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·24. März 2025
Do título às seguidas frustrações: relembre últimas campanhas do Flamengo no Brasileirão Feminino

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·24. März 2025
Em 20 de maio de 2016, na segunda participação do Flamengo Feminino no Brasileirão A1, o time entrou para a história do futebol nacional, se tornando o primeiro e único clube de fora do Estado de São Paulo a conquistar o título.
O Rubro-Negro disputou a final contra o mesmo Rio Preto que havia eliminado no ano anterior. Perdeu o primeiro jogo em casa, mas no segundo conseguiu reverter o quadro e levantar a taça.
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A revanche mostrou a evolução e o sucesso da parceria, gerando bastante expectativa na torcida e atraindo olhares para a categoria no Rio de Janeiro, tirando um pouco os holofotes dos times de São Paulo. Nas temporadas pós-título, o Flamengo teve altos e baixos na competição nacional. Mas em todos os anos até 2019 conquistou o Estadual com certa facilidade.
A trajetória do campeão começou com uma primeira fase tranquila. O Rubro-Negro passou invicto e sem sustos, com três vitórias e um empate. Já a segunda foi um pouco mais difícil: quatro vitórias, um empate e a primeira derrota na competição.
Nas semifinais, o Flamengo fez dois jogos equilibrados contra a ferroviária. Na primeira partida, fora de casa, as Meninas da Gávea foram superadas por 1 a 2. Na volta, em casa, as rubro-negras venceram por 1 a 0 e passaram de fase. Do outro lado das semifinais, o Rio Preto passou apertado contra o São José.
Na final, uma derrota no primeiro jogo por 0 a 1 para o Rio Preto, dentro de casa, e vitória por 2 a 1 em território paulista.
A escalação da final teve:
1 Luana; 2 Danizinha, 19 Karen, 4 Tania Maranhão, 6 Emilião; 5 Diany, 7 Gaby, 8 Bia Vaz, 10 Maurine; 9 Larissa e 11 Bárbara. Técnico: Ricardo Abrantes.
Destaque especial para duas atletas da lista: Maurine e Bárbara.
Maurine mudou de posição, migrando de lateral para meia e fez um gol na campanha. Em maio, contra a Ferroviária, a capitã desfalcou o time por conta de uma fratura no dedo sofrida no treino. Sem a meia, a equipe teve dificuldades no setor e de criar jogadas. A atleta voltou algumas rodadas depois e mesmo se recuperando, conseguiu se destacar e levar a equipe ao título. O que gerou uma convocação para a Seleção Brasileira.
Larissa atingiu a marca de oito gols em dez jogos, se tornou a artilheira do Flamengo, e vice-artilheira geral, no Campeonato Brasileiro 2016. A atleta foi uma das principais jogadoras do time na conquista do título.
Na sequência do título o clube passou por altos e baixos no campeonato. Se imperou no estado, o mesmo não pode ser dito da competição nacional.
Em 2017, ano seguinte ao título, o time caiu nas quartas de final, para o Iranduba, com uma campanha de oito vitórias, três empates e cinco derrotas em 16 jogos, além de 29 gols marcados e 19 sofridos. Bárbara foi a artilheira do time com seis gols.
Já em 2018, a equipe deu mais um passo a frente: conseguiu chegar na semifinal, sendo eliminado pelo Corinthians. A campanha na competição foi de dez vitórias, três empates e cinco derrotas. Foram 41 gols marcados e 23 sofridos.
O Flamengo, apesar da eliminação, teve a artilheira do campeonato. Danyelle Helena, que marcou 15 gols, ficou no topo da lista.
Com as temporadas passando e o time conquistando somente o Carioca, a torcida começou a cobrar que o clube assumisse de fato a categoria.
Com a pressão, a parceria com a Marinha mudou. O Flamengo passou a contratar as atletas e a cuidar mais da gestão do time. O papel da parceira seria de fornecer estrutura de treinos e alojamento para as atletas.
Em 2019, com a renovação de Dany Helena, destaque do ano anterior, as rubro-negras conquistaram o pentacampeonato carioca e chegaram na semifinal do Brasileirão A1, sendo novamente superadas pelo algoz do ano anterior: o Corinthians.
Já em 2020, uma queda brusca de rendimento. Celso Silva, que até então era auxiliar de Ricardo Abrantes, assumiu a equipe. O time, que havia vencido todos os estaduais entre 2015 e 2019, dessa vez ficou somente com o vice.
No Brasileiro, fez uma péssima campanha, caindo ainda na primeira fase e nenhuma das atletas foi para a seleção de craques da competição, destoando da temporada anterior.
Em 2021, a equipe voltou a vencer o estadual, superando o Fluminense nos pênaltis. No Brasileirão, mesmo com grandes contratações como a artilheira Darlene e a lateral Rayanne, a temporada foi outra decepção: eliminação na primeira fase com uma campanha pífia, outro nono lugar.
A temporada 2022, começou com o elenco reforçado. No final da temporada anterior chegaram mais reforços de peso, como as meias Leidiane, Maria Alves, Monalisa e a nova camisa 10, Duda Francelino.
Outra grande mudança foi a saída de Celso Silva. O substituto escolhido foi Luis Andrade, português com passagem vitoriosa pelo Benfica.
Sob o comando do novo técnico, o Flamengo chegou às quartas de final do Brasileirão, melhor colocação desde 2019. No estadual, o Rubro-Negro ficou com o vice, sendo derrotado pelo rival Botafogo.
A novidade da temporada foi a conquista da Taça Brasil Ladies Cup, em cima do Internacional de Maurício Salgado. Título inédito para as Meninas da Gávea e conquistado de forma invicta.
Em 2023, o time ainda sob o comando de Luis Andrade mais uma vez encerrou a participação nas quartas de final do Campeonato Brasileiro.
Já em agosto, pós-Brasileirão, o português deu lugar a Maurício Salgado, que veio do Internacional. Em novembro, o Flamengo Feminino conquistou o sétimo Campeonato Carioca.
2024 começou com uma campanha decepcionante no Brasileirão. Com elenco recheado de grandes nomes, como Cristiane, Glaucia e Crivelari, o time caiu na primeira fase, frustrando o torcedor.
Mesmo com esperanças de grandes mudanças e a torcida criticando fortemente o treinador Maurício Salgado, o clube decidiu renovar o contrato e mantê-lo para 2025.
A parceria com a Marinha chegou ao fim e um novo ciclo se iniciou no Centro de Futebol Zico, deixando a categoria com “mais cara de Flamengo”. Além da mudança na estrutura, o time recebeu mais oito reforços. Vale ressaltar a integração entre base e profissional tem dado bom retorno em campo.
Outra excelente notícia que gera muita expectativa para o crescimento da categoria nos próximos anos é o avanço nas obras do mini-estádio, que promete receber jogos do Feminino e Base.