Portal dos Dragões
·10. August 2025
Luís Pinto e o falecimento de Jorge Costa: “Mais importante do que qualquer jogo, a vida humana acima de tudo”

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·10. August 2025
Como considera a equipa para a estreia no campeonato e para a primeira participação de Luís Pinto na Primeira Liga? Que FC Porto espera enfrentar, numa semana difícil para o clube? “Antes de mais começar pela última parte e aproveitar para dar os sentimentos e as condolências do FC Porto e à família do Jorge Costa. Mais importante do que qualquer jogo, a vida humana está acima de tudo e um abraço nesse sentido. Foi uma semana em que a equipa demonstrou estar preparada, entusiasmada para iniciar o campeonato e com vontade de competir. Sabendo que vamos defrontar uma equipa com bastante qualidade, isso fará com que o jogo seja rico e interessante de o jogar.”
Esta partida marca a estreia de Luís Pinto na Primeira Liga como treinador. Que sensações o antecedem: ansiedade, alegria, entusiasmo? “Obviamente que o sentimento é de entusiasmo e de orgulho também. Mas, no meio daquilo que é a nossa profissão, acaba por ser o ponto menos importante. O mais importante é o facto de iniciarmos a época, de começar o campeonato, e queremos começar da melhor forma. Aquilo que é o trabalho de um treinador é colocar o coletivo acima do que é individual. Há um sentimento de orgulho pelo trajeto que está a ser feito, mas tem pouco relevo a importância desse marco. Muito mais importante é o Vitória começar o campeonato amanhã e querer iniciar bem.”
Face ao FC Porto, que também se renovou, quais são as principais características da equipa orientada por Farioli em comparação com a época passada? “Uma equipa que gosta de colocar os jogos numa toada de intensidade alta, que gosta de ter bem presente alguns valores que em Portugal estamos habituados a ver no FC Porto. Uma equipa com qualidade. Mas com o respeito que temos de ter pelo FC Porto, aquilo que há de mais importante é aquilo que Vitória tem de fazer e aquilo que o Vitória quer ver presente dentro de campo. É nisso que temos de estar focados. Seja neste jogo com o FC Porto, ou noutro jogo qualquer, o nosso adversário vai ter valias. E já sabemos que neste vamos ter bastantes. Temos de estar muito focados naquilo que temos de ser e que queremos ser dentro de campo.”
Com o mercado aberto até ao final do mês e a chegada de vários reforços, como têm vivido estas semanas e as possíveis saídas? “É normal que começar o campeonato com o mercado aberto tem as suas questões menos positivas e não vamos andar a esconder isso. E é óbvio que, enquanto treinador, gostaria muito que todos os jogadores que temos à disposição, possa contar com eles até ao final. Mas também sei que o mercado estando aberto, não vale a pena estar muito preocupado com isso. Temos sim de estar muito focados no nosso dia a dia para conseguir amenizar qualquer situação menos positiva pelo mercado estar em aberto. Temos de focar muito naquilo que temos de fazer no presente. Os jogadores que temos no presente são os que interessam e é dessa forma que tenho de gerir este início do campeonato.”
Existem jogadores tidos como estruturais no plantel, como Borevkovic, Tomás Handel e Tiago Silva. Como encara essa base do grupo? “Foi um pouco aquilo que disse agora. Tenho noção da qualidade que temos dentro de portas, mas tenho noção que o mercado está em aberto. Aconteça o que acontecer neste mercado, vamos estar sempre prontos para dar uma resposta e preparados para encontrar soluções dentro daquilo que temos.”
Quanto ao último reforço, Alioune Ndoye, que não participou na pré-época, como tem sido a sua integração e está apto para competir? “Tem evoluído bastante bem e tem conseguido uma integração muito natural dentro do plantel. É óbvio que está a perceber as nossas dinâmicas de trabalho e intenções para o nosso jogo. Está perfeitamente disponível para poder contribuir com o melhor que sabe fazer. Vamos ver o que o dia de amanhã reserva.”
Seria perfeito estrear na Primeira Liga com uma vitória no Dragão. De que forma o Vitória pode tentar ganhar vantagem sobre o FC Porto? “Julgo que tem a ver com a identidade que queremos ser ao longo da época, com o que queremos ser enquanto grupo. Tudo o que seja nosso tem uma força maior e acredito muito que a identidade tem de estar presente. Queremos disputar todos os lances para ganhar e todos os jogos para vencer. O respeito tem de estar presente para com o nosso adversário, mas muito presente para com o clube que representamos. A humildade tem de estar presente em todos os lances do jogo e, se tivermos a capacidade de sermos humildes, de ser rigorosos, mas ao mesmo tempo de sermos corajosos e ambiciosos na vontade de conquistar os três pontos, acredito que podemos ter do nosso lado uma identidade muito forte, à imagem do nosso clube. Queremos colocar o jogo numa intensidade que nos interessa. Reconhecemos as maiores valências do nosso adversário e sabemos os pontos a explorar. Temos de nos agarrar muito ao que representa o Vitória como clube e passar esses valores para dentro do campo.”