Papo na Colina
·27. November 2024
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Em entrevista ao jornal francês L’Équipe, Dimitri Payet, meia do Vasco, revelou que já possui um acordo assinado para retornar ao Olympique de Marselha no futuro, clube onde é ídolo. O jogador, porém, não entrou em detalhes sobre os termos do contrato, limitando-se a afirmar que seu retorno já está garantido.
“Foi uma temporada muito boa (a última no Marselha). No final, houve a saída, mas com o Olympique tudo está muito claro. É um negócio fechado, então haverá um retorno ao clube depois, e discutiremos mais tarde os detalhes do porquê ou como. Quero continuar ajudando o OM a crescer. Está assinado, e haverá esse retorno”, afirmou Payet.
O atleta do Vasco também refletiu sobre seu papel na última temporada no time francês, destacando que, mesmo sem ter jogado tanto quanto gostaria, abraçou a liderança como capitão. Ele se dedicou a auxiliar os companheiros dentro e fora de campo, além de mediar eventuais questões no vestiário. “Foi uma função diferente, mas gostei muito, porque o objetivo sempre foi o sucesso do Marselha”, concluiu.
Questionado sobre a possibilidade de aposentadoria, Payet admitiu que é algo que o preocupa, mas que ainda não se sente próximo desse momento. Ele revelou seu grande amor pelo futebol e afirmou temer como será sua rotina quando tiver que deixar os gramados.
— O que eu mais temo é ver isso acontecer. Sinceramente, quando me levanto todas as manhãs, gosto muito de treinar e gosto muito de jogar novamente. Portanto, não estou dizendo a mim mesmo hoje que o fim está próximo, mas, infelizmente, sei que em algum momento meu corpo vai me dizer que é isso, que basta. Mas, sinceramente, eu amo tanto jogar bola, amo tanto o futebol que acho que o fim vai ser difícil para mim, explicou.
Há mais de um ano no futebol brasileiro atuando pelo Vasco, Payet destacou os desafios de adaptação, especialmente em relação ao clima e ao calendário intenso. Para ele, jogar em condições de extremo calor e umidade, somado à grande quantidade de jogos, representa uma enorme dificuldade.
— O mais difícil para mim (jogar no Vasco), para ser sincero, foi o clima. Porque, em termos de umidade, em termos de calor, em um domingo às 16 horas, quando está 38 graus e o tempo está pesado, é muito, muito, muito difícil jogar. Além disso, há o calendário, que é muito cheio no Brasil. Não jogamos nem na Sul-Americana nem na Copa Libertadores, mas conseguimos ter uma agenda cheia. Não sei como os jogadores que disputam essas copas conseguem, mas, para ser sincero, é muito, muito difícil.
Sobre a pressão da torcida, Payet afirmou que sua experiência no Olympique de Marselha o preparou bem para os desafios enfrentados no Brasil. Ele comparou a intensidade das torcidas e ressaltou que, no Brasil, a exigência é ainda maior devido ao legado de grandes jogadores como Romário e Pelé.
— A pressão depois de 10 anos no Olympique de Marselha, você sabe como é. Mas é aí que eu também me encontro, eu tenho a impressão de nunca ter saído do Marselha, porque os torcedores (no Brasil) são tão extremos em sua positividade e negatividade. Você nunca tem paz de espírito, então é por isso que eu sempre tenho que dar o meu melhor. Os brasileiros tiveram jogadores como Romário e Pelé em sua história que tornam a barra ainda mais alta.
Por fim, Payet comentou sobre a final da Libertadores entre Botafogo e Atlético-MG, destacando que vê o confronto sem favoritos, apesar de brincadeiras dos jornalistas franceses relacionadas a John Textor, dono do Botafogo, e sua conturbada gestão no Lyon.
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Por Fábia Anselmo