O Inter perdeu, mas foi um jogaço de futebol e a torcida soube reconhecer isso no Beira-Rio
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Foi jogão, no Beira-Rio. O Inter perdeu, mas foi uma baita partida. Como o Roger insiste em dizer, o Inter se recusa a perder e joga até os 53 minutos, do segundo tempo, lutando pra evitar isso.
Uma prova disso foi que a torcida aplaudiu o time no Beira-Rio. Os mais de 30 mil que estavam presentes souberam reconhecer que teve futebol, teve luta e entrega. Não veio o resultado, mas é bem longe de ser uma calamidade.
Roger tentou surpreender o Palmeiras no primeiro tempo. Ele inverteu Tabata na esquerda e Vitinho na direita. Mesmo assim, não deu lá tão certo. O Palmeiras foi superior ali. Tá nítido que falta um Wesley e Carbonero para bagunçar a defesas e fazer algo diferente.
O Inter foi melhor no segundo tempo. A segunda etapa foi muito mais colorada do que deles. Ficou todo o segundo tempo no ataque.
Até por isso, o empate não seria nada injusto. Diria até que, se fosse boxe, seria um empate por pontos nessa luta. Foi um tempo pra cada.
Enner Valencia não pode perder o gol que perdeu. Aos 46 minutos do segundo tempo, saindo cara a cara com o Weverton, não pode chutar em cima dele. Eu sei que é goleiro de seleção, mas em momento decisivo tem que guardar.
Fernando foi, de novo, o melhor jogador do Inter. Soberano no meio. É o dono do time. A saída de bola dele é qualquer coisa espetacular.
Diego Rosa entrou bem na lateral-direita. Penso que Roger ganhou uma opção por ali. Muito mais que o Nathan, que será devolvido pro Santos.
O lance estava impedido, mas o Anthoni, de novo, foi monstruoso quando precisou. Que goleiro é esse menino. Hoje, no mínimo, tão bom quanto o Rochet.
Antes que se fale do Rogel, o gol deles saiu por conta dos dois laterais. Bernabei errou ao perder a bola e o Aguirre é quem foi na marcação e deixou o Facundo Tores entrar para finalizar sozinho.
Gabriel Carvalho entrou bem e melhorou em relação ao Tabata. Segue o ciclo dos dois. Quem é titular não joga bem e quem entra, joga melhor.
Borre, de novo, não jogou bem com o Valencia no time. Todo mundo sempre fala na possibilidade dessa dupla jogando junto, mas a prática não se confirma. Borré até jogou bem mais de meia-atacante, mas já jogou ao lado do Valencia e até aberto pelo lado, mas não tem o mesmo nível de atuação.
Por justiça, mesmo que tenha ido pro ataque e o Palmeiras se recuado, o Inter teve uma chance claríssima de gol: a do Valencia. Foi uma pressão sem chances de gols. Nisso, ficaram devendo. E, se quisermos ser ainda mais criterioso, o Palmeiras teve o seu gol e uma bola do Maurício no finalzinho também. Então, é preciso reconhecer os méritos desse time do Abel. Podem não jogar bonito, só que são eficientes.
Dito tudo isso, a derrota não vai gerar nenhuma crise no Beira-Rio. O torcedor reconheceu com aplausos e a imprensa também sabe ver que foi um jogão.