Ex-técnico do Corinthians comenta sobre dificuldades extracampo em seu período no clube | OneFootball

O português Antônio Oliveira assumiu o comando técnico do Corinthians em fevereiro ano passado em meio ao mau início da equipe no Campeonato Paulista. Nas primeiras seis rodadas do torneio com Mano Menezes e Thaigo Kosloski (interino) foram apenas uma vitória em seis rodadas, isto é, três pontos disputados em 18 possíveis.

O técnico assumiu o clube com riscos de rebaixamento no estadual e, apesar de não ter ido ao mata-mata, deixou a equipe no meio da tabela da competição (quatro vitórias, dois empates e uma derrota). Já no Campeonato Brasileiro, a equipe do lusitano teve um início ruim, conquistando apenas uma vitórias nas primeiras 13 rodadas, o que resultou em sua demissão após uma derrota por 2 x 0 contra o Palmeiras, no Allianz Parque.

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Em entrevista ao portal “Tribuna Expresso”, de Portugal, relembrou o período em que esteve no comando do Corinthians, entre fevereiro e julho de 2024. Durante esse recorte, Antônio falou sobre os momentos difíceis da instituição dentro e fora de campo, com dificuldades de honrar os pagamentos dos salários dos atletas. Por esse motivo, afirmou que os jogadores não queriam se concentrar para as partidas como forma de “protesto”.

“Houve alturas em que os jogadores chegaram a não querer concentrar, porque não recebiam. Tive de sair do treino para ir falar com o presidente, porque ele prometia que pagava no dia seguinte. Eu disse ao presidente: ‘Se você só pode pagar daqui a um ano, não diga que pode pagar amanhã porque eles não vão receber e vão ficar ainda mais chateados.'”

“Amanhã porque eles não vão receber e vão ficar ainda mais chateados.” E aos jogadores que não queriam concentrar tive de dizer: “Há um direito e um dever. Vocês têm o direito de receber e eles de vos pagar. Vocês têm razão. Agora, se passa lá para fora que vocês não querem concentrar, em vez de virar para eles, vai virar contra vocês. Vamos ser profissionais. Eu estou aqui, do vosso lado, estarei sempre e vou tentar sensibilizar o presidente para resolver os problemas. O meu dia a dia era um pouco isto”, disse Antônio.

No momento em que deixou o Corinthians, a equipe ocupava a penúltima posição do Brasileirão, embora estivesse classificada para as oitavas de final da Conmebol Sul-Americana e Copa do Brasil, respectivamente. Ao todo, foram 27 partidas na área técnica corinthiana, com 12 vitórias, sete empates e oito derrotas.

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