
Saudações Tricolores.com
·28. Juni 2025
Mário Bittencourt aparece com 63% de aprovação entre Tricolores, aponta pesquisa AtlasIntel

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·28. Juni 2025
Uma pesquisa realizada pelo instituto AtlasIntel, entre 20 e 25 de junho de 2025, revela que o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, tem avaliação extremamente positiva entre os torcedores do clube. Segundo o levantamento, 63% dos tricolores aprovam a gestão do dirigente, enquanto 26% desaprovam e 11% não souberam responder.
A pesquisa ouviu 2.069 pessoas em 619 municípios de todo o Brasil, com margem de erro de 2%. Além da avaliação específica para o Fluminense, o estudo também analisou a imagem de presidentes de clubes do Rio de Janeiro e de São Paulo, apresentando um panorama mais amplo do cenário do futebol nas duas maiores praças do país.
Entre os torcedores de outros clubes e do público geral, Mário Bittencourt apresenta 24% de aprovação, 22% de reprovação e 54% de desconhecimento ou indecisão sobre sua gestão.
O levantamento aponta Mário Bittencourt como o quarto presidente mais bem avaliado entre os clubes do Rio de Janeiro neste levantamento, reforçando sua boa reputação junto à torcida tricolor.
A pesquisa AtlasIntel utilizou a metodologia RDR (Recrutamento Digital Randômico), que seleciona entrevistados de forma aleatória durante seu acesso à internet — em smartphones, tablets, laptops ou computadores — assegurando amostras representativas e respostas anônimas. O método evita vieses comuns em pesquisas presenciais, como o receio de mostrar uma opinião negativa. A AtlasIntel é reconhecida globalmente pela precisão e transparência em seus dados, tendo sido destacada por veículos como The New York Times e FiveThirtyEight.
Os dirigentes mais bem avaliados junto aos seus torcedores foram Leila Pereira, presidente do Palmeiras, com 89% de aprovação, e John Textor, do Botafogo, com 87%. Entre todos os torcedores, Leila tem 58% de avaliação positiva e Textor, 36%.
No Rio de Janeiro, Luiz Eduardo Baptista (BAP), presidente do Flamengo, é o terceiro mais bem avaliado, com 76,8% de avaliação positiva dos rubro-negros, ficando atrás apenas de Leila e Textor.
Já Marcelo Teixeira, presidente do Santos, aparece como o dirigente com maior rejeição segmentada, com 76,8% de avaliação negativa dos santistas.
Outro destaque da pesquisa é Pedrinho, presidente do Vasco, que tem 58,1% de avaliação positiva entre os vascaínos, mesmo enfrentando conflitos recentes na gestão da SAF do clube.
Marcelo Rotenberg, diretor de políticas públicas do AtlasIntel, comentou sobre a forte aceitação de Leila e Textor: “A avaliação da Leila é bem positiva e mostra grau de desconhecimento muito baixo sobre ela. Apenas 23% não sabem dizer se ela tem imagem positiva ou negativa. Ela é uma das dirigentes mais famosas no Brasil e (o resultado) reflete desempenho dentro e fora de campo do Palmeiras.” Sobre Textor, Rotenberg ressaltou: “Ele é um sujeito midiático. Na pesquisa geral, 37% dizem ‘não saber’ avaliar se a imagem de Textor é positiva ou negativa, mas Textor tem 0,3% de imagem negativa apenas entre os torcedores do Botafogo. Isso mostra que o rebaixamento do Lyon ainda não afeta sua imagem junto à torcida.”
Mário Bittencourt assumiu o Fluminense em junho de 2019, em um momento delicado, com o clube enfrentando atrasos de cinco meses em salários e oito meses em pagamentos de imagem, além da ameaça de rebaixamento no Campeonato Brasileiro – além de um momento político interno efervescente.
No início da gestão, e mesmo diante da pandemia de Covid-19, o clube alcançou a final do Campeonato Estadual de 2020, terminou o Brasileirão na quinta colocação e garantiu classificação direta para a Copa Libertadores da América de 2021, na qual chegou até as quartas de final.
A partir de 2022, o Fluminense voltou a disputar a Libertadores, com campanha inferior à expectativa, mas conquistou a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca, além de finalizar o Brasileirão na terceira posição, somando 70 pontos, e alcançando as semifinais da Copa do Brasil.
