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·15 August 2025

Como funciona o ranking da Fifa no futebol feminino?

Article image:Como funciona o ranking da Fifa no futebol feminino?

A Fifa divulgou no último dia 7 de agosto o ranking atualizado das dez melhores seleções do mundo no futebol feminino. O Brasil, que estava em quarto lugar na última classificação, caiu para a sétima posição. Já a Espanha aparece na liderança da lista, seguida por Estados Unidos e Suécia.

Os números surpreenderam torcedores e analistas que costumam acompanhar os resultados e passaram a questionar os critérios de pontuação entre as seleções. Para ajudar a entender melhor, vamos explicar como funciona o ranking da Fifa.


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Estrutura e pontuação do ranking

O Ranking da Fifa não mede apenas títulos conquistados. Seleções podem ganhar ou perder posições sem erguer troféus, como ocorreu com a Espanha, que assumiu a liderança mesmo sem vencer a Eurocopa, e com o Brasil, que caiu três posições apesar do título da Copa América.

Para entender o ranking, é preciso ter em mente o princípio: vitórias sobre seleções bem colocadas rendem mais pontos, enquanto atuações abaixo do esperado podem custar posições. Além disso a Fifa conta com o algoritmo SUM para efetuar os cálculos, e ele considera:

  • Pontos anteriores;
  • Importância do jogo (por exemplo: Copas continentais valem mais que amistosos);
  • Resultado obtido;
  • Resultado esperado.

Fatores de pontuação para o Brasil

Antes da Copa América, o Brasil ocupava a quarta posição. Porém, perdeu um amistoso para a França no final de junho, e, durante o torneio continental, enfrentou adversários de menor peso (sendo o único país sul-americano no top 10), então, mesmo vencendo a competição, a pontuação obtida foi limitada.

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Lívia Villas Boas | CBF

Houve ainda dois empates com a Colômbia, sendo o título decidido nos pênaltis. Embora o Brasil tenha conquistado o troféu, o desempenho geral foi considerado dentro do esperado, enquanto a Colômbia, ao superar expectativas (se igualando ao Brasil em duas ocasiões) subiu duas posições na contagem.

Sem um desempenho acima do esperado, o Brasil não teve impulso para avançar no ranking, ficando vulnerável a ser ultrapassado por seleções que alcançassem bons resultados em competições de alto peso, como a Eurocopa. E os resultados da continental européia alteraram diretamente a tabela: Suécia, Inglaterra e França pontuaram o suficiente para ultrapassar o Brasil.

Impacto da Eurocopa

A Espanha, já em segundo lugar graças ao desempenho acumulado em competições anteriores, fez uma campanha quase perfeita na Eurocopa: venceu cinco partidas consecutivas desde a fase de grupos, perdendo apenas a final para a então campeã e somou pontos suficientes para assumir a liderança do ranking.

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Enquanto os Estados Unidos, que ocupavam o topo, disputou apenas três amistosos no mesmo período, jogos de menor peso, o que abriu espaço para que a Espanha o ultrapassasse sem grandes surpresas.

Já a Inglaterra, apesar de conquistar o bicampeonato da Euro, avançou apenas uma posição no ranking. Isso se deve, em grande parte, ao desempenho aquém do esperado contra a França na fase de grupos.

Uma derrota que pesou, já que no cálculo da Fifa resultados abaixo da expectativa reduzem pontos, enquanto vitórias inesperadas aumentam, e, naquele momento, não se esperava que a Inglaterra perdesse para a França, que ocupava a última colocação da tabela.

Além disso, a surpreendente campanha da Suécia, que chegou até as quartas de final e acumulou pontos importantes, garantiu à seleção a terceira posição no ranking, afastando a Inglaterra do pódio.

Títulos ≠ posição

Em resumo, o Ranking da Fifa combina resultados, expectativa e peso das competições. Seleções que enfrentam adversários fortes ou superam expectativas avançam mais rápido, enquanto outras, mesmo campeãs continentais, podem ter pontuação limitada.

O desempenho de cada país e a força geral de seus rivais determinam se a posição sobe ou cai, mostrando que o ranking nem sempre reflete apenas títulos recentes.

Mas o ranking nem sempre representa de forma equilibrada o desempenho das seleções. Algumas competições acabam favorecidas pelo próprio nível médio de seus participantes: enfrentar adversários bem colocados no ranking gera mais pontos, enquanto torneios com elencos menos expressivos oferecem menos oportunidades de avanço. Isso cria um cenário em que seleções fortes, mas inseridas em contextos regionais menos competitivos, precisam de campanhas extraordinárias para subir posições.

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