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·30 July 2025
Benfica joga para vencer e Bruno Lage deixa o aviso

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Na antevisão da Supertaça frente ao Sporting, Bruno Lage abordou o impacto de uma pré-época atípica, o ambiente esperado no jogo, a escolha do árbitro Fábio Veríssimo, os reforços e até o nome de João Félix, embora com uma resposta bem-humorada. Com pouco tempo de preparação e vários desafios pela frente, o treinador do Benfica assume a ambição de conquistar o primeiro título da época.
O que espera do primeiro jogo da época, após uma pré-época atípica? Temos 14 dias de trabalho e um jogo contra um adversário muito competente. É um troféu que queremos vencer, mas neste momento o nosso maior adversário é o tempo — ou a falta dele. Falta tempo para descansar de uma época longa e de um Mundial, falta tempo para fazer uma pré-época ideal. Mas isso não vai servir de desculpa aqui dentro. É mais um adversário que temos de vencer. Queremos ganhar já o primeiro troféu da época.
Que tipo de ambiente espera no jogo? Um jogo de grandes emoções. A Eusébio Cup foi um ambiente fantástico. Acredito que amanhã será mais uma boa oportunidade para os nossos adeptos estarem presentes e ajudarem-nos a vencer o troféu.
Está descontente com a nomeação de Fábio Veríssimo para arbitrar a Supertaça? O maior elogio que se pode fazer é que no final do jogo se fale dos verdadeiros artistas, que são os jogadores. Estamos preocupados com o que controlamos. Temos 14 dias de trabalho e estamos à procura da melhor forma, das dinâmicas com os novos jogadores, para jogar com a qualidade que esta equipa pode atingir.
Está insatisfeito por não ter João Félix? Conheço muito bem o jogador, mas ele não está connosco. Se querem que eu fale do João, perguntem-me sobre o João Rêgo ou o João Veloso. E o Félix que vou falar é o Nuno. É um atleta em quem acreditamos muito, tínhamos e temos muitas expectativas, mas foi com imensa pena que o perdemos por lesão.
Os reforços indicam uma mudança estratégica? Estamos sempre à procura da construção e evolução. Falámos ao longo do ano que havia momentos em que precisávamos de algo mais do que treino. Acho que já mostramos sinais claros de crescimento. O maior desafio agora é entre jogos: receber todos os jogadores e preparar a equipa da melhor forma.
Ivanović pode assumir o papel que foi de João Félix? O Ivanović é um jogador que conheço muito bem, mas ainda não é jogador do Benfica. Temos de adaptar as funções às características de cada jogador. Queremos um plantel com competitividade interna, independentemente do sistema.
A saída de Kokçu era inevitável? Tivemos uma excelente relação. Surgiu uma boa oportunidade para ele e para o clube, manifestou vontade de sair, saiu, e tivemos de encontrar um substituto.
Reforçou todas as posições pretendidas? Quando terminar o mercado, cá estarei para responder a todas as perguntas.
Vai conseguir blindar o balneário do ruído exterior? Tenho plena consciência dos tempos que aí vêm. Sei muito bem o estado do relvado nos próximos jogos, por assim dizer. Vou traçar uma linha: independentemente de quem for, se atacarem os meus jogadores e a minha equipa, eu não vou deixar. Se me atacarem a mim, não tem problema — faz parte de servir o Benfica. Mas ao plantel não.
O Benfica joga o futuro da direção na Supertaça? Vamos jogar um jogo de futebol.
Pensou usar a equipa B face à data do jogo? O que me preocupa é a saúde dos nossos jogadores. É difícil olhar para o Nuno Félix e dizer que não vai jogar, depois de tanto trabalho. Também é difícil dizer ao Bruma que vai adiar o sonho de estar neste patamar aos 30 anos. Onde quer que seja, jogamos para ganhar.
O Benfica termina e começa a época frente ao Sporting. Que mudanças espera? Espero um adversário muito competente, com excelentes jogadores e uma equipa técnica competente. Mas, volto a repetir, o nosso maior adversário continua a ser o tempo.