AVANTE MEU TRICOLOR
·29 November 2024
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André Azevedo e Casares durante lançamento da obra no Morumbi (Instagram)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianooALEXANDRE GIESBRECHT
Depois de completar 40 anos em 15 de junho, a Dragões da Real lançou nesta quinta-feira (28) um livro contando essa trajetória. O evento foi no salão nobre do Morumbi, contando com discursos de Silvio Issáo Myaki, organizador da publicação, André da Silva Azevedo, presidente da torcida, e Júlio Casares, mandatário do clube, que, na verdade, passou a maior parte do tempo fazendo propaganda de sua gestão, citando apenas em alguns momentos a personagem principal da noite.
O livro tem 416 páginas coloridas, contendo, além de muitas fotos, a história da torcida, iniciada com a fusão entre a Dragões da Real Torcida Jovem, fundada em 1979, e a Torcida Força Jovem do Mais Querido, de 1982.
Enquanto a primeira era mais consolidada, mas seus associados começavam a ter outras prioridades de vida, a segunda vivia um momento de crescimento.
O nome escolhido foi sugestão de Paulo César Gonçalves, o Paulinho, como é contado no capítulo 5: “O nome ‘Dragões da Real’ era um nome já consolidado, e o dragão, um animal que poderia ser trabalhado com diferentes variações de desenhos, o que seria interessante para a confecção de bandeiras, faixas e vestimentas. Além disso, o dragão é fortemente ligado à cultura oriental, sendo que parte considerável dos associados das duas torcidas tinham essa (ascendência). A substituição de ‘Torcida Jovem’ por ‘Força Jovem’ foi a forma de se manter a parte da outra torcida que deu origem à nova agremiação.”
Como introdução para a Dragões, são contadas ainda as histórias do São Paulo, das torcidas organizadas no estado e das organizadas dedicadas ao Tricolor, onde se aprende que mesmo a antiga Dragões da Real Torcida Jovem foi resultado de outra fusão, esta de três agremiações (Dragões do Mais Querido, Real Força Inflamante Tricolor e Coração Tricolor).
Esse não é o único tipo de informação exclusiva contida no livro. Muita coisa registrada ali provavelmente não pode ser encontrada em nenhuma outra fonte. Um exemplo foi dado por Myaki em seu discurso, quando lembrou do caso contado na página 244. Na final do Mundial de 2005, seguranças do Estádio Internacional de Yokohama tentaram convencer os irredutíveis são-paulinos a respeitarem o lugar marcado no ingresso, o que acabaria por dispersar as organizadas. A resposta foi um bem-humorado canto: “Ai, ai, ai! Nihongo ga wakaranai!” Traduzindo para o português: “Eu não entendo japonês!”
A Dragões ainda não fez nenhuma postagem sobre como o livro pode ser adquirido, mas é de se imaginar que isso ocorra nos próximos dias. O preço cobrado durante o lançamento foi de R$ 130, valor comparativamente baixo, se comparado a publicações similares feitas sem o apoio de editora.