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·23. Oktober 2024

Um oceano de desilusão

Artikelbild:Um oceano de desilusão

Vida difícil para o SC Braga na Liga Europa. Os minhotos regressaram, esta quarta-feira, à vida europeia com um desapontante desaire caseiro frente ao Bodo/Glimt (1-2). A equipa portuguesa foi derrotada por um golo ao cair do pano que acrescentou um manto de desilusão ao resultado final, marcado ainda pela expulsão de Sikou Niakaté no espaço de um minuto.

Os arsenalistas apresentaram-se no habitual 4x2x3x1, mas Carlos Carvalhal fez João Moutinho e Rodrigo Zalazar coexistirem na zona nevrálgica do terreno pela primeira vez - estão os dois recuperados das lesões que os afastaram nas últimas largas semanas - desde que regressou ao Minho, relegando Vitor Carvalho para o banco de suplentes. Do outro lado, o Bodo/Glimt surgiu em Braga num 4x3x3 e sem um '9' declarado, cabendo a Philip Zinckernagel o papel mais próximo disso.


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A primeira parte divide-se em dois momentos: o primeiro quarto de hora, onde os arsenalistas foram claramente superiores ao adversário, e a restante meia hora onde a formação escandinava equilibrou a balança. A chave quer para um quer para o outro momento esteve no duelo entre Ricardo Horta e Patrick Berg.

O capitão arsenalista definiu marcação individual ao '6' contrário e os Gverreiros do Minho condicionaram a saída de bola do emblema de Bodo, obrigando a que estes saíssem na largura ou numa bola longa que deixaria Zinckernagel em clara desvantagem perante João Ferreira - grande exibição - e Sikou Niakaté.

Durante 15 minutos, o Bodo/Glimt não teve antídoto para tal e a supremacia lusa foi evidente, mas Berg - até então muito estático e facilmente anulado - acrescentou dinâmica ao jogo, passou a movimentar-se mais sem a bola e a arrastar consigo Ricardo Horta, abrindo um espaço que foi quase sempre aproveitado por Hakon Evjen para receber na zona '6' e assim oferecer a saída por dentro aos noruegueses.

A mudança comportamental permitiu aos forasteiros sair com mais qualidade - e frequência - para o ataque e equilibrar o duelo, mas a maior cadência de oportunidades continuou a ser minhota. Roger Fernandes e Bruma foram os mais perigosos e tornaram ameaçadora cada transição arsenalista, mas qualquer lance de finalização esbarrou num seguro Nikita Haikin. Registo ainda para a bola na trave de Zinckernagel, na marcação de um livre direto.

De herói a vilão

Para além de organizada e rigorosa, a equipa do Bodo/Glimt mostrou-se sempre muito objetiva e já na etapa inaugural tinha deixado sinais de que não precisaria de muitos toques na bola para se colocar em posições vantajosas no ataque. Foi assim, ao minuto 53, que os forasteiros se colocaram na frente do marcador. Fredrik Bjorkan - uma locomotiva que deu sempre solução à esquerda - intercetou um passe falhado de Zalazar, combinou com Isak Maatta e foi buscar na frente para assistir Evjen, que tirou Moutinho da frente com categoria e atirou a contar.

Do banco bracarense rapidamente saltaram André Horta, Vítor Carvalho e Yuri Ribeiro e isso traduziu-se num SC Braga mais controlador e capaz de reter a bola, mas não antes de apanhar mais um susto: Zinckernagel isolou-se após uma transição, mas nem finalizou nem assistiu Jens Hauge e o lance perdeu-se.

Na resposta, Niakaté fez o empate na recarga a um remate de Bruma e tornou-se herói... por muito pouco tempo. O futebol é o momento e o do central maliano foi do céu ao inferno muito depressa: no espaço de três minutos, o defesa fez um golo, viu dois cartões amarelos por faltas grosseiras e deixou a equipa reduzida a dez unidades.

Embora com menos um homem, o SC Braga teve declaradamente as melhores oportunidades até ao final da partida. O Bodo/Glimt, visivelmente mais satisfeito com a igualdade do que a equipa portuguesa, não melhorou com as substituições feitas e perdeu até algum gás. Os arsenalistas, cientes da importância de uma vitória, não deixaram que a inferioridade numérica fosse impeditiva de procurar o golo e criaram uma, duas, três belas ocasiões. Todas elas esbarraram em Nikita Haikin, uma muralha hirta na Pedreira.

E ainda que nada o fizesse prever, até porque a energia do Bodo/Glimt parecia já ter acabado, foram os noruegueses a deixar cair um balde de água gelada nos pouco mais de oito mil adeptos que se deslocaram às bancadas do Municipal de Braga. Villads Nielsen, já em tempo de compensação, desfez o empate num lance de bola parada e complicou muito a vida da equipa lusa. O SC Braga perdeu pelo segundo jogo consecutivo e soma três pontos em três jogos e começa a ficar sem vidas na Liga Europa.

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