Todo mundo tentou avisar o Internacional! E o fim foi o Flamengo passando ao natural!
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Foi ao natural. Flamengo nem precisou mostrar todo o futebol que tem. Com alguma facilidade, os caras conquistaram a classificação no Beira-Rio.
Sabe aquela história de superação, de jogar tudo que sabe e apostar em neutralizar eles? Pois então, nada disso aconteceu. O Internacional jogou uma partida normal. Como se fosse mais um jogo estratégico, com duelo tático dos treinadores e de tentativas de ambos os lados. Muito, mas muito diferente do que se imaginava.
Eu poderia dizer que o Rochet teve culpa no primeiro gol dos caras. Que ficou indeciso se defendia direto ou espalmava e aí deu um gol pra eles. Também dá pra dizer que o segundo gol deles foi jogada de treino, com ida na linha de fundo e cruzamento que passa por toda área até o Pedro completar lentamente.
Mas isso é esconder o mais importante. Os caras tiveram o controle das ações o tempo inteiro. O Flamengo foi soberano, tinha a posse da bola e conduziu a partida para onde queria. Quando eles entenderam que o 1 x 0 bastava, era só ser maduro e classificar.
O Saúl foi brilhante. Estreou. Dono do meio-campo dos caras. Mas não foi só ele. O Inter fechou o meio e deu os lados pro Flamengo atacar. E aí o Samu Lino fez o que quis com a defesa colorada. Sempre tinha alguém em apuros. Outra, mesmo com impedimentos, o Bruno Henrique sempre levava perigo. Resumindo, foram muito melhores.
Do outro lado, nada de ações ofensivas do Inter. Seja pela disposição em campo, de não marcar sob pressão, no campo de ataque, e tentar sufocar e ou até por não conseguir mesmo.
Os jogadores do Inter claramente estavam um segundo atrás dos flamenguistas. Era visível a diferença deles em campo. Como se os caras pensassem um segundo a frente.
Essa parte de estarem sempre na frente depõe contra o Roger. Ele colocou um time que não foi superior taticamente ao do Filipe Luis. Pelo contrário, uma equipe extremamente previsível, sem nenhuma jogada nova. O mesmo time do Maracanã, a mesma disposição tática e as mesmas jogadas.
A diferença é que, desse vez, nem os 30 minutos do segundo tempo aconteceram. Nem essa demonstração de força aconteceu.
Pra ficar pior, Roger tira o Alan Rodríguez na metade do segundo tempo. Com justiça, o torcedor vaio. Qualquer pessoa no Beira-Rio sabia que ele era a chance de alguma articulação no meio. De uma bola inteligente, pensada, indo pra frente. Impossível defender um treinador que faz isso.
Alan Patrick não apareceu em nenhuma das quatro decisões da temporada. Nem na Copa do Brasil, nem na Libertadores. Um camisa 10 que foi apagado em quatro decisões é preocupante.
Wesley não decide nada há muito tempo. Desde o ano passado, não é nem de perto o mesmo. Pra mim, sofre a mesma coisa do Galhardo. Fez uma temporada fora do normal e agora voltou para uma zona de normalidade.
Nem o Bernabei conseguiu ajudar. Aquelas idas na frente, com cruzamentos perigosos, não aconteceram.
Um ponto de referência para a atuação abaixo foi que o Ricardo Mathias afundou. Ficou sozinho lá na frente. A única jogada que conseguiu fazer foi saindo da área para o Aguirre cruzar e o Borré meter na trave. A única. Nada mais. Isso deixa claro o problema.
Pensando na temporada completa, o Inter ficou se enganando que o trabalho do Roger nesse ano era igual ao do ano passado porque ganhou o Gauchão. Não foi. Digo mais, no próprio Gauchão não jogou tão bem. É só pegar as avaliações das partidas antes do Gre-Nal na final (ou seja, não é oportunismo agora). Vários de nós tentamos alertar. Diversos jornalistas e até torcedores tentaram ajudar, mostrar, não teve como. O Vitão e o Fernando até esboçaram algo, mas bastou passar na fase de grupos, que é uma obrigação, que foi todo mundo dar recado, dizer que esse grupo reage na adversidade. Não é bem assim. Futebol não se liga ou religa uma chave. Tá aqui a prova.
Nesse ponto, recai sobre D’Alessandro. Todo mundo esperava dele um comando do vestiário, uma liderança sobre os jogadores, mas o que se viu foi uma equipe que achava que iria jogar quando quisesse ou algo do tipo. O grupo do Inter aceitou as duas eliminações com naturalidade. E sem superioridade alguma em nenhum dos momentos. Se o D’Alessandro foi elogiado quando chegou e o ambiente mudou, agora é diferente.
Na diretoria, antes mesmo da partida, no Debate Raiz, já estávamos identificando que ninguém via uma mobilização gigantesca, com os jogadores mobilizados pra uma guerra. Nada disso. Mais um dia comum. Tá virando rotina.
As coisas estão equivocadas em diversos setores. Todos os ingressos foram vendidos e tinham 43 mil pessoas no Beira-Rio. Erro grosso da administração.
Nem vou falar sobre o erro do papel picado. Fiasco e dos grandes. Vem multa pesada da Conmebol. E com justiça. Meteram um papel picado que deveria ser em caso de classificação.
Gente, o ano do Internacional praticamente acabou em agosto. Tem um Gre-Nal no dia 20 de setembro que pode dar algum tipo de alegria para quem é torcedor. Depois, o negócio será buscar uma vaga na Libertadores. E acabou. Ano após ano as decepções se acumulam.
Ah, difícil dizer pro torcedor se o Roger vai cair. A direção geralmente entrega “cabeças”quando o clima com o torcedor tá insustentável e a cobrança chega neles. Aí, aliviam seu lado entregando alguém. Resta saber se a pressão será nesse nível. Se for, alguém será entregue pra dar exemplo…