A entrevista de Rafael Menin e o futuro do Galo: entre a responsabilidade e a pressão da Massa | OneFootball

Por: Gustavo Lopes / @gustavolpsouza Foto: Pedro Souza

A coletiva de Rafael Menin no último sábado (07/06, direto da Arena MRV, foi um verdadeiro divisor de águas. Não por trazer grandes novidades — mas por admitir, com clareza inédita, que o caminho trilhado pelo Atlético desde a transição para SAF está longe de ser simples.

Menin reconheceu erros. E isso, num país onde cartola se acha imperador, é raro. Disse que a SAF aprendeu — e está aprendendo — com cada tropeço. Que há dívida (e muita), mas também um plano. Que há atrasos, mas não abandono. E que, acima de tudo, existe compromisso.

Como torcedor, dói saber que reforços não virão em peso. Mas como quem pensa o clube a longo prazo, é reconfortante ver um gestor que prefere pagar conta a estourar o cartão. O Galo, sob a SAF, quer virar adulto — e ser adulto é pagar boleto antes de comprar chuteira nova.

Menin falou em equilíbrio, em conter a euforia, e em lidar com uma inflação do futebol que só o Flamengo consegue bancar hoje. E isso é verdade: com folha enxuta, elenco competitivo e teto de vidro nas finanças, o Galo tenta sobreviver na elite sem vender a alma.

A SAF do Galo ainda é uma promessa em construção. Não está à altura da nossa paixão, mas pode estar a caminho disso — se continuar ouvindo a Massa e agindo com responsabilidade.

A hora é de cobrança, sim. Mas também de entender que o Galo está tentando fazer o que quase ninguém fez: ser grande com os pés no chão.

Que a SAF se inspire na raça da arquibancada e na história de quem nunca fugiu da luta.

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