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O Internacional revelou que arrecadou apenas R$ 16,5 milhões em vendas de jogadores nos primeiros meses do ano, um valor muito abaixo da meta orçamentária estabelecida: R$ 160 milhões. Isso significa que o clube ainda precisa gerar aproximadamente R$ 144 milhões em negociações para equilibrar suas finanças conforme o previsto. A direção reconhece que a situação é delicada e admite que há um esforço nos bastidores para encontrar soluções financeiras, o que pode incluir a venda de atletas importantes, como já se especula com nomes como Vitão ou Wesley.
Além disso, o clube confirmou que há valores a receber de outros times, referentes a negociações anteriores, mas que muitos desses pagamentos estão sendo renegociados. A situação é agravada pelo alto nível de endividamento. O CEO Giovane Zanardo declarou que a dívida atual do clube está em torno de R$ 850 milhões. O presidente Alessandro Barcellos já havia antecipado, em entrevista ao Correio do Povo, que só com juros bancários o Inter deve desembolsar aproximadamente R$ 100 milhões em 2025, valor superior ao que vinha sendo estimado anteriormente, de cerca de R$ 70 milhões.
Diante desse cenário, o clube passou a discutir abertamente a possibilidade de um novo modelo de gestão. O vice-presidente Victor Grunberg afirmou que o Internacional contratou uma consultoria especializada para analisar e propor um modelo híbrido de SAF (Sociedade Anônima do Futebol). A ideia seria manter parte do controle com os sócios, permitindo que o investidor tenha influência direta sobre o futebol, mas sem perder o caráter associativo da instituição. Segundo ele, não se cogita uma SAF nos moldes do Botafogo ou do Cruzeiro, em que o controle total está nas mãos de um único investidor.
O próprio presidente Barcellos discursou ao final do evento para reforçar que o clube dará início a um processo de debate interno sobre a SAF, incluindo a participação do Conselho Deliberativo e, futuramente, dos próprios sócios. O movimento indica que o Inter está, pela primeira vez, formalmente abrindo espaço para uma transformação estrutural em sua governança, impulsionado pelas dificuldades financeiras que enfrenta.