Coluna do Fla
·20 March 2025
Conmebol promove reunião com países membros para debater sobre racismo no futebol

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·20 March 2025
Após polêmicas envolvendo o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, a entidade convidou representantes dos países membros da confederação para uma reunião, nesta quinta-feira (17). A ideia é abordar questões relacionadas às manifestações de racismo, discriminação e violência que afetam o futebol sul-americano.
A Conmebol convocou a reunião após declarações racistas de Alejandro Domínguez, presidente da entidade, durante o sorteio da fase de grupos da Libertadores, na última segunda-feira (17). Isso porque, no final do evento, o dirigente respondeu que uma possível saída das equipes do Brasil seria “igual ao Tarzan sem Chita”, referência ao chimpanzé do desenho animado. Dessa forma, as falas geraram forte repercussão negativa no mundo do futebol.
“Com esta reunião, a Conmebol reafirma seu compromisso com a luta contra o racismo, a discriminação e a violência no futebol sul-americano. Por meio do diálogo e da cooperação com os governos da região, a Confederação busca promover medidas concretas que contribuam para a construção de um ambiente mais inclusivo, seguro e respeitoso, dentro e fora de campo“, disse a entidade do futebol sul-americano.
Além dos discursos racistas de Alejandro Domínguez, outra questão que afetou a relação entre os clubes brasileiros e a Conmebol foi o caso do Luighi, jogador do Palmeiras. Isso porque, durante jogo contra o Cerro Porteño (PAR), pela Libertadores Sub-20, o jovem foi alvo de racismo por parte dos torcedores paraguaios. Após a partida, o atleta desabafou sobre a situação e cobrou punição, mas a entidade sul-americana aplicou penas leves para a equipe adversária.
Após a declaração do presidente da Conmebol, a Libra, bloco econômico de clubes do Brasil, produziu uma nota repudiando o discurso de Alejandro Domínguez. O Flamengo, porém, não assinou o manifesto do grupo, uma vez que a diretoria rubro-negra acredita que quem deveria comandar o debate é a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Contudo, Ednaldo Rodrigues, mandatário da CBF, ainda não se posicionou sobre o tema.