Relatório e Contas do FC Porto: receita com bilhética aumenta, custos com pessoal diminuem | OneFootball

No Relatório e Contas submetido esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o FC Porto detalhou diversos aspetos do desempenho financeiro do primeiro semestre da época 2024/25.

Um dos principais indicadores de crescimento foi o da bilheteira, com vendas a atingirem 7,858 milhões de euros, comparado com 5,894 milhões de euros no mesmo período da época anterior. Este total inclui as receitas de vendas de lugares anuais (até dezembro, foram vendidos 28.016 lugares) e bilhetes para cada jogo.

Relativamente aos custos com pessoal, que geraram bastante debate durante a campanha para as eleições presidenciais, houve uma diminuição de 11 por cento.

«Os custos com pessoal (…) abrangem as despesas salariais dos plantéis de futebol, das equipas técnicas e de toda a estrutura de pessoal das várias empresas incluídas neste consolidado, bem como os encargos fiscais e os seguros relacionados com acidentes de trabalho. Incluem também as indemnizações por rescisões de contratos e os prémios concedidos à equipa pela performance desportiva, tanto em competições nacionais como europeias. Todos estes itens totalizaram uma diminuição de 4,834 milhões de euros em comparação com o período anterior, o que representa uma redução de 11 por cento, principalmente devido à diminuição das remunerações globais dos jogadores e das equipas técnicas, que desceram 3,952 milhões de euros, e também à redução dos custos com os órgãos sociais do Grupo, que foram de 1,031 milhões de euros», refere o relatório.

No que diz respeito aos direitos de transmissão televisiva, houve um aumento de 25 por cento (passando de 18,188 milhões de euros no primeiro semestre de 2023/24 para 22,684 milhões de euros no primeiro semestre de 2024/25). Por outro lado, a rubrica de ‘Fornecimentos e serviços externos’ registou uma diminuição de 14 por cento (de 29,393 milhões de euros para 25,194 milhões de euros).

«Esta redução está distribuída por várias despesas que integram esta categoria, refletindo, como mencionado, o esforço da nova administração em implementar medidas rigorosas de otimização de custos, visando a redução das despesas em todas as operações do clube. As variações mais significativas estão relacionadas com os custos de conservação e reparação das infraestruturas do FC Porto, direitos de imagem dos atletas, e as despesas com a organização de jogos e despesas de representação.»

Por último, um dos principais pontos de queda foram as receitas relacionadas com as competições da UEFA. Devido à ausência do FC Porto na Liga dos Campeões, em comparação com a época anterior, este valor desceu de 54,434 milhões de euros para 14,855 milhões de euros, uma redução de 73 por cento.