
Gazeta Esportiva.com
·14 April 2025
Caixinha assume má fase do Santos após revés para o Fluminense: “Não deu praticamente nada certo”

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·14 April 2025
O Santos não vive um bom momento na temporada. Depois de um semana livre para trabalhar, o Peixe foi até o Maracanã e, com go no fim, perdeu do Fluminense, por 1 a 0, pela terceira rodada do Brasileirão. Pressionado no cargo, o técnico Pedro Caixinha assumiu a responsabilidade pelo mau momento do clube, mas não indicou que os resultados mexem com sua postura.
“Primeiro lugar é assumir todo esse mau início. É indiscutível, os resultados falam por si e como muito bem disse, são os resultados que marcam a diferença em termos daquilo que é a nossa vida como treinador. Agora isso não muda nada em mim, muda nada na forma como eu vejo o jogo, não muda nada na forma como eu disponho a trabalhar, não muda nada em termos daquilo que é a minha crença em termos da da minha capacidade de levar o grupo a fazer aquilo que temos capacidade para fazer. E isso ainda me dá mais força. Eu tenho essa força interior em mim que nestes momentos é quando eu ainda dou mais e o melhor de mim para isso”, disse.
O Fluminense esteve melhor que o Santos na maior parte do jogo, mas também não foi dono de muitas chances. Nos acréscimos, Samuel Xavier aproveitou a sobra da bola na entrada da área e mandou para o gol. O lateral ainda contou com um desvio em Escobar, que tirou qualquer chance de defesa de Brazão. Caixinha analisou o resultado.
“Eu acho que o gol, na forma como aconteceu, é um bocadinho de consequência daquilo que foi toda a história do jogo. Nós tivemos tempo para trabalhar estes 11 ao longo da semana. Era aquele que nós acreditávamos muito em termos da forma de abordar este jogo. Ficou muito bem ao longo da semana, inclusive naquilo que foi o jogo de preparação. E hoje, aqui, inexplicavelmente, é essa palavra que usaria, não conseguimos pegar no jogo nem com a bola, na primeira parte, nem conseguimos ser agressivos na pressão alta ou numa zona mais adiantada do campo. E isso fez com que o adversário fosse devidamente superior a nós, fez com que nós tivéssemos remetido essencialmente a defender em zonas mais baixas”, disse.
“E defender em zonas mais baixas e penso que o fizemos bem, não houve nenhuma situação assim de grande perigo evidente, em termos de oportunidades do adversário, apesar de ter maior controle do jogo com a bola, uma maior presença no nosso meio-campo, mas não tinha tanta tanta capacidade de criar essa última essa última jogada. No intervalo, entendemos a necessidade de fazer aquelas alterações, precisamente para ter jogadores que se mostrassem mais ao jogo, tivessem a oportunidade de ter mais a bola”, seguiu.
Caixinha ainda admitiu que quase nada deu certo no jogo. No intervalo, o treinador voltou com o time a campo com três alterações: as entradas de Soteldo, Neymar e Deivid Washington. Posteriormente, ainda entraram Bontempo e Gabriel Veron.
“Não deu praticamente nada certo em termos do que foi a primeira parte. Nós queríamos criar contra o meio-campo do Fluminense aquilo que era uma superioridade numérica com quatro jogadores. Tínhamos cinco jogadores que podiam fazer isso, sem o Escobar, um deles podendo vir por dentro quando a bola estava do lado contrário. Sabíamos que os dois centroavantes eram os dois que funcionavam na primeira linha. Os dois médios normalmente não vinham e nós não conseguimos criar essas superioridades, encontrar esse espaço, para podermos ter mais a bola, criar associações e depois poder criar desequilíbrios no lado do Arias”, analisou.
“Sabíamos que tínhamos que arriscar, com o próprio Neymar e com o próprio Soteldo, em termos daquilo que seria o que queríamos e com o Deivid, a possibilidade de sermos mais agressivos na pressão sobre o sobre o zagueiro, e também de ter maior capacidade de atacar as costas. Não tivemos espaços, conseguimos ter um pouco mais a bola quando o Neymar entrou no jogo. Quando o Bontempo entrou, a equipe também teve a capacidade de ter um pouco mais mais bola, mas nunca tivemos a capacidade de levar com perigo à última zona. E depois acontece o gol no momento em que toda a gente esperava que o jogo terminasse empatado, mas por aquilo que o Fluminense fez no volume total do jogo, eu diria que eles são os justos vencedores”, finalizou.
De três jogos disputados, o Santos tem duas derrotas e um empate. No momento, a equipe está na 18ª posição, com apenas um ponto somado. O Peixe volta a campo precisando reagir, nesta quarta-feira, quando enfrenta o Atlético-MG, na Vila Belmiro, às 21h30 (de Brasília), pela quarta rodada do Brasileirão.