Flamengo com respiro técnico, mas sem tempo: comentarista expõe dilema de Filipe Luís | OneFootball

Ainda vivo em todas as competições, o Flamengo tem jogado praticamente a cada três dias desde o fim da Copa do Mundo. Esse fator desgastante obviamente é determinante no desempenho do time, e segundo comentarista Sérgio Xavier, também cria dilema na cabeça de Filipe Luís.

Serginho avaliou que o Flamengo nesse momento consegue um respiro, porém, não de tempo, mas sim de qualidade.

Isso porque o Mengão trouxe quatro contratações de peso, que devem contribuir muito para um time que vai precisar rodar peças.

Porém, Filipe Luís ganha o dilema de tentar entender como encaixar as peças que recebeu, já que não tem tempo hábil para testes e treinamentos.

Contratações do Flamengo estreando na "fogueira"

Sem tempo, os reforços do Flamengo estão estreando "à força", segundo Sérgio Xavier, que cita o caso de Samuel Lino, que contra o Atlético-MG fez sua primeira partida saindo do banco, e brilhou, apesar da derrota.

Porém, contra o Ceará, no último jogo, começou até como titular, e não rendeu tão bem como se esperava.

"Aliás, o Filipe Luís não teve tempo nenhum para encaixar o Samuel Lino, para encaixar o Royal e para encaixar o Saúl. E, mesmo assim, esses caras tiveram que entrar à força, né? E já demonstrar. Aí, num primeiro jogo que o Samuel Lino tem um segundo tempo muito bom, muito acima de estreias. Vem o segundo jogo e aí ele não consegue já tantas vitórias. Está todo mundo mais vacinado também. Já não se dá tanto espaço para ele", explica.

A mais nova contratação, Carrascal, não foi inscrito a tempo e não joga na Copa do Brasil contra o Atlético-MG nesta quarta (6). Porém, já está apto, e deve fazer sua estreia contra o Mirassol, no sábado (9), pelo Brasileirão.

Flamengo precisa de respiro em meio a crise técnica

Nos últimos jogos é nítido que o Flamengo caiu de rendimento. Apesar de Filipe Luís não condicionar essa situação ao calendário, ele impacta, sim, negativamente.

Com isso, Sérgio Xavier avalia mais um dilema importante que vive o técnico rubro-negro, que precisa de tempo para descansar e trabalhar suas ideias de pressão e intensidade, tão desgastante, mas não consegue.

"Então, é uma situação complicada você ter que usar o respiro técnico num momento que não tem o respiro de tempo. E esse eu acho que é o grande problema do Flamengo, que tem essa proposta de pressão muito forte, de intensidade incrível, e não é um time que consegue entregar essa intensidade em 90 minutos. Ele entrega pedaços do jogo", analisa Sérginho.

Em cima disso, Filipe Luís tem tido como "solução", usar jogadores em sequência, como a dupla de zaga, que basicamente não tem descanso.

Ou além dos reforços usados "às pressas", situações como a de Viña, que com as lesões de Ayrton Lucas e Alex Sandro, tem jogado bem mais que o previsto.

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