Médica do Corinthians expõe estudo e compara lesões sofridas em grama natural e sintética | OneFootball

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·18. Februar 2025

Médica do Corinthians expõe estudo e compara lesões sofridas em grama natural e sintética

Artikelbild:Médica do Corinthians expõe estudo e compara lesões sofridas em grama natural e sintética

Chefe do departamento médico do Corinthians, a Dra. Ana Carolina Côrte se manifestou em suas redes sociais e opinou sobre o principal tema do futebol brasileiro nesta terça-feira: grama natural x sintética. Mais cedo, jogadores de clubes grandes do país, como Neymar, Lucas e Dudu, se pronunciaram contra o campo artificial.

A profissional, pós-doutorada em Medicina do Esporte, ficou do lado dos atletas na briga. Ela expôs um estudo da Uefa e comparou as lesões sofridas nos dois gramados. Segundo ela, apesar da quantidade de contusões ser semelhante, a gravidades dos problemas físicas ocasionados na grama artificial é maior.


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“Hoje eu vi vários atletas se manifestando contra a grama sintética e a favor da grama natural. Eu não venho para dizer da parte técnica, porque isso não cabe a mim, mas para falar sobre a parte médica. Hoje existem alguns trabalhos que tentam mostrar a diferença da incidência de lesões em grama sintética e natural. A gente não tem muitas conclusões, mas existe um estudo que eu gosto de falar, feito pela Uefa durante 18 anos, com clubes europeus, que aborda como diminuir o número de lesões no futebol. Uma das discussões foi: que tipo de lesão se tem no gramado sintético e na grama natural? O que a gente sabe é que o número de lesões não muda muito entre o sintético e natural, mas o que muda é a diferença das lesões. No gramado natural, ocorrem muito mais lesões musculares, que é o que a gente vê no nosso dia a dia mesmo. Já no gramado sintético, há a prevalência de lesões ligamentares, de joelho e de tornozelo”, declarou Ana Carolina Côrte.

“O que me chama a atenção é que, apesar do número de lesões ser parecido, as lesões em gramado sintético são mais graves, deixam o atleta afastado por um período maior do que em lesões musculares. Claro que também existem lesões musculares no gramado natural e lesões ligamentares na grama sintética, mas é isso o que dizem os estudos, principalmente esse da Uefa que durou 18 anos para ser entendido, com uma quantidade muito grande de dados”, concluiu.

Nos últimos anos, o gramado sintético passou a ser utilizado no estádio de três clubes brasileiros da elite: Allianz Parque (Palmeiras), Nilton Santos (Botafogo) e Ligga Arena (Athletico-PR), este último rebaixado à Série B no fim de 2024. Agora, o Mercado Livre Arena Pacaembu, na capital paulista, também foi reinaugurado com um campo artificial.

Vários jogadores do futebol brasileiro, como Neymar (Santos), Lucas (São Paulo), Thiago Silva (Fluminense), Memphis Depay (Corinthians), Bruno Henrique (Flamengo), Gabigol e Dudu (ambos do Cruzeiro), publicaram em suas redes sociais a mensagem “futebol é natural, não sintético”, seguido por um texto sobre o assunto.

“Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos. Objetivamente, com o tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim. Nas ligas mais respeitadas do mundo, os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste. Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso onde os atletas jogam e treinam. Futebol profissional não se joga em gramado sintético”, escreveram.

O Palmeiras, dono de um estádio com gramado sintético, se posicionou e definiu as críticas como “rasas e sem base científica”.

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