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·9 March 2025
Amorim e a situação do United: «Há muito a fazer para regressar à glória»

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·9 March 2025
Em entrevista concedida à Sky Sports, Ruben Amorim reconheceu o momento delicado que o Manchester United vive durante os primeiros meses em que tem liderado a equipa, ressalvando que as transformações que têm sido levadas a cabo são a grande esperança para que as mudanças aconteçam.
Apesar disso, o técnico português sabe que a situação pouco favorável não joga a seu favor.
A expetativa aquando da chegada: «O contexto é difícil porque quando chegámos as expectativas eram elevadas. Tentei avisar as pessoas sobre o momento. Esta época, todos os adeptos, e mesmo o staff, estão um pouco cansados. Há muita coisa a acontecer no nosso clube. É o meu trabalho tentar mudar as coisas, como fiz no último jogo, tentar focar as pessoas no objetivo final.
Às vezes é difícil, é preciso ganhar jogos para ajudar a lidar com as coisas, mas nesta fase é complicado ganhar dois ou três de seguida. Estamos a lutar! Vejo pequenas coisas, pequenas mudanças, não apenas nos jogos, mas também aqui, no centro de treinos. Estamos a encontrar o caminho.»
Pressão e responsabilidade: «Há pressão sobre toda a gente, não apenas sobre o treinador. Há muita responsabilidade. Sabemos que a posição que ocupamos na classificação. É difícil lidar com isso, [é preciso] dar alento e energia a todos a cada semana.
Mas é o nosso trabalho fazermos tudo ao mesmo tempo, é um risco. Precisamos de muito tempo para melhorar. Estamos a tentar que tudo fique bem agora para na próxima época começarmos a jogar melhor, com as coisas organizadas.»
Regresso à glória?: «Há muito a fazer para regressarmos àqueles dias de glória. Será difícil mas estamos a sofrer tudo agora para desfrutarmos mais no futuro. Estamos a tentar resolver todos os problemas esta época e acho que isso vai refletir-se no futuro.»
Os maus resultados e o risco de saída: «Entendo as pessoas. Se olharem para a equipa, para os resultados, é difícil imaginar grandes coisas para o nosso clube neste momento. Só que nos piores momentos temos de ter uma luz no caminho, isso é claro.
Não sei se estarei cá mas, pela forma como estamos a pensar as coisas, vamos voltar a ganhar no futuro. Mas há risco, não estamos a ganhar jogos. Como clube estamos a fazer coisas difíceis, muita gente no staff paga esse preço, mas fazemos o que é preciso para ganhar no futuro.
Há coisas que dependem dos resultados, tanto para os jogadores como para os treinadores. Mas a ideia do clube, as mudanças que estamos a fazer. Estamos a tentar construir um caminho claro. Obviamente que quero cá estar, mas sou honesto e sei que o meu trabalho depende de resultados.»
Vencer ajuda muito: «É preciso ganhar jogos e ter alguma sorte em alguns deles. Esta época será difícil dar a volta às coisas. Sinto que há cicatrizes na equipa e nos nossos jogadores, eles são bons, mas alguns estão tão aqui há tanto tempo, passaram por vários treinadores, com cada um deles a trazer uma nova esperança, um novo momento, e depois voltamos ao mesmo sítio.»
Preparação dos clubes na melhor liga do mundo: «Nos nossos dias todos os clubes estão preparados para contratar bons jogadores, as diferenças não são tão grandes. Esta é a melhor liga do mundo, temos de ser claros relativamente ao caminho que queremos seguir porque estamos atrasados e estas equipas vão continuar a melhorar.
Há muito dinheiro a entrar e vai ser difícil voltarmos a sentir que somos a melhor clube. Temos a história e o pedigree, isso não se pode comprar, só que precisamos de voltar a ganhar.»