Portal dos Dragões
·25 April 2025
Bom senso e liderança para proteger o grupo após a saída noturna

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Antigos jogadores do FC Porto, Beto, Diogo Valente e Chainho, compreendem a indignação dos adeptos, mas sublinham que os jogadores não estão isentos de cometer erros.
A celebração do aniversário de Otávio, que teve lugar no passado domingo, gerou agitação no universo azul e branco, com vários membros do plantel a violarem as normas internas do clube, enfrentando, assim, sanções disciplinares por parte da SAD. Com o jogo contra o Estrela da Amadora a aproximar-se e a disputa pelo terceiro lugar do campeonato em jogo, resta saber como esta situação afetará o desempenho da equipa de Martín Anselmi.
O JN conversou com três ex-jogadores do FC Porto, que concordam que o atual mau desempenho da equipa não é o momento adequado para celebrações. “São jovens, mas não são crianças e devem ter noção do que está em jogo. É verdade que o futebol de hoje não permite muita diversão, mas com boa comunicação, as coisas podem ser geridas: numa véspera de folga, que não foi o caso, não há problema em avisar o presidente ou o treinador que se vai tomar um copo de vinho, o que até ajuda a aliviar a pressão”, explica Beto, ex-guarda-redes.
“Há momentos para tudo e, neste caso, o erro foi a festa ter ocorrido na véspera de um treino. Não se protegeram, foram a um lugar público e, na atualidade, tudo é amplificado. Eu também passei por momentos assim, aprendi com as dificuldades, mas é essencial lembrar que os jogadores são humanos e, como tal, podem errar”, defende Chainho, ex-médio do FC Porto, enquanto Diogo Valente recorda um ensinamento que aprendeu na sua juventude como atleta.
“Para os adeptos, se eu tomar uma cerveja após uma vitória, é apenas uma cerveja. Se for após uma derrota, é como se fosse um barril inteiro. Não perceberam o momento e, claro, esta situação não foi bem recebida pelos adeptos, dada a fase que a equipa atravessa”, sublinha o extremo, que ainda compete no Salgueiros.
O impacto da controvérsia só será claro após o jogo com o Estrela, mas é evidente que há uma questão essencial. “Deve ser resolvido internamente. Quem cometeu erros precisa de ser advertido e perceber que, em qualquer clube, o coletivo deve prevalecer sobre os interesses individuais. Não se deve esquecer que muitos sócios fazem um grande esforço para pagar as suas quotas e os bilhetes”, enfatiza Beto, enquanto Chainho afirma que a “união é essencial”. “Se conseguirem essa união e vencerem o jogo, a questão será mais facilmente esquecida. Se perderem…”, acrescenta o ex-centrocampista, uma observação com a qual Diogo Valente concorda plenamente: “O que acontecerá dependerá dos resultados. As vitórias ajudam a apagar os erros, mas em caso de derrota, os adeptos voltarão a exigir, a criticar e a responsabilizar a equipa”.
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