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·8. Juli 2025
Zinho responsabiliza Bap e cobra projeto de Boto no Flamengo

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·8. Juli 2025
Quando assumiu a presidência do Flamengo, José Boto foi uma escolha direta de Bap para gerir o departamento de futebol do clube. Agora, menos de um ano após a decisão, a relação parece conturbada, em momento que o mandatário rubro-negro não pode reclamar, segundo Zinho.
Para o ex-jogador e hoje comentarista, o que vem acontecendo é responsabilidade de Bap, que selecionou a dedo Boto. Logo, não pode reclamar dos resultados e da relação com alguém que foi sua decisão.
"É responsabilidade do BAP. Porque foi uma escolha pessoal dele. Então não adianta agora ele também ficar reclamando. Ele entregou o futebol na mão do Boto", dispara Zinho.
Boto teria se incomodado com Bap, que barrou a chegada do atacante irlandês Mikey Johnston após repercussão negativa entre a Nação.
O presidente, por sua vez, não estaria gostando de atitudes do português, incomodado até mesmo com a relação estreita do dirigente com Filipe Luís.
Zinho cita ainda toda a autonomia que foi dada a Boto, que mudou muita coisa no departamento de futebol, inclusive com a demissão de diversos funcionários.
"Então deixou ele responsável pelo ninho do urubu, por toda parte do futebol, tanto é que vieram vários profissionais de fora, foram mandados embora mais de 40 funcionários no Flamengo", disse.
Contudo, Zinho analisa que apesar de um tempo considerável no comando do futebol do Flamengo, José Boto ainda não desenvolveu um projeto concreto no clube.
Nome que chegou com a pampa de uma visão europeia, de mudar a maneira de enxergar futebol no Brasil, principalmente se tratando de scout e contratações, Boto não apresentou todo esse potencial.
"Tem um contrato, mas acho que o trabalho dele ainda não aconteceu. O Boto ainda não desenvolveu um projeto, um trabalho, uma reformulação de alguma coisa", analisou Zinho.
Apesar da crítica, Zinho reconhece que Boto precisava de um tempo de adaptação, e era de se esperar certa dificuldade com o cenário do futebol brasileiro, mais intenso e até "irracional" em comparação com o europeu.
Mas assim, isso também era de se entender porque é um cara que está chegando ao Brasil, se acostumando ao mercado brasileiro, é um outro modelo de gestão e também de campeonato, muitos jogos, muitas competições. Então para o próprio profissional, esse é o risco de você trazer para ele ser o comandante num outro mercado que ele não estava acostumado a trabalhar", avalia.
Porém, o português parece estar entendendo como de fato funciona o futebol brasileiro em cima de uma "crise", tendo de se virar enquanto está na corda bamba.
"Ele está entendendo isso em um dos maiores, se não o maior, momento de turbulência, de pressão", comenta Zinho.
Apesar de toda essa turbulência nos últimos dias, Bap estaria bancando Boto, deixando claro que nunca houve a intenção de uma mudança no comando do futebol. Ou seja, uma saída do português estaria condicionada totalmente a sua escolha, já que no momento, somente pedindo demissão, deixaria o clube.