Torcedor que levou cabeça de porco à Neo Química Arena se defende: “Provocação sadia”

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Central do Timão

·6. November 2024

Torcedor que levou cabeça de porco à Neo Química Arena se defende: “Provocação sadia”

Por Jailson Menezes / Redação da Central do Timão

O torcedor responsável por levar uma cabeça de porco à Neo Química Arena no Derby entre Corinthians e Palmeiras se apresentou nesta quarta-feira, 6, na 6ª Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva). Após prestar depoimento, ele foi liberado e, ao conversar com a imprensa, esclareceu o ocorrido.

“No primeiro momento, eu levei a cabeça de porco para tirar uma foto no estacionamento, mais nada, por causa de uma brincadeira. Só quis fazer isso. Não quis confrontar ninguém. Fui ao mercadão. Brincando no WhatsApp, comentamos que sempre vemos faixas de brincadeiras como ‘sem Mundial’, mas dissemos que essa brincadeira estava velha demais. Então, pensamos em ir para a Arena com a cabeça, no estacionamento, e tirar umas fotos. Foi quando eu disse que poderia ver no mercadão da Lapa se encontrava uma”, explicou o corinthiano.

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Foto reprodução: SporTV/ Premiere

Ele justificou a atitude como uma provocação, afirmando que não havia intenção de incitar violência: “A provocação é sadia, não peguei barra de ferro para agredir ninguém, não dei soco. O futebol raiz tem que viver. Nos anos 90, todo mundo ia ao jogo junto, brincava um com o outro. Hoje, a situação chegou a um ponto em que estão acabando com o futebol.”

O torcedor também refletiu sobre o impacto do episódio: “Eu jogar uma cabeça de porco está repercutindo mais do que outras coisas que aconteceram por aí. Não quero defender ninguém, mas eu já perdi meu irmão por causa de uma torcida organizada. Todo mundo sabe o que eu guardo no meu coração. Só fiz uma provocação sadia e isso repercutiu muito.”

Ele não foi indiciado, mas há um pedido para seu afastamento dos estádios de futebol. Até o momento, foi registrado apenas um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), documento usado em casos de infrações de menor potencial ofensivo, cuja pena é inferior a dois anos. No caso da cabeça de porco, o delito corresponde à provocação de tumulto.

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