MundoBola Flamengo
·9 February 2025
Analista aponta três problemas táticos do Flamengo contra o Fluminense
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·9 February 2025
O jogo entre Flamengo e Fluminense não foi dos melhores. O torcedor esperava uma boa partida, dando sequência aos bons jogos que o time de Filipe Luís tem feito. Mas mesmo com poucos acontecimentos, existiu tática, incluindo erros do Mengo.
O analista tático Victor Nicolau, do canal Falso Nove apontou três problemas táticos do Rubro-Negro no clássico empatado por 0 a 0: a marcação pressão, a profundidade pelo lado direito e a saída de bola. Esses problemas foram cruciais para um jogo difícil para o Mengo.
"O Mano, apesar da formação defensiva, atacou bem esses três pilares do Flamengo, que não se deu bem", inicia o analista, que destrinchou os problemas nessas três estratégias.
Primeiro problema tático citado, a marcação alta do Flamengo foi dificultada por conta da postura do Fluminense. O analista explica que os tricolores jogavam rápido no campo de defesa, buscando evitar a pressão flamenguista.
"A marcação alta não funcionou porque essa pressão que o Flamengo dá depois que o passador orienta para onde vai dar o passe não aconteceu com intensidade. Porque o Fluminense jogou rápido e longo, e o sol também diminui a intensidade do jogo", analisa.
Além disso, Victor também explica como os tricolores venceram os primeiros minutos de pressão rubro-negra.
"O Fluminense construiu, gerou chances e permaneceu com a bola, que freou o ímpeto inicial (do Flamengo), explica.
A segunda crítica foi direcionada a saída de bola do Flamengo, que teve dificuldades. Principalmente com a saída de Alex Sandro, que foi substituído por uma precaução após sentir dor muscular. Erick Pulgar teve que atuar mais recuado para participar da saída desde a defesa, mas o jovem Evertton Araújo teve dificuldades de cumprir o papel necessário.
"A saída de bola não funcionou bem também. O Pulgar estava com a dinâmica de baixar, especialmente depois da saída do Alex Sandro, para liberar os laterais. Evertton Araújo ficou de pivô nessa saída, e faltou compreender os momentos que precisava progredir no espaço para gerar opção de passe", diz.
O chileno acabou se tornando uma opção de passe difícil nas jogadas, e o jovem volante se perdeu para achar companheiros.
"O Pulgar sempre ficava por dentro ou longe nessa opção de passe. Evertton, quando tinha que sair, também não teve a ousadia necessária", complementa.
Com Wesley e Gerson fazendo boas associações, o lado direito do Flamengo se tornou letal com Filipe Luís. As principais jogadas acontecem por ali, mas a marcação feita pelos tricolores naquela lateral frustrou os planos do Flamengo.
"Canobbio anulou Wesley, que ficou até nervoso com essa marcação. O Fuentes também com ele, Gerson, Plata e com quem saísse ali. O caminho estava pavimentado, não podia ser pelo lado direito. Não funcionou bem a pressão alta, então o time precisava trabalhar o lado esquerdo em inversão", afirma.
Buscando o outro lado, o Flamengo não conseguiu fazer com que a bola chegasse da melhor maneira.
"Esse lado esquerdo tinha um ponto frágil. Se de um lado tem Fuentes e Canobbio, do outro lado, Riquelme, o garoto, e Guga. Colocar essa bola mais longa naquele espaço era a melhor alternativa. Tinha que ser com qualidade, mas o time tinha que jogar rápido, também teve dificuldades de colocar a bola ali", avalia.
A ideia era deixar Michael no mano a mano, mas a bola não chegou.
"Teve o trabalho tático para livrar o Michael, o movimento do Ayrton de subir por dentro trazia o Riquelme e deixava o espaço para o Michael no mano a mano com o Guga. Poderia gerar um 2 contra um no Guga, porque o Ayrton ganhava do Riquelme. Mas o passe tinha que chegar, e demorou muito para chegar. A inversão se apresentava como a melhor solução e o passe não entrava", comenta.
Quando as jogadas passaram a funcionar, Michael mostrou que não estava em um bom dia.
"Quando começou a entrar, e de fato explorar o mano a mano, precisava contar com a inspiração do Michael. Ele precisava jogar mais rápido, precisava não cometer erro técnico, e depois de conseguir espaço para evoluir, quando chegava ao Ayrton, vencia o duelo, gerando a situação mais clara do primeiro tempo", lembra.
Léo Ortiz foi essencial para melhorar as bolas pelo lado esquerdo, mas as jogadas não deram certo.
"As coisas começaram a melhorar quando a bola começou a passar mais pelo Léo Ortiz. O Fluminense concedeu espaço a esses homens da saída de bola. Não vai subir nele, faz o lançamento e encontra uma situação de mano a mano na última linha, mas o domínio sempre era lento ou o próximo passe era sempre para trás e o time não conseguia aproveitar a situação tática favorável", conclui.