
Gazeta Esportiva.com
·29. Mai 2025
Marquinhos: o sobrevivente do PSG em busca da consagração

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·29. Mai 2025
Sobrevivente da derrota na final da Champions League de 2020 e da famosa reviravolta contra o Barcelona em 2017, o brasileiro Marquinhos, capitão do PSG, espera dissipar a maldição para sempre e levantar o primeiro troféu do principal torneio europeu para o clube, embora seu sucesso contínuo não seja garantido.
O zagueiro brasileiro de 30 anos é o símbolo de um clube que nunca esteve tão perto de realizar o sonho de levantar a Liga dos Campeões. “Já perdi uma final, sei o quanto dói”, disse ele há alguns dias.
A próxima oportunidade é no sábado, em Munique, contra a Inter.
Foto: Thibaud MORITZ / AFP
No clube desde 2013, Marquinhos é o jogador com mais jogos, mais de 480 partidas, e conquistou dez títulos do Campeonato Francês. Ele viveu praticamente toda a “era catari”, que começou quando a Autoridade de Investimentos do Catar (QIA) assumiu o PSG em 2011.
Assim como Presnel Kimpembe, lesionado e sem papel de destaque nos últimos anos, viu as grandes estrelas surgirem em um clube acostumado a constantes altos e baixos.
Mas, acima de tudo, experimentou o fracasso na Liga dos Campeões, o grande sonho da última década. O PSG chegou à final em 2020 e às semifinais em 2021 e 2024.
Talvez a pior lembrança para Marquinhos tenha sido a virada do Barcelona por 6 a 1 nas oitavas de final, em março de 2017. Naquele dia, ele foi titular na defesa ao lado do compatriota Thiago Silva.
Uma decepção memorável que lhe deu a imagem de um jogador mentalmente frágil, rótulo que mantém até hoje.
Ele também é o único sobrevivente das más lembranças contra Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Bayern de Munique.
“Há alguns que acabaram de chegar; eles não sabem o quão difícil foi chegar aqui”, explicou Marquinhos. “Decepções dão experiência; são cicatrizes que ficam na carreira de um jogador”, acrescentou após a vitória por 2 a 1 no jogo de volta da semifinal da Liga dos Campeões contra o Arsenal, sinônimo de disputar o título.
A caminho da sua segunda final europeia, o PSG, campeão da Ligue 1 desde abril, completou a dobradinha nacional no último sábado ao derrotar o Reims na final da Copa (3 a 0).
Nesta temporada, ao lado do equatoriano Willian Pacho como zagueiro, ‘Marqui’ correspondeu às expectativas e demonstrou uma compostura renovada, assim como o restante do elenco.
Foto: FRANCK FIFE / AFP
O brasileiro, convocado na quinta-feira por Carlo Ancelotti em sua estreia como técnico do Brasil, veste a braçadeira do PSG desde 2020 e a saída de Thiago Silva.
Entre suas melhorias, ele parece ter dado um salto mental em grandes jogos, administrando melhor suas emoções nesta temporada contra Liverpool e Arsenal, embora tenha sido superado em alguns duelos.
Mas ele caiu completamente em seus velhos erros quando o PSG levou um susto contra o Aston Villa no jogo de volta das quartas de final (derrota por 3 a 2). Seu segundo tempo trouxe de volta velhos fantasmas refletidos em sua linguagem corporal.
O estresse era visível em seu rosto. Com contrato até 2028, seu futuro em Paris é incerto, já que o clube está em busca de um lateral-direito, segundo uma fonte próxima ao clube.
Mas antes de falar sobre sua possível saída da capital francesa, o brasileiro quer deixar sua marca para sempre na história do PSG, conquistando o primeiro título da Liga dos Campeões.