Um ano depois de decidir a Libertadores, John Kennedy é preterido no Fluminense | OneFootball

John Kennedy decidiu a Libertadores há um ano atrás, exatamente. No mesmo 4 de novembro, mas em 2023, a Cria de Xerém marcou o gol decisivo já na prorrogação e deu o título inédito ao Fluminense diante do Boca Juniors. Um ano depois do feito, o camisa 9 está encostado no elenco e é preterido por Mano Menezes.

John Kennedy viveu seu melhor momento pelo Flu na Libertadores de 2023. Depois de marcar gol em todos os jogos do mata-mata, o camisa 9 entrou no decorrer da decisão contra o Boca Juniors e anotou o histórico tento que rendeu ao clube carioca a primeira taça sul-americana de toda a sua história. Mas o gol não foi seguido por uma grande temporada...

Saída do "pai" Diniz

A Cria de Xerém deve muito do sucesso a Fernando Diniz. Foi sob a tutela do treinador que, depois de vir em ascensão na temporada, o atacante entrou no decorrer da final com a promessa que 'decidiria o jogo', segundo o próprio comandante. Dito e feito: John Kennedy substituiu Paulo Henrique Ganso aos 35 minutos da segunda etapa e fez história.

Depois de vencer o título sul-americano e perder a final do Mundial de Clubes para o Manchester City junto do elenco tricolor, John Kennedy tinha, na temporada de 2024, a chance de realmente despontar e assumir a titularidade na equipe carioca. O que não aconteceu.

O atacante começou o ano de 2024 com a frustração de sequer classificar no Pré-Olímpico junto da seleção brasileira. Depois, pelo Flu, alternava entre a titularidade e o banco de reservas, sempre com alguma importância no esquema de Fernando Diniz. Mas as coisas mudaram após a demissão do treinador.

Fernando Diniz foi dispensado pelo Fluminense no dia 24 de junho, depois de uma sequência de resultados negativos. Até aquela altura, o Tricolor tinha disputado 34 partidas e o camisa 9 participou de 17 delas, sendo que, no Campeonato Carioca, o atacante perdeu oito jogos por estar com a seleção. Além disso, em duas ocasiões John ficou no banco de reservas e em outra, ficou de fora por suspensão.

Nos cinco primeiros jogos após a saída de Diniz, John Kennedy disputou 185 minutos, sendo duas partidas como titular. Mas o jogador começou a receber menos oportunidades na sequência: nas outras 25 partidas que o clube teve, o atacante jogou dez vezes, todas entrando no decorrer do jogo, e totalizou apenas 109 minutos.

Queda de rendimento e surgimento de "rival"

John Kennedy não balança as redes desde o dia 29 de maio. Já são mais de cinco meses sem marcar ou participar de gols. Na atual temporada, foram apenas quatro tentos marcados, enquanto em 2023 nessa mesma data o atleta já tinha marcado nove gols e contribuído com quatro assistências.

Enquanto o camisa 9 caiu de produção e deixou de ser uma espécie de 12º jogador do Flu, Kauã Elias surgiu como talismã da equipe carioca. Também formado na base do Fluminense, o atacante "furou a fila" e ocupou o espaço que antes era de Kennedy.

Kauã marcou sete gols até o presente momento e trouxe pontos diretamente ao Fluminense em quatro ocasiões. Marcou o gol solitário nas vitórias contra Cuiabá, Bragantino e Bahia e no empate frente ao Criciúma, todos pelo Brasileirão.

Na época em que o clube carioca esteve atolado na zona de rebaixamento, no mesmo período da reestreia de Thiago Silva pela equipe, Kauã Elias surgiu como protagonista e homem decisivo. Muito similar ao que John Kennedy viveu em 2023, porém, no ano anterior, a história era pela Libertadores.

Como atuam nas mesmas posições e possuem características similares, Kauã ofuscou John Kenndy em 2024. Já que o camisa 9 não vinha com brilho na atual temporada, a solução foi procurar por outro jogador para ser uma "sombra" à Germán Cano. Diferentemente do argentino, que é um exímio finalizador, ambos os jovens se destacam pela velocidade e locomoção no campo de ataque. Kauã Elias foi além e fez Cano virar reserva. Já Kennedy caiu uma posição na fila...