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·23 May 2025
António Salvador: «No SC Braga existe meritocracia, é premiado quem acredita que pode vencer»

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·23 May 2025
António Salvador, presidente do SC Braga, deu uma extensa entrevista ao semanário Expresso, onde, entre vários temas, abordou os objetivos futuros do clube minhoto e ainda a relação e impacto da Qatar Sports Investments (QSI) na SAD bracarense.
«É o Fundo Soberano do Qatar. Queremos, na valorização da marca também, aprender com eles, trabalhar com eles para valorizar a marca na área comercial, na área digital, nesse posicionamento lá fora. Como também abrir academias em países estratégicos que nos possam trazer talentos para cá e serem verdadeiros atletas, depois, da nossa equipa principal», começou por dizer.
«A QSI não meteu um euro no Braga, isso fica claro. O Braga tem crescido com aquilo que é o seu crescimento no dia a dia, com as suas receitas normais. A QSI é um parceiro do Braga, é um acionista do Braga, que comprou uma participação a um outro acionista que já existia [a Olivedesportos, de Joaquim Oliveira]. Portanto, o Braga não vendeu nenhuma participação que detinha desde a constituição da sociedade», acrescentou.
Recorde-se que a QSI é detentora de 29,60 por cento das ações da SAD, mas o dirigente considera que foi uma boa «troca»: «Agora, se me pergunta se a QSI foi uma boa troca, eu digo que sim, foi uma mais-valia para a marca Braga, porque a QSI é uma marca mundial que todos conhecemos e, sem dúvida, valoriza aquilo que é a marca Braga. Se meteu cá dinheiro? Não, nem vai meter. Se é um bom parceiro em termos estratégicos de afirmação de marca e de valorização de marca lá fora? Sim. Vamos continuar a fazer o nosso caminho porque quem tem sempre tomado as decisões do funcionamento e da dimensão estratégica do clube é o Sporting Clube de Braga e os sócios.»
Já há largos anos que António Salvador tem intensificado, em várias intervenções, que um dos principais objetivos que tem é que o SC Braga seja campeão nacional. O dirigente de 54 anos aborda esta «meta» e como a mesma tem crescido entre os adeptos.
«Disse que "acreditava" que o Braga poderia vir a ser campeão, é diferente. Mal seria se não dissesse que acreditava. Hoje sinto que o Braga está mais preparado do que estava nessa altura, por tudo o que já disse. E pela estabilidade financeira do clube, pelas infraestruturas, por aquilo que queremos reter e expandir, pela aproximação... E por querermos ganhar com todos e acreditarmos que é possível», começou por dizer.
«Vivo para o clube. O que preciso de fazer é mudar o mindset das pessoas, a mentalidade de toda a gente cá dentro - ou melhor, reforçar que é possível sermos campeões. Porque neste clube existe meritocracia: é premiado quem acredita que pode vencer. E isto começa na formação, hoje valorizamos os nossos atletas que acreditam que podem ganhar, que são melhores alunos na escola. Hoje dizemos aos nossos jovens que além de serem jogadores, têm de ser homens, que têm de estudar e ter boas notas. Depois disso tudo é que podem ser jogadores profissionais. Incutimos essa mentalidade, além do acreditar que é possível ganhar, isso tem de ser trazido para todas as áreas do clube», concluiu, sobre o que falta fazer para alcançar essa meta.