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·26 April 2025

Dragão sem chama para esta Estrela

Article image:Dragão sem chama para esta Estrela

O Estrela da Amadora mostrou-se exímio taticamente, soube como ferir o Dragão, mostrou-se organizado defensivamente e com uma entreajuda tremenda entre todos os seus elementos. Assim, expôs todas as dificuldades e limitações de um FC Porto apático e previsível, acabando por vencer, com todo o mérito, por 2-0.

A Reboleira servia de palco para a receção do Estrela da Amadora ao FC Porto. Do lado estrelista, o técnico José Faria surpreendia ao mudar o esquema tático para 4x3x3, reforçando o miolo com Paulo Moreira e Bucca. Do lado portista, por sua vez, Martín Anselmi apresentava praticamente o mesmo onze inicial da jornada anterior, mantendo no banco de suplentes nomes como Samu ou Nehuen Pérez, mas dando a titularidade a Cláudio Ramos, perante a lesão de Diogo Costa.


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Estrela muito brilhante

Os pontos eram preciosos para ambos os conjuntos, mas cedo foi o Estrela quem se mostrou mais desejoso de ter algo deste jogo. Os estrelistas «surpreenderam» e entraram com um género de 4x2x3x1, com Bucca a servir de extremo e Alan Ruiz como segundo avançado, com o claro objetivo de pressionar a saída a jogar a partir de trás do FC Porto com uma linha de quatro. Isto não foi deixando os dragões ligar o jogo com o meio campo e estes tiveram uns primeiros minutos difíceis.

Além dessa estratégia, Jovane Cabral e Paulo Moreira eram os pulmões da equipa e pareciam estar em todo o lado necessário e o Estrela entrou a todo o gás, criando um trio de boas chances logo a abrir, incluindo um duelo de Kikas na cara de Cláudio Ramos e uma bola à barra de Bucca.

Quando o Estrela baixou ligeiramente esse intensidade de pressão, o FC Porto conseguiu respirar um pouco melhor com bola e tê-la no meio campo ofensivo, mas com alguma «permissão» adversária, que baixava linhas e protegia bem a profundidade, anulando os criativos portistas. A espaços, através de um jogo mais direto em busca das referências ofensivas, o FC Porto até conseguia sair dessa teia estrelistas, mas o único perigo criado foi um remate de longe de Deniz Gul.

Do outro lado, o Estrela continuava fiel a uma estratégia clara e que ia tirando frutos. Várias vezes os comandados de José Faria exploraram as costas da defesa azul e branca - que parecia estar sempre excessivamente subida - e tal acabou por resultar. Aos 38', aproveitando um claro desposicionamento defensivo, Bucca desmarcou Kikas na cara de Cláudio Ramos e, desta vez, o avançado não perdoou e fez o 1-0. O José Gomes ia à loucura e com razão. Afinal, o Estrela tinha claramente ficado por cima nesta 1ª parte.

Muito fumo e pouca chama

Querendo uma faceta diferente da equipa, ao intervalo, Anselmi retirou Deniz Gul - até então dos melhores portistas - e colocou Samu em campo, quiçá para ter uma figura mais combatente entre os centrais portistas e para o tal jogo direto, embora o Estrela agora pressionasse bem menos. Ao assumir a responsabilidade do jogo, o FC Porto também desprotegeu mais a sua defesa e, aos 58', Bucca foi desmarcado na área adversária e travado em falta por Cláudio Ramos.

O jogo esteve parado largos minutos para análise VAR e para apagar a pirotecnia atirada para o relvado pelos adeptos do FC Porto, mas Alan Ruiz não tremeu e fez mesmo o 2-0. O Dragão estava em muito maus lençóis na Reboleira. Anselmi tentou responder fez entrar William Gomes e Martim Fernandes, assumindo uma linha de quatro defesas e mandando a equipa para a frente, mas, com o Estrela mais baixo, foram caindo muito na tentação do cruzamento.

Na fase do desespero, Anselmi «colocou a carne toda no assador» e chamou para jogo Namaso, mas os dragões nunca se pareceram encontrar no jogo e foram estando dependentes de arrancadas individuais desesperadas e remates de longe, fáceis para João Costa. Como seria de esperar, acabou por ser escasso e o Estrela conseguiu uma enorme vitória, que lhe permite respirar muito melhor a pensar no objetivo manutenção. O FC Porto, por sua vez, vê o SC Braga afastar-se ligeiramente.

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