Ferreirinha expõe conversa com Zubeldía em fase ‘para baixo’ e diz que colocou ‘pulga na cabeça’ do treinador do São Paulo | OneFootball

Ferreirinha fez partida inspirada na vitória sobre o Bahia no Morumbi (Foto: Rubens Chiri/SPFC)

MARCIO MONTEIRO

Ferreirinha brilhou talvez em sua melhor atuação com a camisa do São Paulo ao conferir um golaço e uma assistência após jogada maravilhosa em que invadiu a área driblando. Voltou ao time titular e não decepcionou nas vitórias sobre Criciúma e Bahia, neste domingo (30).

O ponta tricolor, no entanto, estava distante do time titular há algumas partidas, com a opção por Rodrigo Nestor para o setor esquerdo de ataque. Precisando vencer, no entanto, Ferreirinha recebeu novas chances no São Paulo e não decepcionou.

Nos vestiários do Morumbi após a vitória por 3 a 1, Ferreirinha revelou papo com o técnico Luis Zubeldía em momento que estava meio para baixo, não se sentindo importante ao grupo. O argentino tratou de reverter a situação e dar moral ao atacante.

“Muito feliz de estar voltando a jogar, na semana passada tive uma conversa com o professor no jogo contra o Vasco. Ele falou que estava me sentindo meio triste, que eu estava meio para baixo. Eu falei para ele que não estava me sentindo importante, porque não estava jogando. Ele falou que contava comigo, que eu era importante, sim, e joguei contra o Criciúma, joguei hoje de novo, com duas vitórias”, expôs o atacante tricolor.

Com Nestor, o time fica mais seguro defensivamente, mas perde a força ofensiva incisiva de Ferreirinha, cheio de dribles e lances de efeito. Ele também foi perguntado se esse esquema com dois pontas de mais poderio de ataque o favorece.

“Com certeza. São jogadores de características diferentes. Vai depender muito do jogo, quem o professor vai utilizar, mas quando ele utiliza eu, é para isso mesmo, é para ir para cima. E eu pude corresponder nesses dois jogos”.

Ferreirinha também respondeu sobre sua continuidade na equipe titular, dizendo que sem dúvida deixará dúvidas para Zubeldía na escalação.

“Se o professor precisar que eu continue jogando, vou tentar dar meu máximo para corresponder e ajudar a minha equipe. Mas acho que eu botei uma pulga na cabeça dele”, declarou Ferreira.

Após um jogo de grande destaque, com jogadas que encheram os olhos do torcedor, Ferreirinha defendeu sua classe e a utilização de jogadores que tem o drible como característica principal.

“Na minha visão, acho que algumas equipes perderam isso e não jogam com pontas, a equipe do Bahia é assim, não que seja certo ou errado, mas eu sempre vou puxar para os pontas. Esse quebrador de linha acho que toda equipe precisa, e eu tento fazer isso, ir para cima uma, duas, três vezes, às vezes vou errar mais do que acertar, mas a que acerta, igual hoje, passei no meio de dois jogadores e sobrou para o Luciano fazer o gol. Acho que esse é o diferencial de quem vai para cima”, elucidou o atacante tricolor.