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Zerozero

·16 August 2024

De crista bem levantada

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No regresso do futebol de I Liga a Barcelos, o Gil Vicente somou o primeiro triunfo da temporada. Num final de tarde de agosto ameno - a destoar com o calor sentido durante o dia -, muita gente afluiu ao anfiteatro dos galos para ver a exibição de gala de Fujimoto e a consequente vitória dos barcelenses com direito a reviravolta, diante do AVS (4-2).

Após a derrota no Estádio do Dragão e face à estreia de Bruno Pinheiro no banco, a expetativa de ver mudanças saiu gorada pelo novo homem forte dos gilistas. Com o mesmo onze da primeira ronda, apenas a inclusão de Kazu no lugar do castigo Sandro Cruz alterou o figurino. Na formação avense, Vítor Campelos - de volta a uma casa que bem conhece - jogou pelo seguro e também apostou na repetição do onze que empatou contra o Nacional.


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A viver uma fase de adaptação à nova realidade técnica e com alguns reforços à procura da melhor envolvência, o Gil Vicente viveu uma meia hora inicial apática e de dificuldades impostas pelos visitantes. Mais pressionante e capaz de ganhar o meio-campo, a formação recém-promovida acumulou ocasiões de sobra para se adiantar no placard.

Foi abrir a lata...

Samuel Granada e Gabriel Mercado - na mesma jogada, logo a abrir - causaram o primeiro sobressalto, deixando no ar o caos à espreita para Andrew. De seguida, o remate atrevido de Félix Correia parecia equilibrar os acontecimentos, mas tal não se verificou, pelo menos no imediato. Capaz de esboçar perigo através de (escassos) contragolpes, o Gil não melhorou e, à passagem da meia hora, encaixou o 0-1. Mercado cruzou de pé calibrado à direita e Kiki Afonso - que bem se foi projetando no ataque - mostrou ao mais perspicaz dos pontas de lanças como se faz.

Antes disso, já Lucas Piázon tinha obrigado Andrew a uma defesa apertada no culminar de várias aproximações perigosas e sintomáticas do filme de jogo. Um sinal claro que o Gil teria que mudar de postura.

A desvantagem fez soar os alarmes em definitivo, os galos seguiram, como nunca até aqui, destemidos para o último terço e o resultado mexeu. Recuperação em zona alta a sobrar para a melhor definição de Tidjany Touré que, ao ver a desmarcação de Aguirre, serviu o espanhol para a estreia absoluta a marcar.

Classe nipónica

Embalados pelo entusiasmo vindo das bancadas, os minhotos mantiveram a toada e consumaram a reviravolta. Pelo buraco da agulha, Fujimoto encontrou espaço para enganar Simão Bertelli e anulou a excelente meia hora protagonizada pelos forasteiros. Contudo, a escassos instantes do intervalo, o AVS deixou tudo na estaca zero. Oportuno ao segundo poste, Nenê restabeleceu a igualdade e colocou um ponto final a um último quarto de hora de loucos.

No reatar, a formação gilista entrou melhor, sendo capaz de reter o AVS quase exclusivamente no seu meio-campo defensivo. Ainda assim, as ocasiões não abundaram ao ritmo do primeiro tempo, com a expulsão de Samuel Granada a adensar ainda mais os problemas dos visitantes.

Maxime Domínguez ficou perto de um golo de levantar o estádio, Aguirre ameaçou o bis, mas a alternância entre o jogo interior e a largura no ataque gilista não resultou, até que uma incursão em plena área avense resultou na grande penalidade cometida por mão na bola de Jorge Teixeira.

Na conversão e perante um estádio inteiro em suspense, Fujimoto mostrou sangue frio e recolocou a sua equipa na dianteira. Descompensada para os últimos minutos, a equipa do AVS ainda viria a sofrer o quarto golo, novamente, apontado pelo criativo nipónico após grande passe de Félix Correia.

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