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·2 May 2025

“Faz sentido o Eustáquio no meio-campo. Jogar entre os centrais não ajuda”

Article image:“Faz sentido o Eustáquio no meio-campo. Jogar entre os centrais não ajuda”

Na sua primeira vez à frente do FC Porto sem Alan Varela, Martín Anselmi enfrenta um desafio. O médio, após receber um cartão amarelo frente ao E. Amadora, terá de cumprir suspensão na partida contra o Moreirense. Esta situação abre uma vaga na equipa titular, com Nehuén Pérez e Tomás Pérez como os principais candidatos. O regresso do defesa-central à titularidade parece ser a opção mais viável, o que poderá resultar na subida de Eustáquio para o meio-campo, enquanto a inclusão de um reforço de inverno manteria o trio defensivo intacto.

Para entender os planos de Anselmi para o encontro com os cónegos, O JOGO conversou com Chaínho, ex-médio do FC Porto, que não hesita na sua escolha. “Na ausência de Varela, parece mais lógico incluir um central, como Nehuén, e avançar o Eustáquio para o meio. Ele é um jogador que se destaca na circulação e na pressão. O seu papel entre os centrais não é o mais benéfico, nem para ele nem para o FC Porto”, sublinha o ex-atleta. “Eustáquio não é a escolha ideal para a posição de líbero. O FC Porto beneficia imenso com ele a jogar no meio-campo”, acrescenta.


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Chaínho destaca a “agressividade” do internacional canadiano como uma das principais mais-valias para os azuis e brancos quando Eustáquio ocupa uma posição mais avançada. “Com Eustáquio mais recuado, o meio-campo fica a cargo de apenas dois jogadores”, observa. “Ter Varela e Fábio Vieira em situações de dois contra três, como frequentemente ocorre, é problemático. O Fábio não é um jogador de combate, prefere uma posição mais fixa e, quando avança, fica Varela a suportar o meio-campo. Não se pode esperar que um criativo se desloque constantemente. É necessário um jogador que domine a posição, e é aí que Eustáquio se destaca”, argumenta, criticando o sistema atual dos dragões. “Neste momento, não parece beneficiar ninguém. Este FC Porto não tem os jogadores adequados para um 3x4x3”, conclui o ex-jogador.

Em relação a Nehuén Pérez, o seu estatuto e o histórico com Martín Anselmi favorecem a sua inclusão, uma vez que participou em 11 dos 15 jogos sob a sua direção, 10 dos quais como titular. Apesar de ter visto o seu tempo de jogo reduzido recentemente, ele ainda está à frente de Tomás Pérez, que se juntou ao FC Porto em janeiro e apenas foi titular uma vez, no jogo contra o V. Guimarães, em fevereiro. Existe ainda a possibilidade de que Nehuén e Tomás joguem juntos, com Zé Pedro a ser excluído do onze, embora essa situação seja muito menos provável.

“Tomás jogaria mais num 4x3x3”

Tomás Pérez, contratado em janeiro ao Newell’s Old Boys, participou em quatro jogos pelo FC Porto, mas apenas foi titular uma vez. Segundo Chaínho, o jovem médio argentino beneficiaria de uma abordagem tática diferente. “Tomás parece ter um perfil de médio mais posicional. Num sistema de 4x3x3, com um trinco puro, teria mais oportunidades de jogar. É evidente que ele tem qualidade, mas, após a saída do Nico, era necessário um jogador mais decisivo”, conclui o ex-jogador, ansioso por “ver mais do jovem”.

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