um sinal claro de confiança de Filipe Luís.
Mesmo sem iniciar nenhuma partida, o camisa 27 reforçou sua fama de talismã. Sua entrada contra o Chelsea mudou o jogo, com gol e assistência que garantiram a virada e a classificação.
Continua sendo a arma letal que todo técnico sonha em ter no banco. Contra o Bayern, mudou a postura da equipe com sua entrada, mostrando que é uma peça que ainda pode entregar muito para o time.
Filipe Luís viu em Gonzalo Plata a peça que poderia cumprir o papel de substituir Pedro nos jogos grandes. O equatoriano acabou contribuindo com duas assistências importantes contra o Chelsea, além de ter desempenhando um grande trabalho tático, ajudando na criação, na recomposição e na pressão pós-perda.
Embora Alex Sandro, em boas condições físicas, seja o dono da posição, Ayrton Lucas aproveitou bem a brecha, sendo bastante impactante no duelo contra o Chelsea, mostrando que pode ser bem aproveitado em determinados enfrentamentos.
Danilo teve atuação segura e marcou um gol contra o time inglês, mas a opção de Filipe Luís por deixá-lo no banco contra o Bayern mostra que ele segue como uma boa peça de rotação na zaga.
Já Alex Sandro, recuperado de desgaste, voltou ao time contra o Bayern e teve atuação regular, mantendo-se como o titular da lateral-esquerda, mas sem grande brilho no torneio.
Assim como Danilo, o defensor participa do rodízio na zaga e, embora seja destaque pela saída de bola, não teve tanto êxito contra o Bayern, além de ter sido banco contra o Chelsea. Não comprometeu, mas não conseguiu mostrar seu grande futebol nos níveis de enfrentamento mais altos.
O lateral-direito Wesley foi quem mais sentiu a pressão dos grandes jogos. Com falhas defensivas, como a bola entregue para o gol do Chelsea e erros primários contra o Bayern, o jovem volta em baixa e vê a sombra de Varela crescer em sua disputa pela posição. Com potencial enorme, o jogador segue sendo disputado por times europeus.
Um dos termômetros técnicos da equipe, Arrascaeta esteve longe de suas melhores atuações, que viraram rotina em 2025. Apesar do gol na estreia, o craque uruguaio pareceu em uma rotação abaixo nos confrontos decisivos.
Substituído nos dois jogos mais importantes após desempenhos apagados e responsável por perder a bola no lance do segundo gol alemão, Arrascaeta deixou uma sensação de que poderia ter entregado muito mais.
O caso de Pedro também gera preocupação. Claramente ainda em busca de sua melhor condição física, o centroavante foi titular apenas nos jogos de menor peso. Nos momentos decisivos, foi preterido por Plata, entrou nos acréscimos contra o Chelsea e sequer saiu do banco contra o Bayern. O artilheiro perdeu espaço e volta com a missão de reconquistar a confiança de Filipe Luís.
Alguns outros nomes mantiveram as mesmas avaliações. Michael e Everton Cebolinha demonstraram que não conseguem gerar impacto para a equipe na ponta-esquerda. De La Cruz segue sofrendo com problemas físicos. Pulgar fez um belo jogo contra o Chelsea, não foi bem contra o Bayern, mas ainda é um nome importante e que deve desfalcar o time após lesão.
Juninho foi importante na movimentação para o gol de Wallace Yan contra o LAFC, mas a amostragem ainda é pouca para se tornar uma opção confiável no ataque.
No geral, o saldo foi bem positivo para o Flamengo, que sai da Copa do Mundo de Clubes mais forte do que entrou.