Jogada10
·24. August 2025
Diniz analisa desempenho do Vasco em novo revés: ‘Não vou fugir da responsabilidade do jogo’

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Uma semana depois de aplicar uma histórica goleada de 6 a 0 sobre o Santos, o Vasco emendou duas derrotas consecutivas para Juventude e Corinthians pelo Campeonato Brasileiro. Assim, em São Januário, a equipe carioca tem a chance de voltar à zona de rebaixamento ainda nesta rodada, caso Vitória ou Juventude vençam suas respectivas partidas. Na coletiva de imprensa, o técnico Fernando Diniz ressaltou que a sonora vitória sobre o Peixe pode ter feito mal ao time.
“Eu não vou fugir da responsabilidade do jogo. Em uma semana era um céu sem limite e agora é um sentimento de depressão muito grande. Ganhar como a gente ganhou do Santos e, depois, fazer as duas partidas que fizemos, foram as duas piores sob meu comando. Eu tenho responsabilidade máxima nisso. Se o time joga mal como jogou hoje e lá em Caxias. Lá muito mais pela questão anímica: corremos menos, nos dedicamos menos, estávamos menos concentrados e merecemos perder para o Juventude”, disse.
“O Corinthians também correu mais, foi taticamente melhor e mereceu vencer. A gente não é aquilo que aconteceu contra o Santos, fez um mal que não deveria fazer. Aquela vitória tinha que se encerrar ali, colher o que tinha de bom e seguir. A gente não tinha feito em São Januário nenhum jogo como o de hoje, em que a gente não mereceu vencer”, completou.
Nos minutos finais do revés, os torcedores xingaram Fernando Diniz e o presidente Pedrinho, assim como entoaram o coro de “time sem vergonha”. Diante disso, o comandante concordou com os protestos.
“O torcedor está certo de tudo. De vaiar, me xingar, extravasar. Do mesmo jeito que esteve certo de extravasar positivamente contra o Santos. O time quer o que? Jogar assim e ser aplaudido? Contra o Bragantino a gente não foi vaiado. Perdeu de 2 a 0. O time lutou, se entregou, tentou daqui, de lá. Hoje o time foi digno de vaia. Tem que ser vaiado. O que fazer? Trabalhar muito e voltar a fazer o que a gente estava fazendo, marcar bem e produzir chance de gol. Jogar de forma coesa, estar próximo, não só fisicamente, mas também em termos de pensamento e conexão. Para a gente poder fazer as coisas que vinha fazendo e os resultados voltarem a acontecer”, frisou.
Desde a temporada passada, ao juntar as passagens por Fluminense, Cruzeiro e Vasco, Diniz soma 34 rodadas e apenas seis vitórias pelo Brasileirão. Assim, o treinador respondeu sobre seu estilo de jogo e se os adversários estão conseguindo neutralizar as armas do profissional.
“Você fez uma pergunta bem legal para mim, querendo me colocar em uma situação que não vai conseguir. Esse tipo de pergunta eu ouço há 15 anos. Posso pegar um recorte maior e dizer que peguei o Fluminense na zona de rebaixamento e foi terceiro colocado, o São Paulo as duas últimas Libertadores diretas foram comigo. Por aí vai. Naquela época eu já estava na praça há muito tempo. Mas toda vez que acontece algum declínio essa pergunta é feita. Tudo bem, ela é legítima, mas ela carece de sentido. Se você quer só o número, a pergunta está legal. Mas te falo que estamos em direção muito opostas”, salientou.
“O desempenho levou a isso. O desempenho que o Vasco estava tendo dava muita segurança que a gente teria chance de sair da zona de rebaixamento e desempenhar na Copa do Brasil. Se a gente desempenhar assim, a chance diminui muito. O desempenho é uma coisa que eu vou buscar sempre. Você pode jogar muito bem, criar dez chances de gol, o seu adversário uma e perder por um a zero. Hoje a gente poderia ter vencido o jogo, foi 3 a 2. Poderia ter ganhado de 2 a 1, mas não ia mudar muita coisa para mim. Ia mudar obviamente a coisa que importa muito que é a pontuação. A gente ia ter que melhorar, porque se fica desempenhando desse jeito a chance de perder é muito grande”, concluiu.