Em 2023, o clube direcionou seus esforços prioritariamente para a Libertadores, o que refletiu em um desempenho modesto no Brasileirão, com o sétimo lugar, mesmo assim conquistando o bicampeonato estadual. Em 2024, o Fluminense faturou a Recopa Sul-Americana, troféu que decorre da vitória na Libertadores. No entanto, o ano ficou marcado pela briga contra o rebaixamento, o que aconteceu até a última rodada.
A gestão de Bittencourt também é marcada pelo retorno de grandes ídolos ao clube, como Fred, Marcelo e Thiago Silva, reforçando a conexão com a história do Fluminense. Além disso, o time foi conduzido para a disputa de dois torneios mundiais: o Mundial Intercontinental de 2023 e o Mundial de Clubes de 2025, atualmente em andamento, com o Fluminense classificado para as oitavas de final.
Se por um lado o presidente é lembrado pelo retorno de ídolos, além da chegada dos jogadores que trouxeram o tão sonhado título da Libertadores – como Fábio, Cano, Felipe Melo, além da permanência de André (que tinha proposta do futebol inglês) e Árias – o comandante tricolor também é alvo de críticas pelas contratações de jogadores que não performaram por aqui, como Renato Augusto, Douglas Costa e Gabriel Pires, entre outros.
Fora das quatro linhas, a presidência implementou medidas importantes para a estabilidade financeira, como a implantação do regime centralizado de execuções judiciais (RCE), o que contribuiu para desafogar o fluxo de caixa do clube. O Fluminense também foi protagonista na liderança da Liga Forte União (LFU), que reformulou o sistema de cotas de pagamento dos direitos de televisão, negociando acordos mais justos para os clubes.
Nas finanças, o último balanço publicado, o Fluminense registrou uma receita total de R$ 684 milhões, valor recorde na história do clube. No entanto, a dívida total do clube aumentou de R$ 822 milhões para R$ 865 milhões – crescimento esse que é considerado controlado por especialistas, pois se considerar somente a aplicação da taxa Selic (taxa básica de juros da economia), o passivo poderia ter ultrapassado R$ 1 bilhão.
Mário segue em seu última ano de mandato, não podendo mais ser reeleito. As eleições ocorrem em novembro deste ano e as correntes políticas do clube correm para apresentarem as suas chapas que concorrerão a eleição. Apesar de não ter sido lançado oficialmente, Mattheus Montenegro, vice-geral do clube, é o candidato da situação.
O que se sabe sobre a SAF do Fluminense até aqui?
O Fluminense está em um momento de discussão para a formação da Sociedade Anônima de Futebol (SAF), que visa mudar a gestão do clube. Até o momento, não há proposta formalizada, mas espera-se que alguma seja apresentada. A intenção da direção do clube é a busca, principalmente, de um fundo de investimento formado por torcedores tricolores, que combine a geração de lucro com competitividade esportiva. Há a intenção de incluir cláusulas de desempenho esportivo para a distribuição de dividendos, de modo que, se o clube tiver desempenho ruim, os investidores não recebam lucros.
O clube contratou o banco BTG Pactual para intermediar as negociações, avaliar possíveis investidores e apresentar os números do Fluminense. O valor da negociação envolverá o aporte primário para equilibrar o fluxo de caixa, a assunção da dívida e investimentos futuros no futebol, ainda a serem definidos.
A diretoria ainda enrender que a possível SAF terá um Conselho Administrativo da SAF, e será composto por membros indicados tanto pelo clube quanto pelo investidor, mas quem assumirá o papel de CEO será definido pelos investidores. Em recente apresentação ao Conselho Deliberativo (transmitido ao vivo pela FluTv), foi esclarecido que não há obrigação de Mário Bittencourt ser o CEO da SAF, pois isso poderia prejudicar as negociações.
Até agora, já houve sinais de interesse de investidores árabes, mas nenhuma proposta formal. Não houve manifestação de interesse concreto de sócios de franquias da NBA. O Grupo City também teve conversas com o clube, mas optou por investir no Bahia em seu projeto.
Apesar da forma em que a SAF tramitará no clube ainda não ter sido definida, há um entendimento de que a proposta passará por aprovação em assembleia e perante o Conselho Deliberativo do Fluminense; A intenção é evitar judicializações.
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