Em noite trágica, São Paulo toma virada da Ponte Preta em pleno Morumbi e chega a 5 jogos sem vitória no Paulistão | OneFootball

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·20 February 2025

Em noite trágica, São Paulo toma virada da Ponte Preta em pleno Morumbi e chega a 5 jogos sem vitória no Paulistão

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Calleri tenta, em vão: tropeço amargo (Rubens Chiri/SPFC)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo


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Mais uma vez o São Paulo teve uma noite para se esquecer no atual Campeonato Paulista.

Em um jogo horrível taticamente, onde a transição ofensiva não funcionou, o São Paulo até terminou o primeiro tempo na frente do placar, mas na etapa final a zaga resolveu aprontar, falhou em dois lances capitais e o Tricolor acabou derrotado de virada para a Ponte Preta por 2 a 1, em pleno Morumbi.

O clima na casa são-paulina já não era estranho. Pouca torcida, gramado extremamente prejudicado pelo show de Shakira... E assim o Tricolor até tentava construir algo, usando e abusando do seu manjado jogo de posse de bola e troca de passes na intermediária.

Sem Alisson, poupado pelas dores, e a rotação pelo meio deficiente, sobrava a bola aérea. E assim o São Paulo abriu o placar, com Calleri no final do primeiro tempo, desviando cobrança de escanteio de Oscar.

Era um alento de que as coisas poderiam encaixar, mas o São Paulo atual não consegue convencer sua própria torcida de que é possível ter esperança. E logo no retorno do intervalo, duas falhas da defesa culminaram em dois gols da Ponte a inevitável virada.

Sonolento e sem inspiração coletiva, foi o baque suficiente para o São Paulo cair na teia da organizada Macaca e nada construir para, ao menos, sair com o empate.

Resultado que atende os anseios de quem queria a entrega do jogo para prejudicar o rival Palmeiras, que disputa a vaga nas quartas de final com os campineiros. Mas que evidencia o declínio técnico do time de Luis Zubeldía (que hoje cumpriu suspensão, aliás).

É a primeira vez desde 1997 que o Tricolor engata uma série de cinco jogos sem vitórias no Estadual. E liga o sinal de alerta para o mata-mata, onde já está definido que enfrentará o Novorizontino. O time chega à última rodada, às 18h30 (de Brasília) de domingo (23), contra o São Bernardo, fora de casa, com 16 pontos, apenas um à frente do rival interiorano.

O JOGO

Logo aos 3, Oscar se livrou da marcação e deu bom passe para Calleri, que invadiu a área e bateu cruzado para fora. Três minutos depois, foi a vez do camisa 8 receber passe e Bobadilla após triangulação e finalizar de fora da área, com perigo.

Os lances pareciam ser um indício de que a noite são-paulina seria diferente do visto nas últimas rodadas, com um time mais intenso, arisco e de variações ofensivas.

Pois bem, só parecia, pois o que se viu no decorrer do primeiro tempo foi um Tricolor novamente com muita dificuldade. Muita coisa influenciou o desempenho, a linha defensiva de cinco homens da Ponte, o gramado em estado horroroso por conta do show da colombiana Shakira...

A Ponte dava a intermediária para o São Paulo trocar passes exageradamente, sem conseguir construir algo efetivo. O time sentia a falta de Alisson, Oscar e Alisson estavam muito marcados e a articulação não existia.

Tanto que uma das melhores chances da etapa inicial veio de bola parada. Aos 18, Enzo Díaz bateu falta na área e Alan Franco testou bem exigindo excelente defesa de Diogo Silva.

A Ponte tinha lá suas chances, a maioria delas com chutes de fora da área. E aos poucos ia gostando mais do jogo, indo mais ao ataque e afrouxando sua marcação. Acabaria lhe sendo fatal. Aos 43, no excesso de confiança, o zagueiro Sérgio Raphael saiu jogando errado, Lucas roubou e finalizou, com o desvio para escanteio. Na cobrança, Calleri subiu mais que a marcação e abriu o placar.

Na volta do intervalo, o São Paulo mal teve tempo de aproveitar a vantagem no placar. Logo aos 3 a Ponte empatou em falha absurda da defesa. Jean Dias avançou pela direita e cruzou, Arboleda ainda tentou tirar, mas a bola sobrou para Artur, sozinho com Rafael pela frente, marcar.

A sonolência são-paulina na etapa final era absurda. O time simplesmente deixou seu meio-campo ser anulado e, para piorar, a zaga passou a falhar nos lances em que o ataque adversário aparecia à frente.

Aos 14, o pior aconteceu. Léo Oliveira passou como quis pela marcação pelo lado esquerdo e cruzou rasteiro. Artur pegou errado na bola, mas Everton Brito estava livre de marcação no centro da área e desviou às redes para sacramentar a virada ponte-pretana.

O gol tratou de encerrar qualquer ambição do São Paulo no jogo. A equipe seguia pecando coletivamente, abusando da troca de passes na intermediária ante um adversário que com a vantagem no placar tratou de fechar mais a casinha e impedir qualquer tentativa de articulação ofensiva.

A sonolência era evidente nas tentativas individuais, quase sempre esbarrada na marcação, ou nos lançamentos de longa distância, desviados. Ou seja, em mais de 30 minutos que teve para colocar a bola no chão e pensar, o São Paulo não conseguiu. Seguiu falhando diante de uma Ponte já completamente desinteressada em atacar, tornando a passagem do tempo tortuosa. Assim como vem sendo o futebol tricolor neste Paulistão.

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