Após 60 anos, Bologna reestreia na Champions com empate morno contra o Shakhtar | OneFootball

Não foi a estreia dos sonhos para o torcedor rossoblu. Na primeira partida da Liga dos Campeões após seis décadas, o Bologna decepcionou em casa e não passou de um empate monótono por 0 a 0 contra o Shakhtar Donetsk. O time italiano ainda poderia ter sofrido um prejuízo muito maior se o goleiro Skorupski não tivesse defendido um pênalti no começo da partida.

Na próxima rodada, o Bologna tenta a recuperação na Champions diante do Liverpool, em Anfield. Já o Shakhtar recebe a Atalanta na segunda partida.

Bologna quase sofre um prejuízo cedo

Após uma vida de espera, o torcedor do Bologna pôde presenciar uma noite de Liga dos Campeões em sua casa. O início sonhado, entretanto, quase virou um pesadelo. Desatento e atrapalhado, o Rossoblu sofreu com o ímpeto Shakhtar nos primeiros minutos e quase viu a estreia virar um desastre.

Depois de uma chegada com perigo antes do primeiro minuto, o time ucraniano criou uma chance dos sonhos para sair na frente. Aos dois minutos, Eguinaldo, ex-Vasco, aproveitou uma avenida nas costas de Stefan Posch e correu completamente livre até ser derrubado dentro da área. Sudakov ficou com a responsabilidade de converter a penalidade, mas Skorupski salvou o Bologna  de uma desvantagem cedo, defendendo a cobrança.

Passado o susto inicial, o Bologna colocou a bola no chão, acalmou os ânimos e controlou a partida. O time italiano procurou espaço pelas pontas e enfrentou dificuldades para chegar na área adversária. Em arremates de longa distância, Moro e Orsolini arriscaram sem tanto perigo.

O Shakhtar também decaiu no seu ritmo e contribuiu para um primeiro tempo de raras emoções, após os minutos iniciais. Recuado na defesa, o time ucraniano procurou saídas em contra-ataque, mas não conseguiu liberar Eguinaldo para disparar. Os visitantes também sofreram com as lesões antes do intervalo e forçaram o técnico Marino Pusic a realizar duas modificações, promovendo as entradas dos brasileiros Newerton e Vinicius Tobias.

Insistente nas suas ações pelas pontas, o Bologna criou a sua única chance de perigo ao tramar pelo meio. Já nos acréscimos, Orsolini recebeu lançamento pelo meio e, desta vez, afunilou pelo meio até achar um passe na medida para Santiago Castro desperdiçar boa chance em cima de Riznyk.

Início anima, mas não muda o destino da partida

Na volta do intervalo, o Bologna tomou um choque de ânimo e retornou para o segundo tempo, devolvendo o entusiasmo sofrido na etapa inicial. Trocando os passes lentos por iniciativas verticais, os Rossoblu emplacaram uma pressão nos primeiros lances e construíram em pouco tempo mais do que em todo o primeiro tempo.

Castro e Dan Ndoye foram alçados pela esquerda e tiveram seus arremates bloqueados pela zaga na hora de marcar. A melhor chance caiu nos pés de Fabbian. Em jogada rápida na área, o meia recebeu na pequena área, fechou os olhos e encheu o pé no peito do goleiro Riznyk, que salvou o Shakhtar.

O início animador acabou durante pouco tempo nos pés do Bologna. Logo após o abafa, o time italiano voltou a repetir a troca de passes monótona e sem criatividade, facilitando o trabalho da defesa adversária. Para a sorte dos donos da casa, o Shakhtar também não animou na partida e ofereceu pouco serviço à defesa rossoblu.

Nos minutos finais, o Bologna novamente ensaiou uma blitz, motivada pela intensidade e não pela organização. O time italiano resumiu seus ataques em lances de bola aérea e arremates de fora da área e não conseguiu tirar o zero do placar. Empate burocrático no retorno à Champions.