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Deus me Dibre

·7 December 2023

Autuori destaca “mental forte” da equipe, comenta sobre ataque e aborda planejamento da próxima temporada

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O diretor técnico Paulo Autuori falou após o empate do Cruzeiro diante do Palmeiras, no Mineirão, no encerramento do Campeonato Brasileiro. A equipe encerrou sua participação em 14º, com 47 pontos, e garantiu vaga na Sul-Americana do próximo ano. O dirigente comentou sobre a parte psicológica equipe e destacou o mental forte do seu time nessa reta final de campeonato:

“A parte psicológica não tem a ver só com o Cruzeiro. O Palmeiras também teve um crescimento enorme e vimos o lado contrário disso, que foi o Botafogo. O mental é decisivo. Nós somos competidores, por melhor que jogue se não ganha será cobrado por isso. Há uma competição ferrenha e os jogadores tem que entender que precisam ser animais competitivos. A indústria do futebol exige isso. O mental é o diferencial, por isso podemos ver algumas equipes que não tem tantas individualidades que façam a diferença, mas por ter uma boa organização conseguem atingir seus objetivos, e outras que juntam jogadores com muita qualidade e se perdem. Dentre esses clubes que estavam ali, nós estávamos em melhor momento de futebol e mentalmente fortes. Sofremos gol, demos a volta, conseguimos recuperar. Contra Fortaleza, Goiás demos a resposta. Quando os resultados vem, a confiança vem com naturalidade.”

Autuori comentou sobre a responsabilidade dos clubes em facilitar o trabalho dos treinadores, enfatizando a importância de iniciar o ano com contratações mais ponderadas, especialmente considerando o exemplo do Cruzeiro na transição entre séries. Também apontou a realidade financeira da maioria dos clubes, afirmando a necessidade de acreditar na capacidade dos treinadores em desenvolver jogadores, ao invés de focar em lamentações públicas sobre a carência de contratações.


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“O que nós precisamos é a cada dia facilitar o trabalho daqueles que são os treinadores, isso é uma responsabilidade do clube. Não pode cair tudo em cima dos treinadores. O importante é começar o ano contratando uma quantidade exagerada de jogadores. O Cruzeiro saiu de uma Série B e entrou numa Série A e teve que contratar uma quantidade de jogadores. Dentro dessa perspectiva o transitar desse ano pro outro e sabendo que temos que ser assertivos nisso. Poucos clubes possuem dinheiro para trazer o que os treinadores desejam. Então acredito em treinadores que saibam desenvolver jogadores, na grande maioria os clubes não tem essa capacidade financeira. Não gosto de ver lamentações públicas de que precisamos de jogadores. É um escudo muito fácil. Antes de lamentar tem que trabalhar e encontrar soluções.”

Autuori também falou sobre a dificuldade do Cruzeiro em converter suas chances de gols, apesar de ter uma das melhores defesas do campeonato. Ressaltou a necessidade de equilibrar a eficácia na finalização com a consistência defensiva:

“Em muitos momentos se criou chances suficientes pra ganhar e não foram eficazes. Não adianta ser efetivo na maneira como joga e não ter a eficácia que é fazer o gol. Temos que analisar de uma melhor maneira. O Cruzeiro termina como a melhor defesa do campeonato junto com o rival. Isso significa algo, não é casual, e termina com um dos ataques de menor rendimento. Creio que o problema da eficácia foi fundamental pra isso. Vimos equipes aqui jogar um futebol não tão elaborado mas tinham jogadores que faziam o gol, atingindo níveis maiores que aqueles que se esperavam. Futebol é equilíbrio, sofrer poucos gols e fazer os gols para ter a vitória. É uma situação importante e está muito claro. Existe um trabalho sólido defensivo e a necessidade enorme de ter um olhar muito delicado de criação e definição. E aí entra essa assertividade em relação aos jogadores que tiverem que entrar.”

Questionado sobre o novo treinador, Autuori delegou essa responsabilidade a Pedro Martins e Paulo André. Ele ressaltou a importância do novo treinador compreender a estrutura do clube, enfatizando que o Cruzeiro possui processos estabelecidos e um staff dedicado, reforçando que o próximo técnico não terá controle absoluto, mas sim integrará um sistema já existente.

“Treinador não é um tema que esteja comigo. Minha área é a parte técnica, em relação as possibilidades vou contribuir da maneira que puder, mas é com o Pedro Martins e Paulo André. É fundamental que quem chegue entenda da importância da cadeia do futebol como um todo. O mais importante é que quem quer que venha entenda que o Cruzeiro tem processos e não terá a chave do clube. Tem um staff que trabalhou muito ao longo do tempo, mas certamente virá um treinador.”

O Cruzeiro retorna a uma competição internacional após quatro temporadas de ausência. O time ficou na 14ª colocação do Campeonato Brasileiro, na última rodada da competição, e conquistou a vaga na Sul-Americana de 2024.

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