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·18. April 2025

Filipe Luís bolou plano perfeito contra Juventude, elogia Falso Nove

Artikelbild:Filipe Luís bolou plano perfeito contra Juventude, elogia Falso Nove

Filipe Luís teve papel crucial na goleada do Flamengo por 6 a 0 sobre o Juventude. É o que aponta o analista tático Victor Nicolau, do canal Falso 9, que destrinchou o que aconteceu em campo.

Primeiro, é importante destacar a qualidade da equipe adversária. Foi o que Victor tratou de fazer ao afirmar que não vê outro time no Brasileirão conseguindo ser tão letal diante do time adversário.


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"O Juventude não é um time ruim, e é muito difícil que alguma outra equipe consiga fazer seis gols no time bem treinado do Fábio Matias, que teve uma jornada ruim, mas mais do que isso, o Flamengo teve muitos méritos. A tal sonhada efetividade, que a gente cobra bastante, apareceu. E o plano de jogo, a partir do desbloqueio inicial, do placar em vantagem, transformou a partida em algo fácil. Mas esse mesmo jogo, com os mesmos atletas, talvez não tivesse o mesmo desfecho. Vamos explicar como o Filipe Luís fez para tornar esse jogo fácil", comenta.

Além disso, o analista avalia o esquema de Fábio Matias e aponta o principal desafio de Filipe Luís.

"O Juventude entrou no 4-2-3-1 meio falso, que se torna um 4-4-2, mas o Flamengo empurrou tanto o Juventude, que se tornou um 4-1-4-1. O grande desafio era superar o bloco super compacto do Juventude, que mantém os dez jogadores muito próximos entre si", analisa.

Gonzalo Plata foi fundamental

Victor explica como o Flamengo de Filipe Luís movimentou a defesa adversária para encontrar espaços. O equatoriano Gonzalo Plata, que até marcou um dos seis gols, foi crucial no esquema.

"Gonzalo Plata trouxe ao time um novo contexto tático. Ele teve uma função primordial, assim como Arrascaeta, Michael e Gerson. Ao mesmo tempo que o Michael fazia a amplitude máxima de um lado e Wesley do outro, prendendo a atenção de Ewerthon e Felipinho, o Gonzalo Plata tinha a missão de sair da referência e ficar ali como um Nove de mobilidade entre Abner e Adriano, mas também entre Jadson e Góes. Junto a ele, Arrascaeta e Gerson também ocupavam esses intervalos. Assim, o time podia jogar por fora, ou aproveitar passes por dentro", comenta.

Como de praxe, o Flamengo atraía para libertar, mas agora, já na fase ofensiva do campo.

"Ao mesmo tempo que o time fazia a construção baixando os laterais no início, na primeira fase, atraindo a atenção do Batalla e do Giovanny, para terem que abrir espaço por dentro, Flamengo ocupava esses intervalos com três jogadores. A ideia era que Gerson, Plata e Arrascaeta ocupassem esses espaços o tempo inteiro para dar apoio e gerar oportunidade de passe por dentro. Mas o time ia priorizar jogar por fora", afirma.

Como o Flamengo bagunçou a marcação do Juventude

A movimentação de Gerson pelo lado também foi importante para confundir a marcação. Isso gerou bola parada para o Mengão abrir o placar, e também, ampliar.

"Ao mesmo tempo que a bola chegava ao Wesley, o Gerson atacava as costas do lateral e a bola entraria nele. Filipinho foi muito afoito, cometendo as faltas naquele setor, gerando dois gols", diz.

O jogo de fixação dos marcadores também foi essencial para bagunçar o Juventude, deixando principalmente os jogadores adversários em dúvida.

"O Flamengo entrando em último terço, a gente via, às vezes, o próprio Alex Sandro avançando. Muito para abaixar o Batalla, mas também para gerar dúvida. O lateral-direito não podia subir, porque o Michael fixava ele e obrigava a sua marcação. Do outro lado, o Wesley também bastante solto, porque essa compactação lateral obrigava o Gerson a ser marcado por esse lateral. Assim, os corredores ficavam bastante abertos. A ideia do Flamengo era circular essa bola por fora para, depois, tentar o jogo por dentro", comenta.

Pressão alta e boa construção também tirou adversário do eixo

O "plano perfeito" bolado por Filipe Luís para golear o Juventude contou ainda com pressão alta que culminou em domínio de território do Mengão, permitindo que o time passasse a maior parte do tempo no campo de ataque.

"Flamengo fazendo perde e pressiona, conseguindo ter domínio territorial, e o Juventude continuava compacto. Um ou outro passe por dentro entrava, mas a compactação dificultava essas bolas a entrar antes do primeiro gol", continua.

O gol com jogada mais genial, e Victor destrincha a jogada.

"Bola iniciando no Rossi. Alguns gols têm iniciado assim. O Flamengo vai construindo, e nada foi por acaso nesse plano de jogo do Filipe Luís. O Michael segura seu marcador, e colocado ali, faz o Ewerthon saltar nele. A missão dele é colocar essa bola por dentro, e o Gerson está esperando. Enquanto isso, Arrascaeta faz movimento que dá mais tempo e espaço ao Gerson", inicia.

Arrascaeta abriu espaço para Gerson servir Plata, que foi muito inteligente para conseguir o facão mesmo marcado.

"Enquanto ele ataca a profundidade, Gerson tem lugar para progredir. Gonzalo Plata se finge de morto segurando dois zagueiros, até a hora que o Gerson recebe. O Plata já sabe que o zagueiro a frente dele será atraído pelo Gerson. Já pede, aponta onde quer a bola e o Gerson rapidamente vai soltar. O Plata cava", finaliza. Confira a análise completa abaixo.

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