Jogada10
·21 June 2025
Esta Copa do Mundo de Clubes desperta mais atenção do que a Copa de seleções

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·21 June 2025
nfim,As participações dos clubes brasileiros, comoo Flamengo, na Copa do Mundo de Clubes derrubaram – por ora – as previsões de quase todos, incluindo a deste comentarista. E não venham com desculpas de cansaço, descanso, calor, tempestade, ou aquele papo velho e surrado de que os europeus não dão importância ao torneio. Eles ganharam as últimas 12 decisões contra os sul-americanos com seus times titulares.
A vitória do Flamengo, 3 a 1 sobre o Chelsea, de virada, enfrentando um punhado de dificuldades, incluindo a surpreendente pancadaria dos ingleses, foi um luxo. Vale destacar que o sucesso dos brasileiros não é necessariamente uma novidade. Afinal, estamos falando do país que foi o único pentacampeão do mundo. Temos de comemorar. Porque vencer os caras é complicado. Mas não podemos passar a imagem de vira-latas, porque pelo menos no futebol, não somos.
A propósito, embora o Mundial esteja apenas na segunda rodada, é de se projetar, desde já, que os prognósticos para a Copa de 2026, nos EUA, Canadá e México, passa a ter outra visão. Ou seja: vai levantar o moral do Brasil, e repensar o que ocorrerá até lá. Não só entre nós, mas também entre eles, europeus.
Flamengo detona o Chelsea, de Caicedo. Sem essa de complexo de Vira-Latas. Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
O Chelsea optou por três zagueiros. E como os alas não avançavam, o Flamengo passou a ter o controle do jogo. O problema é que o time carioca não soube aproveitar o momento. E Wesley, numa falha, rebateu deu a chance Pedro Neto. O jogador do Chelsea atacou livre para tocar na saída de Rossi, logo aos 13 minutos: 1 a 0.
O Rubro-Negro ficou em desvantagem. Mas não se entregou. Pelo contrário: continuou buscando o jogo. Porém passou a ter mais dificuldades, Afinal, o Chelsea, que já entrara recuado, ampliou a marcação, e pior, bateu à vontade. Tanto que levou três cartões amarelos em meia hora. O Flamengo, porém, praticamente não criou chances, à exceção da cabeçada de Gérson que Colwill tirou em cima da linha.
Dentro dos problemas impostos pela partida, principalmente a qualidade e a violência dos ingleses, era possível mudar a história. Desde que a equipe carioca não desperdiçasse as circunstâncias favoráveis que surgissem.
O Chelsea retornou mantendo a posse da bola, o que era péssimo, porque a diferença no placar forçava o time do Rio ao erro com maior freqüência. Numa falha da equipe londrina, aos nove minutos, Gérson invadiu a área sozinho e não aproveitou – não deu o passe para Plata e nem acertou a conclusão. Na sequência, Filipe Luis trocou Arrascaeta por Bruno Henrique, e Léo Pereira quase fez gol contra, o que liquidaria o duelo. Curiosamente, essa foi a chamada bola do jogo.
Começava a se aproximar a hora do desespero. Aos 15, Plata, livre, bateu para defesa de Sánchez. No entanto, cá entre nós, o Flamengo estava efetivamente bem melhor. Aos 16, Gérson levantou para Plata, que testou para Bruno Henrique escorar: 1 a 1. Pouco depois, aos 18, Vicenzo Maresca promoveu trocas. Aos 19, Pulgar cobrou escanteio, Bruno Henrique – outra cabeçada – deu para Danilo tocar no chão: 2 a 1. Aos 22, Jackson, que acabara de entrar, fez falta forte em Ayrton Lucas e foi expulso. Enfim, aos 37, Plata bateu em cima de Wallace Yan, que chutou sem defesa para Sánchez: 3 a 1.
O Flamengo, apesar de tudo, não conseguia prender a bola. Fez duas faltas na risca da área. Precisava segurar o resultado. E mesmo sem acertar os contra-ataques, defendeu o suficiente para garantir a vitória. Uma das mais importantes dos últimos anos, dada a fama e a marra do Chelsea, a vantagem que teve na partida, e previsão de que era o provável vencedor. Um veterano, Bruno Henrique, massacrado por uma bobagem que cometeu – o tal amarelo indevido – foi o grande herói da partida.
Como escreveu este comentarista, restava torcer que a pior das previsões, que ele mesmo fez, fosse um equívoco. E assim tem sido. Que continue, pois. Esse é o grande barato do futebol. Mesmo o sujeito que está nisso faz 60 anos, pode cometer engano.
Aliás, parece absurdo afirmar, mas a Copa do Mundo de Clubes tem despertado mais atenções que a própria Copa do Mundo de Seleções.