Com os poderes de Hércules: Fluminense elimina Al Hilal e continua a sonhar no Mundial | OneFootball

Na mitologia grega, Hércules é a representação da coragem, resistência e redenção. No Mundial de Clubes, o Hércules do Fluminense foi a personificação de um amuleto e a garantia da vitória. Assim foi contra a Internazionale, quando o médio fez o golo da vitória e agora contra o Al Hilal (2-1).

Numa partida sublinhada pela homenagem emocionante a Diogo Jota e André Silva antes do arranque do jogo - Rúben Neves e João Cancelo, em particular, estavam visivelmente emocionados e inconsoláveis -, o conjunto tricolor foi superior de início ao fim.

Firme e dominante, a equipa de Renato Gaúcho entrou melhor, sofreu o empate na segunda parte e, por fim, contou com a estrela de Hércules para continuar a surpreender. Com este resultado, o Fluminense, o mais desacreditado dos brasileiros na prova, sobe mais um degrau gigantesco, segue para as meias-finais e aguarda o vencedor do Chelsea - Palmeiras.

Mais Flu

O início de jogo foi marcado pelo respeito de ambas as partes em Orlando. Tanto o Fluminense como o Al-Hilal adotaram uma postura cautelosa e procuraram trocar passes no meio campo, sem grandes acelerações no ataque.

Não é de estranhar que a primeira grande oportunidade apenas surgiu aos 19 minutos, quando Jhon Arias fez um bom lançamento para Nonato, que invadiu a área, mas finalizou mal de pé esquerdo.

Com o passar do tempo, o Tricolor - com muita sabedoria -, passou a ganhar os duelos no meio campo e a ter o domínio da partida. Sem correr grandes riscos na defesa, a equipa brasileira acelerou momentos antes do intervalo e foi premiada com o golo.

Aos 40', após cruzamento de Samuel Xavier pela direita, Cancelo afastou mal e entregou um presente para Fuentes, que passou para Martinelli: o médio rodou bem na área e, de pé esquerdo, finalizou forte e sem hipóteses de defesa para Bono.

Em desvantagem, o Al Hilal viu-se obrigado a adotar uma postura mais agressiva e e esteve perto do empate, mas Fábio (44 anos!) agigantou-se e realizou um milagre numa cabeçada de Koulibaly.

Arranque promissor não bastou

O Al Hilal entrou muito melhor no segundo tempo e não demorou a empatar. Logo ao minuto seis, Rúben Neves assumiu o pontapé de canto, Koulibaly desviou ao segundo poste e encontrou Marcos Leonardo, que, completamente livre, só teve o trabalho de empurrar para dentro e igualar o marcador.

Renan Lodi, poucos minutos depois, isolou Germán Cano na cara do golo de forma inusitada, mas Bono - muito concentrado - conseguiu negar a hipótese de remate.

Não foi logo a seguir, mas o golo acabou mesmo por surgir. Após negar um contra-ataque do Al Hilal, Hércules (escolha de Renato Gaúcho para o segundo tempo) recebeu um passe de Samuel Xavier e, com muita categoria, fez o 2-1.

Até final, como era de esperar, o Al Hilal foi para o tudo ou nada e arriscou tudo, especialmente após os 85 minutos. Apesar da insistência árabe, a defesa do Flu permaneceu firme, soube sofrer e garantiu um dos resultados mais importantes da história do Fluminense.